Salmos 78:1-72
Salmos 78:1-72 Nova Versão Internacional - Português (NVI)
Povo meu, escute a minha instrução; incline os ouvidos às palavras da minha boca. Em parábolas abrirei a minha boca; proferirei enigmas do passado — coisas que ouvimos e aprendemos e que os nossos pais nos contaram. Não as esconderemos dos nossos filhos; contaremos à próxima geração os louváveis feitos do SENHOR, o seu poder e as maravilhas que fez. Ele estabeleceu um testemunho para Jacó e em Israel estabeleceu a lei; ordenou aos nossos antepassados que os ensinassem aos seus filhos, para que a geração seguinte os conhecesse, e também os filhos que haveriam de nascer, e eles, por sua vez, contassem aos seus próprios filhos. Assim, eles poriam a confiança em Deus; não se esqueceriam dos seus feitos e obedeceriam aos seus mandamentos. Não seriam como os seus antepassados, geração obstinada e rebelde, povo de coração inconstante, cujo espírito não se manteve fiel a Deus. Os homens de Efraim, flecheiros armados, viraram as costas no dia da batalha; não guardaram a aliança de Deus e se recusaram a viver de acordo com a sua lei. Esqueceram‑se do que ele tinha feito, das maravilhas que lhes havia mostrado, dos milagres que fez diante dos seus antepassados na terra do Egito, na região de Zoã. Dividiu o mar para que pudessem passar; fez a água erguer‑se como uma parede. Ele os guiou com a nuvem de dia e com a luz do fogo de noite. Fendeu as rochas no deserto e deu‑lhes tanta água como a que flui das profundezas; da rocha fez brotar regatos e fluir água como um rio. Mas contra ele continuaram a pecar, revoltando‑se no deserto contra o Altíssimo. Deliberadamente puseram Deus à prova, exigindo o que desejavam comer. Duvidaram de Deus, dizendo: “Poderá Deus preparar uma mesa no deserto? Quando ele feriu a rocha, a água brotou e jorrou em torrentes. Conseguirá, porém, dar‑nos também de comer? Poderá suprir de carne o seu povo?”. O SENHOR os ouviu e enfureceu‑se; com fogo atacou Jacó, e a sua ira levantou‑se contra Israel, pois eles não creram em Deus nem confiaram no seu poder salvador. Contudo, ele deu ordens às nuvens e abriu as portas dos céus; fez chover maná para que o povo comesse, deu‑lhe o trigo dos céus. Os homens comeram o pão dos anjos; ele enviou‑lhes comida até saciá‑los. Enviou dos céus o vento leste e pelo seu poder fez avançar o vento sul. Fez chover sobre eles carne feito pó, bandos de aves como a areia da praia. Levou‑as a cair dentro do acampamento, ao redor das suas tendas. Comeram à vontade, e assim ele satisfez o desejo deles. Contudo, antes de saciarem o apetite, quando ainda tinham a comida na boca, acendeu‑se contra eles a ira de Deus; ele feriu de morte os mais fortes entre eles, matando os jovens de Israel. A despeito disso tudo, continuaram pecando; não creram nos seus prodígios. Por isso, Deus encerrou os dias deles como um sopro; os seus anos, em repentino pavor. Sempre que os feria de morte, eles o buscavam; com fervor se voltavam de novo para ele. Lembravam‑se de que Deus era a sua Rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor. Com a boca o adulavam, com a língua o enganavam, mas o coração deles não era sincero; não foram fiéis à sua aliança. Contudo, ele foi compassivo; perdoou‑lhes as maldades e não os destruiu. Vez após vez conteve a sua ira sem despertá‑la totalmente. Lembrou‑se de que eram meros mortais, brisa passageira que não retorna. Quantas vezes mostraram‑se rebeldes contra ele no deserto e o entristeceram na terra desolada! Repetidas vezes puseram Deus à prova; irritaram o Santo de Israel. Não se lembraram da sua mão poderosa, do dia em que os redimiu do opressor, do dia em que mostrou os seus prodígios no Egito, as suas maravilhas na região de Zoã, quando transformou os rios e os riachos dos egípcios em sangue, para que eles não pudessem beber das suas águas; quando enviou enxames de moscas que os devoraram e rãs que os devastaram; quando entregou as suas plantações às larvas e a produção da terra aos gafanhotos; quando destruiu as suas vinhas com o granizo e as suas figueiras bravas com a geada; quando entregou o gado deles ao granizo e os seus rebanhos aos raios; quando os atingiu com a sua ira ardente, com furor, indignação e hostilidade, com um exército de anjos destruidores. Abriu caminho para a sua ira; não os poupou da morte, mas entregou‑os à peste. Matou todos os primogênitos do Egito, as primícias do vigor varonil nas tendas de Cam. Tirou, porém, o seu povo como ovelhas e o conduziu feito um rebanho pelo deserto. Ele os guiou em segurança, e não tiveram medo; os seus inimigos afundaram‑se no mar. Assim os trouxe à fronteira da sua terra santa, aos montes que a sua mão direita conquistou. Expulsou nações que lá estavam, cujas terras distribuiu entre eles por herança; deu as suas tendas às tribos de Israel para que nelas habitassem. Eles, porém, puseram à prova o Deus Altíssimo e se rebelaram contra ele; não guardaram os seus testemunhos. Foram desleais e infiéis, como os seus antepassados, tão imprecisos como um arco defeituoso. Eles o irritaram com os santuários locais; com os seus ídolos lhe provocaram ciúmes. Quando soube disso, Deus se enfureceu e rejeitou totalmente Israel; abandonou o tabernáculo de Siló, a tenda onde habitava entre os homens. Entregou o símbolo do seu poder ao cativeiro e o seu esplendor nas mãos do adversário. Deixou que o seu povo fosse morto à espada, pois enfureceu‑se com a sua herança. O fogo consumiu os seus jovens, e as suas moças não tiveram canções de núpcias. Os sacerdotes foram mortos à espada! As viúvas já nem podiam chorar. Então, o Senhor despertou como que de um sono, como um guerreiro se desperta do domínio do vinho. Fez retroceder a golpes os seus adversários e os entregou a permanente humilhação. Também rejeitou as tendas de José e não escolheu a tribo de Efraim; ao contrário, escolheu a tribo de Judá e o monte Sião, ao qual amou. Construiu o seu santuário como as alturas; como a terra, firmou‑o para sempre. Escolheu o seu servo Davi e o tirou do aprisco das ovelhas, do pastoreio de ovelhas, para ser o pastor de Jacó, o seu povo, e de Israel, a sua herança. De coração íntegro Davi os pastoreou; com mãos habilidosas os conduziu.
Salmos 78:1-72 Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Escutai, povo meu, a minha lei; prestai ouvidos às palavras da minha boca. Abrirei os lábios em parábolas e publicarei enigmas dos tempos antigos. O que ouvimos e aprendemos, o que nos contaram nossos pais, não o encobriremos a seus filhos; contaremos à vindoura geração os louvores do SENHOR, e o seu poder, e as maravilhas que fez. Ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e instituiu uma lei em Israel, e ordenou a nossos pais que os transmitissem a seus filhos, a fim de que a nova geração os conhecesse, filhos que ainda hão de nascer se levantassem e por sua vez os referissem aos seus descendentes; para que pusessem em Deus a sua confiança e não se esquecessem dos feitos de Deus, mas lhe observassem os mandamentos; e que não fossem, como seus pais, geração obstinada e rebelde, geração de coração inconstante, e cujo espírito não foi fiel a Deus. Os filhos de Efraim, embora armados de arco, bateram em retirada no dia do combate. Não guardaram a aliança de Deus, não quiseram andar na sua lei; esqueceram-se das suas obras e das maravilhas que lhes mostrara. Prodígios fez na presença de seus pais na terra do Egito, no campo de Zoã. Dividiu o mar e fê-los seguir; aprumou as águas como num dique. Guiou-os de dia com uma nuvem e durante a noite com um clarão de fogo. No deserto, fendeu rochas e lhes deu a beber abundantemente como de abismos. Da pedra fez brotar torrentes, fez manar água como rios. Mas, ainda assim, prosseguiram em pecar contra ele e se rebelaram, no deserto, contra o Altíssimo. Tentaram a Deus no seu coração, pedindo alimento que lhes fosse do gosto. Falaram contra Deus, dizendo: Pode, acaso, Deus preparar-nos mesa no deserto? Com efeito, feriu ele a rocha, e dela manaram águas, transbordaram caudais. Pode ele dar-nos pão também? Ou fornecer carne para o seu povo? Ouvindo isto, o SENHOR ficou indignado; acendeu-se fogo contra Jacó, e também se levantou o seu furor contra Israel; porque não creram em Deus, nem confiaram na sua salvação. Nada obstante, ordenou às alturas e abriu as portas dos céus; fez chover maná sobre eles, para alimentá-los, e lhes deu cereal do céu. Comeu cada qual o pão dos anjos; enviou-lhes ele comida a fartar. Fez soprar no céu o vento do Oriente e pelo seu poder conduziu o vento do Sul. Também fez chover sobre eles carne como poeira e voláteis como areia dos mares. Fê-los cair no meio do arraial deles, ao redor de suas tendas. Então, comeram e se fartaram a valer; pois lhes fez o que desejavam. Porém não reprimiram o apetite. Tinham ainda na boca o alimento, quando se elevou contra eles a ira de Deus, e entre os seus mais robustos semeou a morte, e prostrou os jovens de Israel. Sem embargo disso, continuaram a pecar e não creram nas suas maravilhas. Por isso, ele fez que os seus dias se dissipassem num sopro e os seus anos, em súbito terror. Quando os fazia morrer, então, o buscavam; arrependidos, procuravam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha e o Deus Altíssimo, o seu redentor. Lisonjeavam-no, porém de boca, e com a língua lhe mentiam. Porque o coração deles não era firme para com ele, nem foram fiéis à sua aliança. Ele, porém, que é misericordioso, perdoa a iniquidade e não destrói; antes, muitas vezes desvia a sua ira e não dá largas a toda a sua indignação. Lembra-se de que eles são carne, vento que passa e já não volta. Quantas vezes se rebelaram contra ele no deserto e na solidão o provocaram! Tornaram a tentar a Deus, agravaram o Santo de Israel. Não se lembraram do poder dele, nem do dia em que os resgatou do adversário; de como no Egito operou ele os seus sinais e os seus prodígios, no campo de Zoã; e converteu em sangue os rios deles, para que das suas correntes não bebessem. Enviou contra eles enxames de moscas que os devorassem e rãs que os destruíssem. Entregou às larvas as suas colheitas e aos gafanhotos, o fruto do seu trabalho. Com chuvas de pedra lhes destruiu as vinhas e os seus sicômoros, com geada. Entregou à saraiva o gado deles e aos raios, os seus rebanhos. Lançou contra eles o furor da sua ira: cólera, indignação e calamidade, legião de anjos portadores de males. Deu livre curso à sua ira; não poupou da morte a alma deles, mas entregou-lhes a vida à pestilência. Feriu todos os primogênitos no Egito, as primícias da virilidade nas tendas de Cam. Fez sair o seu povo como ovelhas e o guiou pelo deserto, como um rebanho. Dirigiu-o com segurança, e não temeram, ao passo que o mar submergiu os seus inimigos. Levou-os até à sua terra santa, até ao monte que a sua destra adquiriu. Da presença deles expulsou as nações, cuja região repartiu com eles por herança; e nas suas tendas fez habitar as tribos de Israel. Ainda assim, tentaram o Deus Altíssimo, e a ele resistiram, e não lhe guardaram os testemunhos. Tornaram atrás e se portaram aleivosamente como seus pais; desviaram-se como um arco enganoso. Pois o provocaram com os seus altos e o incitaram a zelos com as suas imagens de escultura. Deus ouviu isso, e se indignou, e sobremodo se aborreceu de Israel. Por isso, abandonou o tabernáculo de Siló, a tenda de sua morada entre os homens, e passou a arca da sua força ao cativeiro, e a sua glória, à mão do adversário. Entregou o seu povo à espada e se encolerizou contra a sua própria herança. O fogo devorou os jovens deles, e as suas donzelas não tiveram canto nupcial. Os seus sacerdotes caíram à espada, e as suas viúvas não fizeram lamentações. Então, o Senhor despertou como de um sono, como um valente que grita excitado pelo vinho; fez recuar a golpes os seus adversários e lhes cominou perpétuo desprezo. Além disso, rejeitou a tenda de José e não elegeu a tribo de Efraim. Escolheu, antes, a tribo de Judá, o monte Sião, que ele amava. E construiu o seu santuário durável como os céus e firme como a terra que fundou para sempre. Também escolheu a Davi, seu servo, e o tomou dos redis das ovelhas; tirou-o do cuidado das ovelhas e suas crias, para ser o pastor de Jacó, seu povo, e de Israel, sua herança. E ele os apascentou consoante a integridade do seu coração e os dirigiu com mãos precavidas.
Salmos 78:1-72 Bíblia Sagrada, Nova Versão Transformadora (NVT)
Ó meu povo, ouça minhas instruções! Abra os ouvidos para o que direi, pois lhe falarei por meio de parábola. Ensinarei enigmas de nosso passado, histórias que ouvimos e conhecemos, que nossos antepassados nos transmitiram. Não esconderemos essas verdades de nossos filhos; contaremos à geração seguinte os feitos gloriosos do SENHOR, seu poder e suas maravilhas. Pois ele estabeleceu seus preceitos a Jacó, deu sua lei a Israel. Ordenou a nossos antepassados que a ensinassem a seus filhos, para que a geração seguinte, os filhos ainda por nascer, a conhecesse, e eles, por sua vez, a ensinarão a seus filhos. Portanto, cada geração deve pôr sua esperança em Deus, não esquecer seus poderosos feitos e obedecer a seus mandamentos. Assim, não serão como seus antepassados, teimosos, rebeldes e infiéis, que se recusaram a confiar em Deus de todo o coração. Os guerreiros de Efraim, embora armados de arcos, deram meia-volta e fugiram no dia da batalha. Não cumpriram a aliança de Deus, não quiseram viver de acordo com sua lei. Esqueceram o que ele havia feito, as maravilhas que lhes tinha mostrado, os milagres que realizara para seus antepassados na planície de Zoã, na terra do Egito. Pois ele dividiu o mar e os conduziu na travessia; fez as águas se erguerem como muralhas. Durante o dia, os guiava com uma nuvem, durante a noite, com a luz do fogo. No deserto, partiu as rochas para lhes dar água, como a que jorra de um manancial. Da pedra, fez brotar riachos e correr água como um rio. Ainda assim, continuaram a pecar contra ele e se rebelaram contra o Altíssimo no deserto. Puseram Deus à prova em seu coração e exigiram a comida que tanto queriam. Chegaram a falar contra o próprio Deus, dizendo: “Deus não é capaz de nos dar comida no deserto. Sim, ele pode bater numa rocha e dela fazer brotar água, mas não é capaz de dar pão e carne a seu povo”. Quando o SENHOR os ouviu, se enfureceu; o fogo de sua ira ardeu contra Jacó. Sim, sua ira se levantou contra Israel, pois não creram em Deus nem confiaram em seu cuidado. Apesar disso, ele deu ordem às nuvens; abriu as portas dos céus. Fez chover maná para alimentá-los; deu-lhes pão dos céus. Eles comeram o pão dos anjos; receberam comida à vontade. Ele enviou dos céus o vento do leste e, por seu poder, guiou o vento do sul. Fez chover carne como se fosse pó, muitas e muitas aves, como a areia da praia. Fez as aves caírem dentro do acampamento, ao redor de suas tendas. O povo comeu à vontade; ele atendeu ao desejo deles. Mas, antes que estivessem satisfeitos, enquanto ainda tinham comida na boca, a ira de Deus se levantou contra eles. Ele matou seus homens mais fortes; feriu mortalmente os jovens de Israel. Ainda assim, continuaram a pecar; não confiaram em Deus, apesar de suas maravilhas. Por isso, reduziu a vida deles a um sopro e fez seus dias terminarem em terror. Quando Deus começou a matá-los, finalmente o buscaram; arrependeram-se e levaram Deus a sério. Então lembraram que Deus era sua rocha, que o Deus Altíssimo era seu redentor. Contudo, foi só da boca para fora; mentiram para ele com os lábios. Pois o coração não era leal a Deus; não foram fiéis à sua aliança. E, no entanto, ele foi misericordioso; perdoou seus pecados e não os destruiu. Muitas vezes conteve sua ira e não se enfureceu contra eles. Pois se lembrou de que eram simples mortais; passam como o vento, que não volta mais. Quantas vezes se rebelaram contra ele no deserto e o entristeceram naquela terra desolada! Repetidamente, puseram Deus à prova e provocaram o Santo de Israel. Não se recordaram do seu poder, nem do dia em que ele os resgatou de seus inimigos. Não se lembraram dos sinais que ele fizera no Egito, das maravilhas realizadas na planície de Zoã. Ele transformou os rios em sangue, para que ninguém bebesse de suas águas. Enviou enxames de moscas para devorá-los e rãs para destruí-los. Entregou suas plantações às lagartas e suas colheitas, aos gafanhotos. Destruiu as videiras com granizo e as figueiras, com geadas. Entregou seu gado à chuva de pedras e seus rebanhos, aos raios. Lançou sobre eles sua ira ardente, sua fúria, indignação e hostilidade. Enviou contra eles muitos anjos destruidores. Voltou sua ira contra eles; não lhes poupou a vida, mas os devastou com a peste. Matou todos os filhos mais velhos do Egito, a flor da juventude na terra de Cam. Mas conduziu seu povo como um rebanho de ovelhas e os guiou em segurança pelo deserto. Manteve-os a salvo, e não tiveram medo; o mar cobriu seus inimigos. Levou o povo até a fronteira de sua terra santa, à região montanhosa que para eles conquistou. Diante deles expulsou as nações e repartiu entre eles sua herança; estabeleceu as tribos de Israel em seus lugares. Ainda assim, continuaram a pôr à prova o Deus Altíssimo e a se rebelar contra ele; não obedeceram a seus preceitos. Voltaram atrás e foram infiéis, como seus antepassados; mostraram-se indignos de confiança, como um arco defeituoso. Provocaram a ira de Deus ao construir altares para outros deuses; com seus ídolos, despertaram nele ciúmes. Quando Deus os ouviu, se enfureceu e rejeitou por completo Israel. Abandonou sua habitação em Siló, o tabernáculo onde vivia no meio do povo. Deixou que a arca de seu poder fosse capturada, entregou sua glória nas mãos de inimigos. Permitiu que seu povo fosse morto à espada, pois se enfureceu com eles, sua propriedade. Os jovens foram consumidos pelo fogo, e as moças não puderam entoar canções de núpcias. Os sacerdotes foram mortos à espada, e as viúvas não puderam lamentar as mortes. Então o Senhor se levantou, como de um sono, como o guerreiro que desperta da embriaguez. Fez os inimigos recuarem e os entregou à vergonha para sempre. Rejeitou, porém, os descendentes de José; não escolheu a tribo de Efraim. Antes, escolheu a tribo de Judá, o monte Sião, que ele amou. Ali construiu seu santuário, alto como os céus, firme e duradouro como a terra. Escolheu Davi, seu servo, e dos currais o chamou. Tirou-o do pastoreio de ovelhas e cordeiros e tornou-o pastor dos descendentes de Jacó, o povo que a Deus pertence, Israel. Com coração sincero, Davi cuidou deles e os conduziu com sensatez.
Salmos 78:1-72 Nova Bíblia Viva Português (NBV-P)
Povo meu, ouça com atenção a minha lei. Abra seus ouvidos para as coisas que eu vou ensinar. Com ilustrações eu contarei fatos da história do nosso povo, história muito antiga, que nossos pais e avós nos contaram e conhecemos muito bem. Vou lhes contar essas coisas para vocês poderem passar adiante a história dos milagres maravilhosos que o SENHOR realizou e do seu grande poder, contando aos seus filhos e netos. Ele deu suas leis a Jacó para mostrar sua vontade ao povo, e ordenou aos antigos israelitas que ensinassem essas leis aos seus filhos. Assim, cada nova geração saberia a vontade do Senhor e ensinaria à geração seguinte, para que sempre colocassem a sua confiança em Deus e nunca esquecessem dos seus grandes feitos, obedecendo fielmente os mandamentos do Senhor. Assim, eles não serão como os seus antepassados, rebeldes e teimosos, infiéis a Deus por causa do seu coração sem fé! Os soldados de Efraim, embora estivessem bem armados, bateram em retirada no dia da batalha. Eles não cumpriram a aliança que tinham feito com Deus, e desobedeceram à sua lei. Esqueceram os grandes feitos de Deus e os maravilhosos milagres que ele fez diante do povo de Israel. Ele fez maravilhas diante dos seus antepassados, na terra do Egito, no campo de Zoã. Depois, dividiu as águas do mar para os israelitas passarem. As águas ficaram paradas, como numa represa. Durante o dia ele guiava o povo com uma nuvem, e à noite com uma coluna de fogo. No deserto, abriu as rochas e deu ao povo muita água para beber, como se a água brotasse de uma fonte. Da rocha quente do deserto ele fez correr verdadeiros rios de água. Apesar de tudo isso, eles continuaram a desobedecer, revoltando-se no deserto contra o Altíssimo. Em seus corações eles deliberadamente colocaram Deus à prova, reclamando do maná e pedindo comida de que gostavam. Reclamaram contra Deus, resmungando: “Será que Deus é capaz de nos dar uma comida gostosa aqui no meio do deserto? Sabemos que ele já nos deu água, fontes que brotaram em grandes quantidades das pedras; agora queremos ver se ele pode nos dar pão e carne também”. Quando o SENHOR ouviu isso, se enfureceu. Castigou os rebeldes mandando fogo do céu, e mostrou a sua ira contra Israel, porque os israelitas não creram nele, nem confiaram em Deus como seu Salvador na hora da dificuldade. Apesar disso, ele deu ordens às nuvens e abriu as janelas do céu, fazendo chover maná sobre os israelitas! Assim, Deus deu a eles pão do céu para comer! Os israelitas comeram pão dos anjos, até não aguentarem mais. Com seu grande poder, Deus enviou dos céus o vento oriental e fez avançar o vento sul. Fez cair carne sobre o povo como pó, bandos de aves como a areia do mar! As aves caíram junto às tendas do povo, por todo o acampamento! Então todos comeram à vontade toda a carne que queriam, porque Deus tinha atendido aos seus pedidos. Mas antes de ficarem satisfeitos, enquanto ainda estavam comendo, acendeu-se a ira de Deus; ele mandou seu castigo, e alguns dos homens mais fortes de Israel morreram, os melhores jovens de Israel. Ainda assim, o povo continuou pecando, não crendo em Deus. Como castigo, ele encurtou a vida daquela geração e deu aos israelitas muitos sofrimentos. Quando Deus castigava o povo com pragas e morte, eles se aproximavam dele arrependidos. Lembravam-se de que Deus era a sua Rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Salvador. Mas essa adoração era da boca para fora procurando enganar a Deus; seus corações não pertenciam completamente a Deus, e eles não cumpriam a aliança feita com o Senhor. No entanto, Deus foi compassivo e perdoou os pecados do povo em vez de destruí-lo. Várias vezes ele conteve a sua ira e o seu furor, pois lembrava que eram homens, meros homens mortais, cuja vida some num instante como a brisa passageira que não retorna. Quantas e quantas vezes eles se revoltaram contra Deus no deserto, abusando da sua paciência naquela terra seca e vazia! Repetidas vezes eles puseram Deus à prova e impediram que o Santo de Israel mostrasse toda a sua grandeza. Eles se esqueciam do grande poder de Deus, da forma como livrou o seu povo do inimigo opressor. Esqueceram-se dos milagres que ele fez no Egito, das grandes maravilhas realizadas na região de Zoã. Quando transformou em sangue as águas dos rios do Egito, não havendo água para os egípcios beberem; e enviou enxames de moscas que os devoravam, e rãs que invadiram todo o país e causaram grande destruição; quando entregou as colheitas às lagartas e o fruto do seu trabalho aos gafanhotos, e destruiu as plantações de uvas pela chuva de pedras e suas figueiras com geadas; durante as tempestades, as pedras e os raios mataram muitos animais dos rebanhos egípcios. Deus lançou contra os egípcios todo o furor da sua ira, com o seu castigo, violência e grandes desgraças, com muitos anjos destruidores. Não parou com a sua ira, não evitou a morte dos egípcios e mandou pragas e pestes contra aquela terra. Finalmente, matou o filho mais velho de todas as famílias do Egito, que eram a força e a alegria dos lares egípcios. Levou seu povo para fora do Egito, como um pastor guiando suas ovelhas; conduziu Israel através do deserto. Guiou o povo em paz e segurança e assim Israel não teve medo; seus inimigos, porém, foram afogados no mar. Deus levou o povo até a fronteira da sua terra santa, para as montanhas que ele criou com seu poder. De lá expulsou outras nações, bem diante dos olhos deles. Distribuiu a cada tribo as terras por herança e deixou que os israelitas habitassem em suas tendas. Mas apesar de todas essas bênçãos, continuaram a ser rebeldes e desobedientes a Deus; abusaram da paciência do Altíssimo, deixando de cumprir a sua vontade. Cometeram os mesmos pecados da geração anterior; desviaram-se do caminho certo como um arco defeituoso, cujas flechas nunca acertam o alvo. Eles o provocaram, construindo altares pagãos e adorando imagens de falsos deuses, no alto dos morros. Sabendo-o Deus, enfureceu-se com o povo de Israel; cansado de tanta desobediência, rejeitou seu povo completamente. Por isso, abandonou o Tabernáculo de Siló, o lugar que era a sua casa entre os homens, e deixou que a arca da aliança, o símbolo da glória e poder de Deus, fosse conquistada pelos inimigos de Israel. Deixou os israelitas morrerem à espada, porque enfureceu-se com o seu povo escolhido. Os jovens israelitas morreram queimados, e as moças não tiveram canções de núpcias. Os sacerdotes foram mortos à espada, e as viúvas nem podiam chorar. Então o Senhor se levantou, como de um sono, como um guerreiro valente despertado do domínio do vinho. Com golpes poderosos obrigou os inimigos a recuar, envergonhando-os para sempre. Ele rejeitou a tribo de José, não escolheu a tribo de Efraim. Em seu lugar, escolheu a tribo de Judá e o monte Sião, o qual amou. Ali ele construiu o seu templo, alto e firme como a terra, eterno como os céus. Escolheu o seu servo Davi, que antes era pastor de ovelhas. Tirou-o do pastoreio das ovelhas para ser o pastor de Jacó, o seu povo, de Israel, sua herança. Davi guiou o povo com um coração sincero e atos de sabedoria.
Salmos 78:1-72 Nova Almeida Atualizada (NAA)
Meu povo, escute a minha lei; dê ouvidos às palavras da minha boca. Abrirei os meus lábios para proferir parábolas e publicarei enigmas dos tempos antigos. O que ouvimos e aprendemos, o que os nossos pais nos contaram, não o encobriremos a seus filhos; contaremos à geração vindoura os louvores do SENHOR, e o seu poder, e as maravilhas que fez. Ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e instituiu uma lei em Israel, e ordenou aos nossos pais que os transmitissem a seus filhos, a fim de que a nova geração os conhecesse, e os filhos que ainda hão de nascer se levantassem e, por sua vez, os contassem aos seus descendentes; para que pusessem a sua confiança em Deus e não se esquecessem dos feitos de Deus, mas lhe observassem os mandamentos; e que não fossem, como seus pais, geração obstinada e rebelde, geração de coração inconstante, e cujo espírito não foi fiel a Deus. Os filhos de Efraim, embora armados com arcos, bateram em retirada no dia do combate. Não guardaram a aliança de Deus, não quiseram andar na sua lei; esqueceram-se das suas obras e das maravilhas que lhes havia mostrado. Deus fez prodígios na presença de seus pais na terra do Egito, no campo de Zoã. Dividiu o mar e os fez passar por ele; fez parar as águas como um montão. Durante o dia, os guiou com uma nuvem e de noite, com um clarão de fogo. No deserto, fendeu rochas e lhes deu de beber abundantemente como de abismos. Da pedra fez brotar torrentes, fez manar água como rios. Mas, ainda assim, continuaram a pecar contra ele e se rebelaram, no deserto, contra o Altíssimo. Tentaram a Deus no seu coração, pedindo alimento que lhes fosse do gosto. Falaram contra Deus, dizendo: “Será que Deus pode preparar-nos uma mesa no deserto? É verdade que ele feriu a rocha, e dela manaram águas, transbordaram as torrentes. Mas será que ele pode dar-nos pão também? Ou fornecer carne para o seu povo?” Ouvindo isto, o SENHOR ficou indignado; acendeu-se fogo contra Jacó, e também se levantou o seu furor contra Israel, porque não creram em Deus, nem confiaram na sua salvação. Mesmo assim, deu ordens às nuvens e abriu as portas dos céus; fez chover maná sobre eles, para alimentá-los, e lhes deu cereal do céu. Todos comeram o pão dos anjos; ele enviou-lhes comida à vontade. Fez soprar no céu o vento do Oriente e pelo seu poder conduziu o vento do Sul. Também fez chover sobre eles carne como poeira e aves numerosas como a areia do mar. Fez com que caíssem no meio do arraial deles, ao redor de suas tendas. Então comeram e se fartaram a valer; pois lhes fez o que desejavam. Porém não reprimiram o apetite. Ainda tinham o alimento na boca, quando se elevou contra eles a ira de Deus, e entre os seus mais robustos semeou a morte, e prostrou os jovens de Israel. Apesar de tudo isso, continuaram a pecar e não creram nas maravilhas de Deus. Por isso, ele fez com que os seus dias se dissipassem num sopro e os seus anos, em súbito terror. Quando os fazia morrer, eles o buscavam; arrependidos, procuravam Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha e o Deus Altíssimo, o seu Redentor. Lisonjeavam-no, porém de boca, e com a língua lhe mentiam. Porque o coração deles não era firme para com ele, nem foram fiéis à sua aliança. Ele, porém, que é misericordioso, perdoa a iniquidade e não destrói; muitas vezes desvia a sua ira e não desperta toda a sua indignação. Lembra-se de que eles são simples mortais, vento que passa e não volta mais. Quantas vezes se rebelaram contra ele no deserto e nos lugares áridos lhe causaram tristeza! Tornaram a pôr Deus à prova, ofenderam o Santo de Israel. Não se lembraram do poder dele, nem do dia em que os resgatou do adversário; de como no Egito ele operou os seus sinais e os seus prodígios, no campo de Zoã; e transformou em sangue os rios deles, para que das suas correntes não bebessem. Enviou contra eles enxames de moscas que os devorassem e rãs que os destruíssem. Entregou às lagartas as suas colheitas e aos gafanhotos, o fruto do seu trabalho. Com chuvas de pedra lhes destruiu as vinhas e os seus sicômoros, com geada. Entregou ao granizo o gado deles e aos raios, os seus rebanhos. Lançou contra eles o furor da sua ira: cólera, indignação e calamidade, legião de anjos portadores de males. Deu livre curso à sua ira; não poupou da morte a alma deles, mas entregou a vida deles à peste. Matou todos os primogênitos no Egito, as primícias do vigor nas tendas de Cam. Fez sair o seu povo como ovelhas e o guiou pelo deserto, como um rebanho. Dirigiu-o com segurança, e não tiveram medo, ao passo que o mar submergiu os seus inimigos. Levou-os até a sua terra santa, até o monte que a sua mão direita adquiriu. Da presença deles expulsou as nações, cuja região repartiu com eles por herança; e nas suas tendas fez habitar as tribos de Israel. Ainda assim, tentaram o Deus Altíssimo, e a ele resistiram, e não lhe guardaram os testemunhos. Tornaram atrás e foram infiéis como os seus pais; desviaram-se como um arco enganoso. Pois o provocaram à ira com os seus lugares altos e com as suas imagens de escultura despertaram o seu ciúme. Deus ouviu isso e se indignou; rejeitou completamente o povo de Israel. Por isso, abandonou o tabernáculo de Siló, a tenda de sua morada aqui na terra, e passou a arca da aliança ao cativeiro, e a sua glória, à mão do adversário. Entregou o seu povo à espada e se encolerizou contra a sua própria herança. O fogo devorou os jovens deles, e as suas donzelas não tiveram canto nupcial. Os seus sacerdotes caíram à espada, e as suas viúvas não fizeram lamentações. Então o Senhor despertou como de um sono, como um valente que grita excitado pelo vinho; fez recuar a golpes os seus adversários e os entregou a perpétuo desprezo. Além disso, rejeitou a tenda de José e não elegeu a tribo de Efraim. Pelo contrário, escolheu a tribo de Judá, o monte Sião, que ele amava. E construiu o seu santuário durável como os céus e firme como a terra que estabeleceu para sempre. Também escolheu o seu servo Davi, e o tirou do aprisco das ovelhas, do cuidado das ovelhas e suas crias, para ser o pastor de Jacó, seu povo, e de Israel, sua herança. E ele os apascentou segundo a integridade do seu coração e os dirigiu com sábias mãos.
Salmos 78:1-72 Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH)
Meu povo, escute o meu ensino e preste atenção no que estou dizendo! Pois falarei com vocês por meio de provérbios e explicarei os segredos do passado. São coisas que ouvimos e aprendemos, coisas que os nossos antepassados nos contaram. Não as esconderemos dos nossos filhos, mas falaremos aos nossos descendentes a respeito do poder de Deus, o SENHOR, dos seus feitos poderosos e das coisas maravilhosas que ele fez. O SENHOR deu leis ao povo de Israel e mandamentos aos descendentes de Jacó. Ordenou aos nossos antepassados que ensinassem essas leis aos seus filhos para que os seus descendentes as aprendessem, e eles, por sua vez, as ensinassem aos seus filhos. Assim eles também porão a sua confiança em Deus; não esquecerão o que ele fez e obedecerão sempre aos seus mandamentos. Eles não serão como os seus antepassados, um povo rebelde e desobediente, que nunca foi firme na sua confiança em Deus e não permaneceu fiel a ele. Os homens da tribo de Efraim, armados com arcos e flechas, fugiram no dia da batalha. Os israelitas não cumpriram a aliança que Deus havia feito com eles e não quiseram obedecer à sua lei. Esqueceram os milagres que ele havia feito na presença deles. Diante dos seus antepassados, Deus realizou milagres na planície de Zoã, na terra do Egito. Ele dividiu o mar e levou os israelitas pelo meio dele; ele fez com que as águas se levantassem como muralhas. Durante o dia, ele os guiava com uma nuvem e de noite os conduzia por meio de um clarão de fogo. Ele partiu rochas no deserto e das profundezas da terra tirou muita água para o povo beber. Fez com que nascessem fontes na rocha e que água corresse como um rio. Mas os nossos antepassados continuaram a pecar contra Deus; eles se revoltaram no deserto contra o Altíssimo. De propósito, puseram Deus à prova, pedindo a comida que queriam. Falaram contra ele, dizendo: “Será que Deus pode nos dar comida no deserto? É verdade que ele partiu a rocha e que a água começou a correr como um rio. Mas será que ele pode nos dar pão? Será que pode fornecer carne para o seu povo?” Quando o SENHOR Deus ouviu isso, ficou furioso. Ele atacou o seu povo com fogo, e a sua ira contra eles aumentou porque não confiaram nele e não acreditaram que ele os poderia salvar. Porém Deus deu ordem ao céu lá em cima e mandou que as suas portas se abrissem. Ele deu ao povo pão do céu, fazendo com que caísse o maná para eles comerem, e assim comeram o pão dos anjos. Deus lhes deu comida com fartura. Depois ele fez soprar do céu o vento leste e pelo seu poder agitou o vento sul. Sobre o povo fez cair tantas aves, que pareciam nuvens de pó ou os grãos de areia de uma praia. As aves caíam no meio do acampamento, em volta das barracas. Então os israelitas comeram e ficaram satisfeitos, pois Deus lhes deu o que eles queriam. Mas, enquanto estavam comendo, antes mesmo de ficarem satisfeitos, Deus ficou irado com eles e matou os homens mais fortes, os melhores jovens de Israel. Mesmo depois desses milagres, o povo ainda continuou a pecar e não quis acreditar em Deus. Por isso ele os destruiu como se a vida deles fosse um sopro, como um desastre que acontece de repente. Porém, quando Deus matava alguns, os que ficavam vivos voltavam para ele; eles se arrependiam e oravam com sinceridade a ele. Eles lembravam que Deus era a sua rocha, lembravam que o Altíssimo era o seu Salvador. Mas todas as palavras deles eram mentiras, tudo o que diziam era apenas para enganar. O coração deles não era sincero para com Deus, e não foram fiéis à aliança que Deus havia feito com eles. Porém Deus teve misericórdia do seu povo. Ele não os destruiu, mas perdoou os seus pecados. Muitas vezes parou com a sua ira e não se deixou levar pelo seu furor. Lembrou que eles eram mortais, eram como um vento que passa e não volta mais. Quantas vezes se revoltaram contra Deus no deserto! Quantas vezes o fizeram ficar triste! Repetidas vezes o puseram à prova e entristeceram o Santo Deus de Israel. Eles esqueceram o seu grande poder e o dia em que ele os tinha salvado dos seus inimigos. Esqueceram as coisas maravilhosas e os milagres que ele havia feito na planície de Zoã, na terra do Egito. Ali ele fez com que os rios virassem sangue, e assim os egípcios ficaram sem água para beber. Mandou moscas para os atormentarem e rãs, que estragaram os seus campos. Também mandou gafanhotos para comerem as suas colheitas e destruírem as suas plantações. Com chuvas de pedras destruiu as suas videiras e com geada, as suas figueiras. O seu gado e as suas ovelhas também morreram por causa das chuvas de pedra e dos raios. Ele os destruiu com o fogo da sua ira e com o seu grande furor e a sua maldição, que vieram como mensageiros da morte. Ele não parou com a sua ira, nem deixou que eles vivessem, mas os matou com uma praga. Em cada casa, na terra do Egito, Deus matou o filho mais velho. Depois, como pastor, Deus conduziu o povo de Israel para fora do Egito e o guiou pelo deserto. Ele os guiou com segurança, e eles não tiveram medo; mas os seus inimigos foram cobertos pelo mar. Deus levou os israelitas para a terra santa dele, para as montanhas que ele mesmo conquistou. Ele expulsou os moradores daquelas terras enquanto o seu povo avançava. Repartiu as terras entre as tribos de Israel e deixou que os israelitas morassem nas casas dos seus antigos moradores. Mas os israelitas se revoltaram contra o Deus Altíssimo e o puseram à prova. Não obedeceram aos seus mandamentos e foram desleais e rebeldes como os seus pais, traiçoeiros como flechas atiradas com um arco defeituoso. Eles o irritaram com os seus altares pagãos e, com os seus ídolos, fizeram com que ele ficasse enciumado. Quando Deus viu isso, ficou irado e rejeitou completamente o seu povo. Ele abandonou a sua Tenda Sagrada, que estava em Siló, a casa onde ele havia morado entre os seres humanos. Deus deixou que os inimigos tomassem a arca da aliança, que representava o seu poder e a sua glória. Ele ficou irado com o seu próprio povo e deixou que eles fossem mortos pelos inimigos. Os jovens foram mortos na guerra, e as moças não tinham com quem casar. Os sacerdotes foram mortos à espada, e as suas viúvas foram proibidas de chorar por eles. Então o Senhor acordou como de um sono e gritou como um homem valente, embriagado pelo vinho. Ele fez com que os seus inimigos fugissem derrotados e envergonhados para sempre. Ele rejeitou os descendentes de José, não escolheu a tribo de Efraim. Pelo contrário, escolheu a tribo de Judá, o monte Sião, que ele tanto ama. Ele construiu o seu Templo parecido com a sua casa no céu e o fez firme como a terra, que está segura para sempre. Então Deus escolheu o seu servo Davi; ele o tirou do curral de ovelhas quando ainda pastoreava o rebanho. Ele o pôs como rei de Israel, como pastor do povo de Deus. Davi cuidou deles com dedicação e os dirigiu com sabedoria.
Salmos 78:1-72 Almeida Revista e Corrigida (ARC)
Escutai a minha lei, povo meu; inclinai os ouvidos às palavras da minha boca. Abrirei a boca numa parábola; proporei enigmas da antiguidade, os quais temos ouvido e sabido, e nossos pais no-los têm contado. Não os encobriremos aos seus filhos, mostrando à geração futura os louvores do SENHOR, assim como a sua força e as maravilhas que fez. Porque ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e pôs uma lei em Israel, e ordenou aos nossos pais que a fizessem conhecer a seus filhos, para que a geração vindoura a soubesse, e os filhos que nascessem se levantassem e a contassem a seus filhos; para que pusessem em Deus a sua esperança e se não esquecessem das obras de Deus, mas guardassem os seus mandamentos e não fossem como seus pais, geração contumaz e rebelde, geração que não regeu o seu coração, e cujo espírito não foi fiel para com Deus. Os filhos de Efraim, armados e trazendo arcos, retrocederam no dia da peleja. Não guardaram o concerto de Deus e recusaram andar na sua lei. E esqueceram-se das suas obras e das maravilhas que lhes fizera ver, maravilhas que ele fez à vista de seus pais na terra do Egito, no campo de Zoã. Dividiu o mar, e os fez passar por ele; fez com que as águas parassem como num montão. De dia os guiou com uma nuvem, e toda a noite, com um clarão de fogo. Fendeu as penhas no deserto e deu-lhes de beber como de grandes abismos. Fez sair fontes da rocha e fez correr as águas como rios. E ainda prosseguiram em pecar contra ele, provocando ao Altíssimo na solidão. E tentaram a Deus no seu coração, pedindo carne para satisfazerem o seu apetite. E falaram contra Deus e disseram: Poderá Deus, porventura, preparar-nos uma mesa no deserto? Eis que feriu a penha, e águas correram dela; rebentaram ribeiros em abundância; poderá também dar-nos pão ou preparar carne para o seu povo? Pelo que o SENHOR os ouviu e se indignou; e acendeu um fogo contra Jacó, e furor também subiu contra Israel, porquanto não creram em Deus, nem confiaram na sua salvação, posto que tivesse mandado às altas nuvens, e tivesse aberto as portas dos céus, e fizesse chover sobre eles o maná para comerem, e lhes tivesse dado do trigo do céu. Cada um comeu o pão dos poderosos; ele lhes mandou comida com abundância. Fez soprar o vento do Oriente nos céus e trouxe o Sul com a sua força. E choveu sobre eles carne como pó, e aves de asas como a areia do mar. E as fez cair no meio do seu arraial, ao redor de suas habitações. Então, comeram e se fartaram bem; pois lhes satisfez o desejo. Não refrearam o seu apetite. Ainda lhes estava a comida na boca, quando a ira de Deus desceu sobre eles, e matou os mais fortes deles, e feriu os escolhidos de Israel. Com tudo isto, ainda pecaram e não deram crédito às suas maravilhas. Pelo que consumiu os seus dias na vaidade e os seus anos, na angústia. Pondo-os ele à morte, então, o procuravam; e voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. E lembravam-se de que Deus era a sua rocha, e o Deus Altíssimo, o seu Redentor. Todavia, lisonjeavam-no com a boca e com a língua lhe mentiam. Porque o seu coração não era reto para com ele, nem foram fiéis ao seu concerto. Mas ele, que é misericordioso, perdoou a sua iniquidade e não os destruiu; antes, muitas vezes desviou deles a sua cólera e não deixou despertar toda a sua ira, porque se lembrou de que eram carne, um vento que passa e não volta. Quantas vezes o provocaram no deserto e o ofenderam na solidão! Voltaram atrás, e tentaram a Deus, e duvidaram do Santo de Israel. Não se lembraram do poder da sua mão, nem do dia em que os livrou do adversário; como operou os seus sinais no Egito e as suas maravilhas no campo de Zoã; e converteu em sangue os seus rios e as suas correntes, para que não pudessem beber. E lhes mandou enxames de moscas que os consumiram, e rãs que os destruíram. Deu, também, ao pulgão a sua novidade, e o seu trabalho, aos gafanhotos. Destruiu as suas vinhas com saraiva, e os seus sicômoros, com pedrisco. Também entregou o seu gado à saraiva, e aos coriscos, os seus rebanhos. E atirou para o meio deles, quais mensageiros de males, o ardor da sua ira: furor, indignação e angústia. Abriu caminho à sua ira; não poupou a alma deles à morte, nem a vida deles à pestilência. E feriu todo primogênito no Egito, primícias da sua força nas tendas de Cam, mas fez com que o seu povo saísse como ovelhas e os guiou pelo deserto, como a um rebanho. E os guiou com segurança, e não temeram; mas o mar cobriu os seus inimigos. E conduziu-os até ao limite do seu santuário, até este monte que a sua destra adquiriu, e expulsou as nações de diante deles, e, dividindo suas terras, lhas deu por herança, e fez habitar em suas tendas as tribos de Israel. Contudo, tentaram, e provocaram o Deus Altíssimo, e não guardaram os seus testemunhos. Mas tornaram atrás e portaram-se aleivosamente como seus pais; viraram-se como um arco traiçoeiro, pois lhe provocaram a ira com os seus altos e despertaram-lhe o zelo com as suas imagens de escultura. Deus ouviu isto e se indignou; e sobremodo aborreceu a Israel, pelo que desamparou o tabernáculo em Siló, a tenda que estabelecera como sua morada entre os homens, e deu a sua força ao cativeiro, e a sua glória, à mão do inimigo, e entregou o seu povo à espada, e encolerizou-se contra a sua herança. Aos seus jovens, consumiu-os o fogo, e as suas donzelas não tiveram festa nupcial. Os seus sacerdotes caíram à espada, e suas viúvas não se lamentaram. Então, o Senhor despertou como de um sono, como um valente que o vinho excitasse. E feriu os seus adversários, que fugiram, e os pôs em perpétuo desprezo. Além disto, rejeitou a tenda de José e não elegeu a tribo de Efraim. Antes, elegeu a tribo de Judá, o monte Sião, que ele amava. E edificou o seu santuário como aos lugares elevados, como a terra que fundou para sempre. Também elegeu a Davi, seu servo, e o tirou dos apriscos das ovelhas. De após as ovelhas pejadas o trouxe, para apascentar a Jacó, seu povo, e a Israel, sua herança. Assim, os apascentou, segundo a integridade do seu coração, e os guiou com a perícia de suas mãos.