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Dia 3. Entenda, não tente consertar!

"Você não deveria estar assim...", "Essa sua raiva é desnecessária!", "Páre de enxergar essa situação por este ângulo!", "Sua maneira de pensar está errada. A minha está certa!". Isso já aconteceu entre vocês?

Quando nosso cônjuge tem um pensamento ou uma reação diferente da que teríamos em determinada situação, geralmente nossa primeira atitude é a de querer consertá-lo: consertar o sentimento que ele está tendo e a maneira de enxergar determinada situação. Para isso, geralmente agimos das seguintes formas:

1. Julgando o sentimento do outro como sendo desnecessário ou errado.

2. Responsabilizando-nos por mudar a "cabeça" do outro através de nossos argumentos.

3. Criticando a maneira do outro reagir a determinado evento.

Podemos até fazer estas tentativas com boa intenção. No entanto, quanto mais tentamos mudar ou consertar o que o outro está sentindo, mais incompreendido ele se sente. E o que poderia ser uma oportunidade de conhecimento mútuo e de empatia, se torna uma guerra de ideias e de quem está com a razão. 

Uma de nossas necessidades básicas como seres humanos é sermos compreendidos. Quando sentimos que estamos sendo compreendidos, nos sentimos amados e aceitos. Conecte-se com seu cônjuge tentando entender o que ele está sentindo e porquê. Olhe para ele não pensando nos 50 argumentos que invalidam a forma dele sentir e que você já estaria pronto para mencionar, mas sim com a intenção de se tornarem um time contra o mal-entendido, e não dois times contrários tentando vencer um ao outro, na disputa pelo jogo. 

Como entender meu cônjuge sem querer "consertá-lo"?

1. Ouça o que o outro tem a dizer tentando entendê-lo, e não já preparando os seus argumentos. 

2. Troque frases como "Eu acho que você deveria...", "Você poderia enxergar isso de outra forma...", ou "Ridículo você pensar desta forma!", para outras que transmitam o que você entendeu do que ele está sentindo: "Posso imaginar que isso seja difícil para você...", "Não sei bem o que dizer, mas estou aqui para você.", "Entendi que você gostaria que eu fosse mais próximo de você e que a minha distância faz você sentir que não te amo".

3. O objetivo não é você fazer com que a pessoa mude a maneira de sentir ou pensar, mas entendê-la em seus sentimentos, da mesma forma como gostaria que ela entendesse você quando se sentir de uma forma ou outra.

4. Entenda que compreender o outro sem "consertar" os sentimentos dele NÃO significa você abrir mão da maneira de você pensar sobre a situação.

5. A sua empatia aproximará vocês afetivamente, e a tendência de seu cônjuge corresponder a essa aproximação de maneira igualmente empática aumentará.

Em muitos relatos da interação de Jesus com outras pessoas, O vemos fazendo perguntas a elas. Não que Ele precisasse das respostas para conhecê-las, porque por sua onisciência, Ele tudo sabia. Através das perguntas, ele não somente levava a pessoa a pensar, mas também demonstrava seu profundo interesse por ela. Ele ouvia. Ele compreendia a fundo os sentimentos das pessoas que O procuravam para que pudesse dar o que elas mais precisavam. 

Por que não, hoje, desenvolver uma atitude de empatia e compreensão para com seu cônjuge? O que torna o relacionamento melhor não é necessariamente a semelhança de ideias, mas a conexão que o casal desenvolve ao sentir que são entendidos mutuamente.

Oração: Querido Deus, obrigado por ter um profundo interesse por mim. Ajude-me a olhar mais vezes para meu cônjuge com o objetivo de procurar entendê-lo em vez de sempre querer consertá-lo. Amém.