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Mateus 12

12
O Senhor do sábado
(Mc 2.23–3.6; Lc 6.1‑11)
1Naquela ocasião, Jesus passou pelas lavouras de cereal no sábado. Os seus discípulos estavam com fome e começaram a colher espigas para comê‑las. 2Os fariseus, vendo isso, lhe disseram:
― Veja! Os seus discípulos estão fazendo o que não é permitido no sábado.
3Ele respondeu:
― Vocês não leram o que fez Davi quando ele e os seus companheiros estavam com fome? 4Ele entrou na casa de Deus e, com os seus companheiros, comeu os pães da Presença, o que não lhes era permitido fazer, mas apenas aos sacerdotes. 5Ou vocês não leram na lei que, no sábado, os sacerdotes no templo profanam esse dia e, contudo, são considerados inocentes? 6Eu digo a vocês que aqui está quem é maior do que o templo. 7Se soubessem o que significa isto: “Desejo misericórdia, não sacrifícios”,#12.7 Os 6.6. não teriam condenado inocentes. 8Pois o Filho do homem é Senhor do sábado.
9Depois de sair daquele lugar, dirigiu‑se à sinagoga deles. 10Havia ali um homem com uma das mãos atrofiada. Procurando um motivo para acusar Jesus, eles lhe perguntaram:
― É permitido curar no sábado?
11Ele lhes respondeu:
― Quem de vocês, se tiver uma ovelha e ela cair em um buraco no sábado, não irá pegá‑la e tirá‑la dali? 12Quanto mais vale um homem do que uma ovelha! Portanto, é permitido fazer o bem no sábado.
13Então, ele disse ao homem:
― Estenda a mão.
Ele a estendeu, e ela foi restaurada e ficou boa como a outra. 14Então, os fariseus saíram e começaram a conspirar para matar Jesus.
O servo escolhido de Deus
15Sabendo disso, Jesus retirou‑se daquele lugar. Muitos o seguiram, e ele curou todos os doentes que havia entre eles. 16Ele, porém, lhes advertia severamente de que não dissessem quem ele era. 17Isso aconteceu para se cumprir o que fora dito por meio do profeta Isaías:
18“Eis o meu servo, a quem escolhi;
o meu amado, em quem tenho prazer.
Porei sobre ele o meu Espírito,
e ele anunciará justiça às nações.
19Não discutirá nem gritará;
ninguém ouvirá a sua voz nas ruas.
20Não quebrará o caniço ferido
nem apagará o pavio fumegante,
até que faça triunfar a justiça.
21No seu nome as nações
porão a sua esperança”.#12.18‑21 Is 42.1‑4.
Jesus e Belzebu
(Mc 3.20‑30; Lc 11.14‑23)
22Depois disso, levaram‑lhe um endemoniado que era cego e mudo, e Jesus o curou, de modo que ele pôde falar e ver. 23Todo o povo ficou admirado e disse:
― Não será este o Filho de Davi?
24Quando, porém, os fariseus ouviram isso, disseram:
― É somente por Belzebu, o príncipe dos demônios, que ele expulsa demônios.
25Como Jesus conhecia os pensamentos deles, disse‑lhes:
― Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá. 26Se Satanás expulsa Satanás, está dividido contra si mesmo. Como, então, o seu reino subsistirá? 27Se eu expulso demônios por Belzebu, por quem os filhos#12.27 Ou discípulos. de vocês os expulsam? Por isso, eles mesmos serão juízes sobre vocês. 28Mas, se é pelo Espírito de Deus que eu expulso demônios, então chegou a vocês o reino de Deus.
29― Ou como alguém pode entrar na casa do homem forte e levar os seus bens sem antes amarrá‑lo? Só então poderá roubar a casa dele.
30― Aquele que não está comigo está contra mim, e aquele que comigo não ajunta espalha. 31Por esse motivo, eu lhes digo que todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. 32Todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do homem será perdoado, mas quem falar contra o Espírito Santo não será perdoado, nem nesta era nem na que há de vir.
33― Uma árvore boa dá fruto bom, e uma árvore ruim dá fruto ruim, pois uma árvore é reconhecida pelo fruto que dá. 34Raça de víboras, como podem vocês, que são maus, dizer coisas boas? Pois a boca fala do que está cheio o coração. 35O homem bom tira boas coisas da bondade que entesoura no coração, mas o homem mau da sua maldade tira coisas más. 36Mas eu digo que, no dia do juízo, os homens darão conta de toda palavra inútil que tiverem falado. 37Pois, por suas palavras, vocês serão absolvidos e, por elas, serão condenados.
O sinal de Jonas
(Lc 11.29‑32)
38Então, alguns dos fariseus e dos mestres da lei lhe disseram:
― Mestre, queremos ver um sinal milagroso feito por ti.
39Ele respondeu:
― Uma geração perversa e adúltera pede um sinal milagroso, mas nenhum sinal será dado, exceto o sinal do profeta Jonas. 40Pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre de um grande peixe, assim o Filho do homem ficará três dias e três noites no coração da terra. 41Os homens de Nínive se levantarão no juízo contra esta geração e a condenarão, pois eles se arrependeram com a pregação de Jonas; e aqui está algo que é maior do que Jonas. 42A rainha do Sul se levantará no juízo contra esta geração e a condenará, pois ela veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão, e aqui está algo que é maior do que Salomão.
43― Quando um espírito imundo#12.43 Ou maligno. sai de um homem, passa por lugares áridos procurando descanso. Como não o encontra, 44diz: “Voltarei para a casa de onde saí”. Ao chegar, encontra a casa desocupada, varrida e em ordem. 45Então, vai e traz consigo outros sete espíritos piores do que ele e, entrando, passam a viver ali, tornando o estado final daquele homem pior do que o primeiro. Assim acontecerá a esta geração perversa.
A mãe e os irmãos de Jesus
(Mc 3.31‑35; Lc 8.19‑21)
46Jesus ainda falava à multidão quando a mãe e os irmãos dele chegaram do lado de fora, querendo falar com ele. 47Alguém lhe disse:
― A tua mãe e os teus irmãos estão lá fora e procuram falar contigo.#12.47 Há manuscritos que não trazem o versículo 47.
48― Quem é a minha mãe e quem são os meus irmãos? — perguntou ele. 49Estendendo a mão para os discípulos, disse: — Aqui estão a minha mãe e os meus irmãos! 50Pois quem faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.

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