Quando Rúben ouviu isso, livrou‑o das mãos deles, dizendo:
― Não lhe tiremos a vida!
Ele acrescentou:
― Não derramem sangue. Joguem‑no naquela cisterna no deserto, mas não levantem a mão contra ele.
Rúben propôs isso para livrá‑lo deles e levá‑lo de volta ao pai.
Quando José chegou aonde estavam os seus irmãos, estes lhe arrancaram a túnica ornamentada, agarraram‑no e o jogaram na cisterna que estava vazia e sem água.
Ao se sentarem para comer, viram ao longe uma caravana de ismaelitas que vinha de Gileade. Os seus camelos estavam carregados de especiarias, bálsamo e mirra, que eles levavam para o Egito.
Então, Judá disse aos seus irmãos:
― Que ganharemos se matarmos o nosso irmão e encobrirmos o seu sangue? Venham, vamos vendê‑lo aos ismaelitas. Não levantaremos a mão contra ele; afinal, é o nosso irmão, carne da nossa carne.
Os seus irmãos concordaram.
Quando os mercadores midianitas se aproximaram, tiraram José da cisterna e o venderam aos ismaelitas por vinte peças de prata. Assim, levaram José para o Egito.
Quando Rúben voltou à cisterna e viu que José não estava lá, rasgou as suas vestes e, voltando aos seus irmãos, disse:
― O jovem não está lá! Para onde irei agora?
Então, eles mataram um bode, mergulharam a túnica ornamentada de José no sangue e a enviaram ao pai com este recado: “Achamos isto. Vê se é a túnica do teu filho”.
Ele a reconheceu e disse:
― É a túnica do meu filho! Um animal selvagem o devorou! Com certeza, José foi despedaçado!
Então, Jacó rasgou as suas vestes, vestiu‑se com pano de saco e chorou por muitos dias, de luto pelo filho. Todos os seus filhos e as suas filhas vieram consolá‑lo, mas ele recusou ser consolado, dizendo:
― Não! Em luto descerei à sepultura para junto do meu filho.
Assim, continuou a chorar por ele.
No Egito, os midianitas venderam José a Potifar, oficial do faraó e capitão da guarda.