Juízes 9:1-57
Juízes 9:1-57 Nova Versão Internacional - Português (NVI)
Abimeleque, filho de Jerubaal, foi aos irmãos da sua mãe em Siquém e disse a eles e a todo o clã da família da sua mãe: ― Perguntem a todos os cidadãos de Siquém o que é melhor para eles, ter todos os setenta filhos de Jerubaal governando sobre eles, ou somente um homem? Lembrem‑se de que eu sou sangue do sangue de vocês. Os irmãos da sua mãe repetiram tudo aos cidadãos de Siquém, e estes se mostraram propensos a seguir Abimeleque, pois disseram: “Ele é o nosso irmão”. Deram‑lhe setenta peças de prata tiradas do templo de Baal-Berite, as quais Abimeleque usou para contratar alguns desocupados e insolentes, que se tornaram seguidores seus. Foi à casa do seu pai em Ofra e matou os seus setenta irmãos, filhos de Jerubaal, sobre uma rocha. Jotão, porém, o filho mais novo de Jerubaal, escondeu‑se e escapou. Então, todos os cidadãos de Siquém e de Bete-Milo reuniram‑se ao lado do Carvalho, junto à coluna de Siquém, para coroar Abimeleque rei. Quando Jotão soube disso, subiu ao topo do monte Gerizim e gritou para eles: ― Ouçam‑me, cidadãos de Siquém, para que Deus os ouça. “Certo dia, as árvores saíram para ungir um rei para si. Disseram à oliveira: ‘Seja o nosso rei!’. A oliveira, porém, respondeu: ‘Deveria eu renunciar ao meu azeite, com o qual se presta honra aos deuses e aos homens, para dominar sobre as árvores?’. “Então, as árvores disseram à figueira: ‘Venha e reine sobre nós!’. A figueira, porém, respondeu: ‘Deveria eu renunciar ao meu fruto, tão saboroso e doce, para dominar sobre as árvores?’. “Depois, as árvores disseram à videira: ‘Venha e reine sobre nós!’. A videira, porém, respondeu: ‘Deveria eu renunciar ao meu vinho, que alegra os deuses e os homens, para ter domínio sobre as árvores?’. “Finalmente, todas as árvores disseram ao espinheiro: ‘Venha e reine sobre nós!’. O espinheiro disse às árvores: ‘Se querem realmente ungir‑me rei sobre vocês, venham abrigar‑se à minha sombra; do contrário, que saia fogo do espinheiro e consuma os cedros do Líbano!’ ”. ― Será que vocês agiram de fato com honestidade e sinceridade quando fizeram Abimeleque rei? Foram justos com Jerubaal e a sua família, como ele merecia? O meu pai lutou por vocês e arriscou a vida para livrá‑los das mãos de Midiã. Hoje, porém, vocês se revoltaram contra a família do meu pai, mataram os seus setenta filhos sobre a mesma rocha e proclamaram Abimeleque, o filho da sua escrava, rei sobre os cidadãos de Siquém pelo fato de ser irmão de vocês. Se hoje vocês, de fato, agiram com honestidade e sinceridade para com Jerubaal e a sua família, alegrem‑se com Abimeleque, e alegre‑se ele com vocês! Entretanto, se não foi assim, que saia fogo de Abimeleque e consuma os habitantes de Siquém e de Bete-Milo, e que saia fogo dos cidadãos de Siquém e de Bete-Milo e consuma Abimeleque! Depois, Jotão fugiu para Beer, onde ficou morando, longe do seu irmão Abimeleque. Fazia três anos que Abimeleque governava Israel, quando Deus enviou um espírito maligno entre Abimeleque e os cidadãos de Siquém, e estes agiram traiçoeiramente contra Abimeleque. Isso aconteceu para que o crime contra os setenta filhos de Jerubaal, o derramamento do sangue deles, fosse vingado no seu irmão Abimeleque e nos cidadãos de Siquém, que o ajudaram a assassinar os irmãos dele. Os cidadãos de Siquém enviaram homens para o alto das colinas para emboscarem os que passassem por ali, e Abimeleque foi informado disso. Nesse meio-tempo, Gaal, filho de Ebede, mudou‑se com os seus parentes para Siquém, cujos cidadãos confiavam nele. Sucedeu que foram ao campo, colheram uvas, pisaram‑nas e fizeram uma festa no templo do deus deles. Comendo e bebendo, amaldiçoaram Abimeleque. Então, Gaal, filho de Ebede, disse: ― Quem é Abimeleque e por que nós, os de Siquém, devemos nos submeter a ele? Não é ele o filho de Jerubaal, e não é Zebul o seu representante? Sirvam aos homens de Hamor, o pai de Siquém! Por que servir a Abimeleque? Ah! Se eu tivesse este povo sob o meu comando! Eu me livraria de Abimeleque e lhe diria: “Reúna mais soldados ao seu exército e venha!”. Quando Zebul, o governante da cidade, ouviu o que dizia Gaal, filho de Ebede, ficou indignado. Secretamente, enviou mensageiros a Abimeleque, dizendo: “Gaal, filho de Ebede, e os parentes dele vieram a Siquém e estão agitando a cidade contra você. Venha à noite, você e os seus homens, e fiquem à espera no campo. De manhã, ao nascer do sol, avance contra a cidade. Quando Gaal e a tropa dele atacarem, faça com eles o que achar melhor”. Assim, Abimeleque e todas as suas tropas partiram de noite e prepararam emboscadas perto de Siquém, em quatro companhias. Ora, Gaal, filho de Ebede, tinha saído e estava à porta da cidade quando Abimeleque e os seus homens saíram da emboscada. Quando Gaal os viu, disse a Zebul: ― Veja, vem gente descendo do alto das montanhas! Zebul, porém, respondeu: ― Você está confundindo as sombras dos montes com homens. Gaal, porém, tornou a falar: ― Veja, vem gente descendo da parte central do território, e uma companhia está vindo pelo caminho do Carvalho dos Adivinhadores. Zebul lhe disse: ― Onde está toda aquela sua conversa? Você dizia: “Quem é Abimeleque, para que lhe sirvamos?”. Não são estes os homens que você ridicularizou? Saia e lute contra eles! Então, Gaal saiu à frente dos cidadãos de Siquém e lutou contra Abimeleque. Abimeleque o perseguiu, e ele fugiu. Muitos dos homens de Siquém caíram mortos ao longo de todo o caminho, até a porta da cidade. Abimeleque permaneceu em Arumá, e Zebul expulsou Gaal e os seus parentes de Siquém. No dia seguinte, o povo de Siquém saiu aos campos, e contaram isso a Abimeleque. Então, ele dividiu os seus homens em três companhias e armou emboscadas no campo. Quando viu o povo saindo da cidade, levantou‑se contra ele e o atacou. Abimeleque e as tropas que estavam com ele avançaram até a porta da cidade. Então, duas companhias avançaram sobre os que estavam nos campos e os mataram. Abimeleque batalhou contra a cidade o dia todo, até conquistá‑la e matar o seu povo. Depois, destruiu a cidade e espalhou sal sobre ela. Ao saberem disso, os cidadãos que estavam na torre de Siquém entraram na fortaleza do templo de El-Berite. Quando soube que se haviam reunido lá, Abimeleque e todos os seus homens subiram ao monte Zalmom. Ele apanhou um machado, cortou um galho de árvore e o pôs nos ombros. Então, deu esta ordem aos homens que estavam com ele: ― Rápido! Façam o que me viram fazer! Todos os homens cortaram galhos e seguiram Abimeleque. Empilharam os galhos junto à fortaleza e a incendiaram. Assim, morreu também o povo que estava na torre de Siquém, cerca de mil homens e mulheres. A seguir, Abimeleque foi a Tebes, sitiou‑a e conquistou‑a. Dentro da cidade, porém, havia uma torre bastante forte, para a qual fugiram todos os homens e mulheres, todo o povo da cidade. Trancaram‑se por dentro e subiram ao telhado da torre. Abimeleque foi até a torre e a atacou. Quando ele se aproximava da entrada da torre para incendiá‑la, uma mulher jogou uma pedra de moinho na cabeça dele e rachou‑lhe o crânio. Imediatamente, ele chamou o seu escudeiro e lhe ordenou: ― Tire a sua espada e mate‑me, para que não digam que uma mulher me matou. Então, o jovem o atravessou com a espada, e ele morreu. Quando os israelitas viram que Abimeleque estava morto, voltaram para casa. Assim, Deus retribuiu a maldade que Abimeleque praticara contra o seu pai, matando os seus setenta irmãos. Deus fez também os homens de Siquém pagarem por toda a sua maldade. A maldição de Jotão, filho de Jerubaal, caiu sobre eles.
Juízes 9:1-57 Bíblia Sagrada, Nova Versão Transformadora (NVT)
Certo dia, Abimeleque, filho de Gideão, foi a Siquém visitar os irmãos de sua mãe e disse a eles e aos demais membros do seu clã materno: “Perguntem aos líderes de Siquém se preferem ser governados por todos os setenta filhos de Gideão ou por um só homem. E lembrem-se de que eu sou da mesma carne e do mesmo sangue de vocês!”. Então os tios de Abimeleque transmitiram sua mensagem a todos os líderes de Siquém, que, depois de ouvirem a proposta, decidiram em favor de Abimeleque, pois era parente deles. Deram-lhe setenta moedas de prata do templo de Baal-Berite, que ele usou para contratar indivíduos desocupados e desordeiros que concordaram em segui-lo. Ele foi à casa de seu pai em Ofra e ali, sobre uma pedra, matou todos os seus setenta meios-irmãos, os filhos de Gideão, exceto Jotão, o filho mais novo, que fugiu e se escondeu. Então os líderes de Siquém e Bete-Milo convocaram uma reunião debaixo do carvalho perto da coluna em Siquém e proclamaram Abimeleque rei. Quando Jotão soube disso, subiu ao topo do monte Gerizim e gritou: “Ouçam-me, cidadãos de Siquém! Ouçam-me se querem que Deus os ouça! Certa vez as árvores resolveram ungir um rei. Primeiro disseram à oliveira: ‘Seja nosso rei!’. Mas a oliveira se recusou e disse: ‘Devo deixar de produzir o óleo que agrada a Deus e às pessoas, só para ser a mais alta das árvores que o vento agita?’. “Então disseram à figueira: ‘Seja nosso rei!’. Mas a figueira também se recusou e disse: ‘Devo deixar de produzir meus frutos doces e deliciosos, só para ser a mais alta das árvores que o vento agita?’. “Então disseram à videira: ‘Seja nosso rei!’. Mas a videira também se recusou e disse: ‘Devo deixar de produzir o vinho que alegra a Deus e às pessoas, só para ser a mais alta das árvores que o vento agita?’. “Por fim, todas as árvores se voltaram para o espinheiro e disseram: ‘Seja nosso rei!’. E o espinheiro respondeu às árvores: ‘Se querem mesmo ungir-me seu rei, venham abrigar-se à minha sombra. Se não, que saia fogo de mim e queime os cedros do Líbano’”. Jotão prosseguiu: “Será que vocês de fato agiram de forma honrada e íntegra ao proclamar Abimeleque seu rei? Será que foram justos com Gideão e seus descendentes? Vocês o trataram como ele merece, tendo em vista tudo que realizou? Meu pai lutou por vocês e arriscou a vida para libertá-los dos midianitas. Mas hoje vocês se rebelaram contra ele e seus descendentes e mataram seus setenta filhos sobre uma pedra. Escolheram Abimeleque, filho da escrava dele, para ser rei só porque ele é seu parente. “Se hoje agiram de forma honrada e íntegra com Gideão e seus descendentes, então que sejam felizes com Abimeleque, e ele seja feliz com vocês. Mas, se não o fizeram, então que saia fogo de Abimeleque e queime os líderes de Siquém e Bete-Milo, e saia fogo dos líderes de Siquém e Bete-Milo e queime Abimeleque!”. Então Jotão fugiu e foi morar em Beer, pois tinha medo de seu irmão Abimeleque. Depois que Abimeleque havia governado Israel por três anos, Deus enviou um espírito que gerou discórdia entre Abimeleque e os líderes de Siquém, que se rebelaram. Foi um castigo para Abimeleque por ele ter assassinado os setenta filhos de Gideão e para os líderes de Siquém por terem apoiado Abimeleque no assassinato de seus irmãos. Os líderes de Siquém prepararam uma emboscada para Abimeleque no alto dos montes e assaltavam todos os que passavam por ali. Contudo, alguém alertou Abimeleque sobre essa conspiração. Nessa época, Gaal, filho de Ebede, se mudou para Siquém com seus irmãos e ganhou a confiança dos líderes da cidade. Depois de irem ao campo, colherem as uvas e pisarem nelas, realizaram uma festa da colheita, no templo do deus local. Foi servido vinho à vontade, e todos começaram a amaldiçoar Abimeleque. “Quem é Abimeleque?”, disse em alta voz Gaal, filho de Ebede. “Se não é um verdadeiro filho de Siquém, por que devemos servi-lo? É apenas filho de Gideão, e esse Zebul é apenas seu ajudante. Sirvam aos verdadeiros filhos de Hamor, o fundador de Siquém! Por que devemos servir a Abimeleque? Se eu estivesse no comando, me livraria de Abimeleque. Diria a ele: ‘Convoque seus soldados e venha lutar!’.” Mas, quando Zebul, que governava a cidade, tomou conhecimento das palavras de Gaal, ficou furioso. Enviou mensageiros a Abimeleque em Arumá para lhe dizer: “Gaal, filho de Ebede, e seus irmãos se mudaram para Siquém e estão instigando a cidade a se rebelar contra você. Venha de noite com seu exército e esconda-se nos campos. Pela manhã, assim que o sol nascer, ataque a cidade. Quando Gaal e aqueles que o acompanham saírem para lutar contra você, faça com eles o que desejar”. Então Abimeleque e todos os seus homens saíram de noite, dividiram-se em quatro grupos e armaram uma emboscada ao redor de Siquém. Gaal, filho de Ebede, estava à porta da cidade quando Abimeleque e seu exército saíram de seus esconderijos. Quando Gaal os viu, disse a Zebul: “Olhe, há pessoas descendo do alto das colinas!”. Zebul respondeu: “São apenas as sombras dos montes que se parecem com homens”. Mas Gaal insistiu: “Não! São pessoas descendo das colinas. E outro grupo vem pela estrada que passa pelo Carvalho dos Adivinhos”. Zebul se voltou para ele e perguntou: “Onde foi parar toda a sua conversa? Não foi você que disse: ‘Quem é Abimeleque e por que deveríamos servi-lo?’. Os homens dos quais você zombou estão logo ali do lado de fora da cidade! Saia e lute contra eles!”. Então Gaal marchou à frente dos líderes de Siquém para a batalha contra Abimeleque. Abimeleque perseguiu Gaal, e muitos homens de Siquém foram feridos e caíram pelo caminho enquanto recuavam até o portão da cidade. Abimeleque voltou a Arumá, e Zebul expulsou Gaal e seus irmãos de Siquém. No dia seguinte, o povo de Siquém saiu para guerrear nos campos. Abimeleque soube disso, dividiu seus homens em três grupos e armou emboscadas nos campos. Quando Abimeleque viu o povo sair da cidade, ele e seus homens saíram de seus esconderijos e atacaram. Abimeleque e seu grupo tomaram de assalto o portão da cidade para impedir que os homens de Siquém voltassem para dentro. Enquanto isso, os outros dois grupos atacaram e mataram aqueles que estavam nos campos. A batalha durou o dia inteiro. Por fim, Abimeleque tomou Siquém e matou seus habitantes. Depois, destruiu a cidade e espalhou sal em todo o solo. Ao tomarem conhecimento do que havia acontecido, os líderes que viviam na torre de Siquém correram e se esconderam na fortaleza do templo de Baal-Berite. Quando alguém informou Abimeleque de que esses habitantes estavam reunidos ali, ele levou seu exército ao monte Zalmom. Pegou um machado, cortou alguns galhos de uma árvore e os pôs sobre os ombros. “Rápido! Façam como eu!”, disse a seus homens. Assim, cada um cortou alguns galhos e fez como Abimeleque. Então amontoaram os galhos junto às paredes do templo e puseram fogo. Todos que viviam na torre de Siquém morreram, cerca de mil homens e mulheres. Em seguida, Abimeleque atacou a cidade de Tebes e a conquistou. No meio da cidade, porém, havia uma torre forte, e toda a população, homens e mulheres, fugiu para lá. Trancaram-se por dentro e subiram até o terraço. Abimeleque foi até a torre e a atacou. Mas, quando se preparava para incendiar a entrada da torre, uma mulher que estava no terraço jogou na cabeça de Abimeleque uma pedra de moinho, que rachou seu crânio. Sem demora, ele disse a seu jovem escudeiro: “Tire a espada e mate-me! Assim ninguém dirá que uma mulher matou Abimeleque!”. O jovem o atravessou com sua espada, e ele morreu. Quando os israelitas viram que Abimeleque estava morto, debandaram e voltaram para casa. Desse modo, Deus castigou Abimeleque pelo mal que ele havia feito a seu pai, matando os setenta irmãos. Deus também castigou os homens de Siquém por toda a sua maldade. Assim cumpriu-se a maldição de Jotão, filho de Gideão.
Juízes 9:1-57 Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Abimeleque, filho de Jerubaal, foi-se a Siquém, aos irmãos de sua mãe, e falou-lhes e a toda a geração da casa do pai de sua mãe, dizendo: Falai, peço-vos, aos ouvidos de todos os cidadãos de Siquém: Que vos parece melhor: que setenta homens, todos os filhos de Jerubaal, dominem sobre vós ou que apenas um domine sobre vós? Lembrai-vos também de que sou osso vosso e carne vossa. Então, os irmãos de sua mãe falaram a todos os cidadãos de Siquém todas aquelas palavras; e o coração deles se inclinou a seguir Abimeleque, porque disseram: É nosso irmão. E deram-lhe setenta peças de prata, da casa de Baal-Berite, com as quais alugou Abimeleque uns homens levianos e atrevidos, que o seguiram. Foi à casa de seu pai, a Ofra, e matou seus irmãos, os filhos de Jerubaal, setenta homens, sobre uma pedra. Porém Jotão, filho menor de Jerubaal, ficou, porque se escondera. Então, se ajuntaram todos os cidadãos de Siquém e toda Bete-Milo; e foram e proclamaram Abimeleque rei, junto ao carvalho memorial que está perto de Siquém. Avisado disto, Jotão foi, e se pôs no cimo do monte Gerizim, e em alta voz clamou, e disse-lhes: Ouvi-me, cidadãos de Siquém, e Deus vos ouvirá a vós outros. Foram, certa vez, as árvores ungir para si um rei e disseram à oliveira: Reina sobre nós. Porém a oliveira lhes respondeu: Deixaria eu o meu óleo, que Deus e os homens em mim prezam, e iria pairar sobre as árvores? Então, disseram as árvores à figueira: Vem tu e reina sobre nós. Porém a figueira lhes respondeu: Deixaria eu a minha doçura, o meu bom fruto e iria pairar sobre as árvores? Então, disseram as árvores à videira: Vem tu e reina sobre nós. Porém a videira lhes respondeu: Deixaria eu o meu vinho, que agrada a Deus e aos homens, e iria pairar sobre as árvores? Então, todas as árvores disseram ao espinheiro: Vem tu e reina sobre nós. Respondeu o espinheiro às árvores: Se, deveras, me ungis rei sobre vós, vinde e refugiai-vos debaixo de minha sombra; mas, se não, saia do espinheiro fogo que consuma os cedros do Líbano. Agora, pois, se, deveras e sinceramente, procedestes, proclamando rei Abimeleque, e se bem vos portastes para com Jerubaal e para com a sua casa, e se com ele agistes segundo o merecimento dos seus feitos (porque meu pai pelejou por vós e, arriscando a vida, vos livrou das mãos dos midianitas; porém vós, hoje, vos levantastes contra a casa de meu pai e matastes seus filhos, setenta homens, sobre uma pedra; e a Abimeleque, filho de sua serva, fizestes reinar sobre os cidadãos de Siquém, porque é vosso irmão), se, deveras e sinceramente, procedestes, hoje, com Jerubaal e com a sua casa, alegrai-vos com Abimeleque, e também ele se alegre convosco. Mas, se não, saia fogo de Abimeleque e consuma os cidadãos de Siquém e Bete-Milo; e saia fogo dos cidadãos de Siquém e de Bete-Milo, que consuma a Abimeleque. Fugiu logo Jotão, e foi-se para Beer, e ali habitou por temer seu irmão Abimeleque. Havendo, pois, Abimeleque dominado três anos sobre Israel, suscitou Deus um espírito de aversão entre Abimeleque e os cidadãos de Siquém; e estes se houveram aleivosamente contra Abimeleque, para que a vingança da violência praticada contra os setenta filhos de Jerubaal viesse, e o seu sangue caísse sobre Abimeleque, seu irmão, que os matara, e sobre os cidadãos de Siquém, que contribuíram para que ele matasse seus próprios irmãos. Os cidadãos de Siquém puseram contra ele homens de emboscada sobre os cimos dos montes; e todo aquele que passava pelo caminho junto a eles, eles o assaltavam; e isto se contou a Abimeleque. Veio também Gaal, filho de Ebede, com seus irmãos, e se estabeleceram em Siquém; e os cidadãos de Siquém confiaram nele, e saíram ao campo, e vindimaram as suas vinhas, e pisaram as uvas, e fizeram festas, e foram à casa de seu deus, e comeram, e beberam, e amaldiçoaram Abimeleque. Disse Gaal, filho de Ebede: Quem é Abimeleque, e quem somos nós de Siquém, para que o sirvamos? Não é, porventura, filho de Jerubaal? E não é Zebul o seu oficial? Servi, antes, aos homens de Hamor, pai de Siquém. Mas nós, por que serviremos a ele? Quem dera estivesse este povo sob a minha mão, e eu expulsaria Abimeleque e lhe diria: Multiplica o teu exército e sai. Ouvindo Zebul, governador da cidade, as palavras de Gaal, filho de Ebede, se acendeu em ira; e enviou, astutamente, mensageiros a Abimeleque, dizendo: Eis que Gaal, filho de Ebede, e seus irmãos vieram a Siquém e alvoroçaram a cidade contra ti. Levanta-te, pois, de noite, tu e o povo que tiveres contigo, e ponde-vos de emboscada no campo. Levanta-te pela manhã, ao sair o sol, e dá de golpe sobre a cidade; saindo contra ti Gaal com a sua gente, procede com ele como puderes. Levantou-se, pois, de noite, Abimeleque e todo o povo que com ele estava, e se puseram de emboscada contra Siquém, em quatro grupos. Gaal, filho de Ebede, saiu e pôs-se à entrada da porta da cidade; com isto Abimeleque e todo o povo que com ele estava se levantaram das emboscadas. Vendo Gaal aquele povo, disse a Zebul: Eis que desce gente dos cimos dos montes. Zebul, ao contrário, lhe disse: As sombras dos montes vês por homens. Porém Gaal tornou ainda a falar e disse: Eis ali desce gente defronte de nós, e uma tropa vem do caminho do carvalho dos Adivinhadores. Então, lhe disse Zebul: Onde está, agora, a tua boca, com a qual dizias: Quem é Abimeleque, para que o sirvamos? Não é este, porventura, o povo que desprezaste? Sai, pois, e peleja contra ele. Saiu Gaal adiante dos cidadãos de Siquém e pelejou contra Abimeleque. Abimeleque o perseguiu; Gaal fugiu de diante dele, e muitos feridos caíram até a entrada da porta da cidade. Abimeleque ficou em Arumá. E Zebul expulsou a Gaal e seus irmãos, para que não habitassem em Siquém. No dia seguinte, saiu o povo ao campo; disto foi avisado Abimeleque, que tomou os seus homens, e os repartiu em três grupos, e os pôs de emboscada no campo. Olhando, viu que o povo saía da cidade; então, se levantou contra eles e os feriu. Abimeleque e o grupo que com ele estava romperam de improviso e tomaram posição à porta da cidade, enquanto os dois outros grupos deram de golpe sobre todos quantos estavam no campo e os destroçaram. Todo aquele dia pelejou Abimeleque contra a cidade e a tomou. Matou o povo que nela havia, assolou-a e a semeou de sal. Tendo ouvido isto todos os cidadãos da Torre de Siquém, entraram na fortaleza subterrânea, no templo de El-Berite. Contou-se a Abimeleque que todos os cidadãos da Torre de Siquém se haviam congregado. Então, subiu ele ao monte Salmom, ele e todo o seu povo; Abimeleque tomou de um machado, e cortou uma ramada de árvore, e a levantou, e pô-la ao ombro, e disse ao povo que com ele estava: O que me vistes fazer, fazei-o também vós, depressa. Assim, cada um de todo o povo cortou a sua ramada, e seguiram Abimeleque, e as puseram em cima da fortaleza subterrânea, e queimaram sobre todos os da Torre de Siquém, de maneira que morreram todos, uns mil homens e mulheres. Então, se foi Abimeleque a Tebes, e a sitiou, e a tomou. Havia, porém, no meio da cidade, uma torre forte; e todos os homens e mulheres, todos os moradores da cidade, se acolheram a ela, e fecharam após si as portas da torre, e subiram ao seu eirado. Abimeleque veio até à torre, pelejou contra ela e se chegou até à sua porta para a incendiar. Porém certa mulher lançou uma pedra superior de moinho sobre a cabeça de Abimeleque e lhe quebrou o crânio. Então, chamou logo ao moço, seu escudeiro, e lhe disse: Desembainha a tua espada e mata-me, para que não se diga de mim: Mulher o matou. O moço o atravessou, e ele morreu. Vendo, pois, os homens de Israel que Abimeleque já estava morto, foram-se, cada um para sua casa. Assim, Deus fez tornar sobre Abimeleque o mal que fizera a seu pai, por ter aquele matado os seus setenta irmãos. De igual modo, todo o mal dos homens de Siquém Deus fez cair sobre a cabeça deles. Assim, veio sobre eles a maldição de Jotão, filho de Jerubaal.
Juízes 9:1-57 Nova Bíblia Viva Português (NBV-P)
Certo dia, Abimeleque, filho de Jerubaal, visitou os tios — irmãos da mãe dele — em Siquém. Conversou com todo o grupo de famílias de sua mãe. “Vão falar com os chefes de Siquém”, pediu ele, “e perguntem se preferem ser governados por setenta homens — os setenta filhos de Jerubaal — ou por um só homem. É bom lembrar que também sou da mesma carne e do mesmo sangue de vocês”. Então os tios de Abimeleque procuraram os oficiais da cidade e apresentaram a proposta dele. Os cidadãos de Siquém concordaram em seguir Abimeleque, e concluíram: “Afinal, ele é nosso irmão!” Então deram a ele setenta peças de prata, retiradas do templo do deus Baal-Berite. Com esse valor, ele contratou alguns homens sem caráter e vadios, que concordaram em tornar-se seus seguidores. Abimeleque foi com eles a Ofra, à casa do seu pai, e matou sobre uma rocha todos os seus setenta irmãos, filhos de Jerubaal, menos o mais novo deles, Jotão. Este conseguiu escapar e esconder-se. Então foi feita uma assembleia com todos os cidadãos de Siquém e de Bete-Milo. Resolveram proclamar Abimeleque rei, junto do carvalho do monumento, perto de Siquém. Quando Jotão ficou sabendo disso, subiu ao topo do monte Gerizim, e dali gritou em alta voz: “Cidadãos de Siquém! Se vocês querem a bênção de Deus, escutem o que vou dizer! Certa vez as árvores resolveram eleger um rei. Primeiro disseram à oliveira: ‘Seja o nosso rei’. “Mas a oliveira respondeu: ‘Vocês acham que eu deveria deixar de produzir o óleo que agrada a Deus e aos homens, só para dominar sobre as outras árvores?’ “Então as árvores disseram à figueira: ‘Seja o nossa rei!’ “Mas a figueira respondeu: ‘Vocês acham que eu deveria deixar de produzir a minha doçura e meu bom fruto, para dominar sobre as outras árvores?’ “Então as árvores falaram com a videira: ‘Venha você reinar sobre nós!’ “Mas a videira respondeu: ‘Vocês acham que eu deveria deixar de produzir o vinho, que alegra a Deus e aos homens, só para dominar sobre as outras árvores?’ “Então todas as árvores disseram ao espinheiro: ‘Seja você o nosso rei!’ “O espinheiro respondeu às árvores: ‘Se realmente querem ungir-me rei sobre vocês, venham procurar abrigo debaixo da minha sombra! Se não, saia fogo de mim e queime os grandes cedros do Líbano!’ “Agora, pois, vejam bem se estão tomando a decisão certa, fazendo de Abimeleque rei sobre vocês, e se foram justos para com Jerubaal e sua família; vejam se o que estão fazendo é o que ele merece, lembrando os feitos dele. Pois meu pai lutou por vocês e arriscou a sua vida para livrá-los dos midianitas. Apesar disso, vocês se rebelaram contra ele, e mataram os seus setenta filhos sobre uma pedra. E agora vocês escolheram Abimeleque, filho de uma escrava de Gideão, para ser rei sobre os cidadãos de Siquém, só porque ele é irmão de vocês! Se vocês têm certeza de que agiram com sinceridade para com Jerubaal e a sua família, muito bem; sejam felizes com Abimeleque! Mas, se não foi assim, que de Abimeleque saia fogo e queime os cidadãos de Siquém e de Bete-Milo; e que saia fogo dos cidadãos de Siquém e de Bete-Milo e queime Abimeleque!” Logo depois disso, Jotão fugiu e ficou morando em Beer, porque tinha medo do seu irmão Abimeleque. Depois de três anos de reinado de Abimeleque sobre Israel, Deus enviou um espírito mau entre ele e os cidadãos de Siquém, que agiram traiçoeiramente contra o rei Abimeleque. Tudo isso aconteceu para que a violência contra os setenta filhos de Jerubaal e o sangue deles caíssem sobre Abimeleque, seu irmão, e sobre os habitantes de Siquém, porque os moradores de Siquém colaboraram com Abimeleque no assassinato dos próprios irmãos dele! Os cidadãos de Siquém mandaram alguns homens armarem emboscadas nas trilhas das colinas. Abimeleque, porém, ficou sabendo disso. Nesse meio-tempo, Gaal, filho de Ebede, mudou-se com seus irmãos para Siquém. Todos confiavam nele! Naquele ano, saíram ao campo, colheram as uvas, pisaram-nas e realizaram uma festa no templo do deus local. Enquanto comiam e bebiam, logo começaram a amaldiçoar Abimeleque. Então Gaal, filho de Ebede, levantou a voz e disse: “Quem é Abimeleque para que o sirvamos como nosso rei? Por que nós, cidadãos de Siquém, temos de servir a ele? Não é ele filho de Jerubaal, e não é Zebul o seu braço direito? Melhor seria que Hamor, o pai de Siquém, fosse o nosso rei! Abaixo Abimeleque! Ah! Se vocês me aceitassem como seu líder! Logo veriam o que eu faria a Abimeleque! Eu diria a ele: Trate de preparar bem o seu exército, e venha!” Zebul era o governador da cidade. Quando soube o que Gaal, filho de Ebede, andava dizendo, ficou furioso! Mandou astutamente mensageiros a Abimeleque, com a seguinte mensagem: “Gaal, filho de Ebede, e seus irmãos vieram a Siquém, e estão levando a cidade a se rebelar contra você. Venha, pois, com o seu exército, de noite, e fique com ele escondido no campo. De manhã, ao nascer do sol, ataque a cidade de surpresa. E quando enfrentar Gaal e o povo que estiver com ele, faça o que quiser com eles!” Assim Abimeleque e os homens que estavam com ele saíram de noite, formaram quatro grupos e prepararam uma emboscada em volta de Siquém. Na manhã seguinte, enquanto Gaal, filho de Ebede, e outros oficiais tratavam de vários assuntos, junto da porta da cidade, as tropas de Abimeleque saíram dos seus esconderijos. Quando Gaal viu que vinham, exclamou a Zebul: “Olhe para o alto daqueles montes! Vem gente de lá!” Zebul, porém, respondeu: “Não é não, você está confundindo as sombras dos montes com homens!” “Não, olhe para lá”, disse Gaal. “Tenho certeza que vem vindo gente descendo do centro da terra. Olhe! Lá vêm outros, pela estrada do carvalho dos Adivinhadores!” Zebul, porém, falou: “Onde foi parar toda a sua conversa? Não foi você que disse: ‘Quem é Abimeleque? E por que ele deveria ser o nosso rei?’ Não foi desses homens que você zombou? Pois vá e lute contra eles!” Então, Gaal chefiou os homens de Siquém e enfrentou Abimeleque. Abimeleque o perseguiu, e ele fugiu. Muitos cidadãos de Siquém caíram feridos pelo caminho, até a entrada da porta da cidade. Abimeleque continuou morando em Arumá; e Zebul expulsou Gaal e os irmãos dele, proibindo que voltassem a morar em Siquém. No dia seguinte, os homens de Siquém saíram para guerrear de novo nos campos, e Abimeleque ficou sabendo disso. Ele tinha deixado três grupos de soldados escondidos por perto, nos campos. Quando viu os homens saírem da cidade, Abimeleque os atacou. As tropas chefiadas por Abimeleque avançaram até a porta da cidade. Enquanto isso, os outros dois grupos mataram os homens de Siquém nos campos. A batalha durou o dia inteiro. Por fim, Abimeleque tomou a cidade, matou a população e fez de Siquém um aterro coberto de sal! Quando o povo da torre de Siquém ficou sabendo disso, procurou refúgio na fortaleza subterrânea que ficava junto ao templo de El-Berite. Quando Abimeleque soube disso, levou as tropas ao monte Zalmom. Ali Abimeleque pegou um machado, cortou um galho e o pôs sobre os ombros. “Façam o que eu fiz”, disse ele aos soldados. Assim, cada um deles cortou depressa um galho e seguiram Abimeleque até a fortaleza subterrânea. Ali empilharam os galhos em cima da fortaleza e a incendiaram. Assim, todos os que estavam na torre de Siquém morreram! Os que morreram foram cerca de mil homens e mulheres. Depois Abimeleque atacou e conquistou a cidade de Tebes. Contudo, havia uma torre forte no meio da cidade. Toda a população fugiu para lá, trancou as portas e subiu ao terraço da torre. Abimeleque chegou perto da torre para atacá-la. Quando ele se aproximou da porta para queimá-la, uma mulher que estava no terraço jogou uma pedra de moinho na cabeça de Abimeleque e quebrou o crânio dele. “Tire a sua espada e mate-me!”, ordenou ele ao ajudante de armas. “Que ninguém diga que uma mulher matou Abimeleque!” O jovem soldado obedeceu e atravessou-o com a espada, e ele morreu. Quando os israelitas comandados por Abimeleque viram que ele estava morto, debandaram e voltaram para casa. Deste modo Deus retribuiu todo o mal que Abimeleque tinha feito a seu pai, matando seus setenta irmãos. Deus também castigou todos os homens de Siquém. Assim foi cumprida a maldição de Jotão, filho de Jerubaal.
Juízes 9:1-57 Nova Almeida Atualizada (NAA)
Abimeleque, filho de Jerubaal, foi a Siquém, aos parentes de sua mãe, e falou com eles e com toda a geração da casa de seu avô materno, dizendo: — Peço-lhes que perguntem a todos os cidadãos de Siquém: “O que é melhor para vocês: que setenta homens, todos os filhos de Jerubaal, dominem sobre vocês ou que vocês sejam dominados por apenas um?” Lembrem-se também de que eu sou osso e carne de vocês. Então os parentes de sua mãe falaram a todos os cidadãos de Siquém todas aquelas palavras, e o coração deles se inclinou a seguir Abimeleque, porque disseram: “É nosso irmão.” E deram-lhe setenta peças de prata, da casa de Baal-Berite, com as quais Abimeleque contratou uns homens levianos e atrevidos, que o seguiram. Foi à casa de seu pai, em Ofra, e matou os seus irmãos, os filhos de Jerubaal, setenta homens, sobre uma pedra. Porém Jotão, o filho mais moço de Jerubaal, escapou, porque havia se escondido. Então se reuniram todos os cidadãos de Siquém e toda Bete-Milo, foram e proclamaram Abimeleque rei, junto ao carvalho memorial que está perto de Siquém. Quando soube disto, Jotão foi e se pôs no alto do monte Gerizim. E, em alta voz, gritou, dizendo: — Cidadãos de Siquém, escutem o que vou dizer, e Deus escutará vocês! Certa vez as árvores foram ungir para si um rei. Disseram à oliveira: “Reine sobre nós.” Porém a oliveira lhes respondeu: “Deixaria eu o meu óleo, apreciado por Deus e pelos homens, para dominar sobre as árvores?” Então as árvores disseram à figueira: “Venha você e reine sobre nós.” Porém a figueira lhes respondeu: “Deixaria eu a minha doçura, o meu bom fruto, para dominar sobre as árvores?” Então as árvores disseram à videira: “Venha você e reine sobre nós.” Porém a videira lhes respondeu: “Deixaria eu o meu vinho, que agrada a Deus e aos homens, para dominar sobre as árvores?” Então todas as árvores disseram ao espinheiro: “Venha você e reine sobre nós.” E o espinheiro respondeu às árvores: “Se é verdade que querem me ungir rei sobre vocês, venham e se refugiem debaixo de minha sombra. Mas, se não, que do espinheiro saia fogo que consuma os cedros do Líbano.” Jotão continuou: — E agora, se vocês agiram de boa fé e com sinceridade, proclamando Abimeleque como rei; se vocês fizeram o que é correto em relação a Jerubaal e à sua casa, e se o trataram segundo ele merecia pelo que fez — porque o meu pai lutou por vocês, arriscou a vida e os livrou das mãos dos midianitas; mas hoje vocês se levantaram contra a casa de meu pai e mataram os filhos dele, setenta homens, sobre uma pedra; e a Abimeleque, filho da escrava dele, vocês puseram como rei sobre os cidadãos de Siquém, porque é irmão de vocês —, se vocês agiram de boa fé e com sinceridade para com Jerubaal e a sua casa, então alegrem-se com Abimeleque, e que ele também se alegre com vocês. Mas, se este não for o caso, que saia fogo de Abimeleque e consuma os cidadãos de Siquém e Bete-Milo! E que saia fogo dos cidadãos de Siquém e de Bete-Milo, que consuma Abimeleque. Depois disso Jotão fugiu e foi para Beer, onde ficou morando, porque estava com medo de seu irmão Abimeleque. Abimeleque havia dominado sobre Israel durante três anos, quando Deus suscitou um espírito de aversão entre Abimeleque e os cidadãos de Siquém, que foram desleais com Abimeleque. Isto aconteceu para que fosse vingada a violência praticada contra os setenta filhos de Jerubaal, e para que fossem castigados tanto Abimeleque, que era irmão deles e os havia matado, como os cidadãos de Siquém, que contribuíram para que ele matasse os seus próprios irmãos. Os cidadãos de Siquém puseram sobre os altos dos montes homens de emboscada contra Abimeleque, e eles assaltavam todos os que passavam pelo caminho perto deles. E Abimeleque foi informado disso. Gaal, filho de Ebede, veio com os seus irmãos, e se estabeleceram em Siquém. E os cidadãos de Siquém confiaram nele, foram ao campo, cortaram os cachos das vinhas, pisaram as uvas, fizeram festas, foram à casa de seu deus, comeram, beberam e amaldiçoaram Abimeleque. E Gaal, filho de Ebede, disse: — Quem é Abimeleque, e quem somos nós de Siquém, para que o sirvamos? Não é ele filho de Jerubaal? E não é Zebul o seu oficial? Seria melhor servir os homens de Hamor, pai de Siquém. Mas nós, por que serviremos a ele? Quem dera estivesse este povo na minha mão! Eu expulsaria Abimeleque. Eu diria a Abimeleque: “Multiplique o seu exército e venha lutar.” Quando Zebul, governador da cidade, ouviu as palavras de Gaal, filho de Ebede, ficou furioso. E enviou, secretamente, mensageiros a Abimeleque, dizendo: — Eis que Gaal, filho de Ebede, e seus irmãos vieram a Siquém e estão alvoroçando a cidade contra você. Levante-se de noite, você e o povo que estiver com você, e ponham-se de emboscada no campo. Levante-se pela manhã, ao sair o sol, e ataque a cidade. Quando Gaal com a sua gente sair para atacar, faça com ele o que estiver ao seu alcance. Assim, Abimeleque se levantou, de noite, e todo o povo que estava com ele, e se puseram de emboscada contra Siquém, em quatro grupos. Gaal, filho de Ebede, saiu e pôs-se à entrada do portão da cidade. Com isto Abimeleque e todo o povo que estava com ele se levantaram das emboscadas. Gaal viu aquele povo e disse a Zebul: — Veja! Vem gente descendo do alto dos montes. Mas Zebul respondeu: — Você está vendo as sombras dos montes. Elas se parecem com homens. Porém Gaal tornou ainda a falar e disse: — Veja! Vem gente descendo bem na nossa frente, e uma tropa vem vindo do caminho do carvalho dos Adivinhos. Então Zebul disse a Gaal: — Onde ficaram, agora, as suas ameaças? Não foi você quem dizia: “Quem é Abimeleque, para que o sirvamos?” Não é este o povo que você desprezou? Pois saia agora e vá lutar contra ele. Gaal saiu à frente dos cidadãos de Siquém e lutou contra Abimeleque. Abimeleque perseguiu Gaal, que fugiu dele. E muitos feridos caíram até a entrada do portão da cidade. Abimeleque ficou em Arumá. E Zebul expulsou Gaal e seus irmãos, para que não ficassem morando em Siquém. No dia seguinte, o povo de Siquém saiu ao campo, e Abimeleque foi avisado disto. Então ele reuniu os seus homens, e os dividiu em três grupos, e os pôs de emboscada no campo. Quando Abimeleque viu que o povo saía da cidade, levantou-se contra eles e os atacou. Abimeleque e o grupo que estava com ele correram e tomaram posição junto à entrada da cidade, enquanto os dois outros grupos atacaram todos os que estavam no campo e os destroçaram. Abimeleque lutou contra a cidade durante todo aquele dia. Tomou a cidade e matou o povo que nela havia. Arrasou a cidade e espalhou sal sobre ela. Todos os cidadãos da Torre de Siquém souberam disso e entraram na fortaleza, no templo de El-Berite. Mas Abimeleque soube que todos os cidadãos da Torre de Siquém se haviam reunido. Então ele subiu o monte Salmom, ele e todo o seu povo. Abimeleque pegou um machado e cortou o galho de uma árvore. Ele o levantou, pôs no ombro e disse ao povo que estava com ele: — O que vocês me viram fazer, façam também vocês, depressa. Assim, cada um deles cortou um galho e seguiu Abimeleque. Puseram os galhos ao redor da fortaleza, e os incendiaram. Assim, morreram todos os que estavam na Torre de Siquém, mais ou menos mil pessoas, homens e mulheres. Então Abimeleque foi a Tebes, sitiou a cidade e a tomou. Havia, porém, no meio da cidade, uma torre forte, e todos os homens e mulheres, todos os moradores da cidade, fugiram para lá. Fecharam as portas da torre e subiram ao terraço. Abimeleque veio até a torre, lutou contra ela e se aproximou da porta para a incendiar. Mas uma mulher jogou uma pedra superior de moinho sobre a cabeça de Abimeleque e lhe quebrou o crânio. Então Abimeleque chamou depressa o moço, seu escudeiro, e lhe disse: — Tire a sua espada e me mate, para que não se diga que uma mulher me matou. O moço o atravessou com a espada, e ele morreu. Quando os homens de Israel viram que Abimeleque já estava morto, foram embora, cada um para a sua casa. Assim, Deus fez cair sobre Abimeleque o mal que ele havia feito a seu pai, ao matar os seus setenta irmãos. De igual modo, Deus fez cair sobre a cabeça dos homens de Siquém todo o mal que haviam praticado. Assim, veio sobre eles a maldição de Jotão, filho de Jerubaal.
Juízes 9:1-57 Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH)
Abimeleque, filho de Gideão, foi à cidade de Siquém, onde viviam todos os parentes da sua mãe. Ele pediu que eles perguntassem aos homens de Siquém: — O que é que vocês preferem: ser governados pelos setenta filhos de Gideão ou por um só homem? Lembrem que Abimeleque é do mesmo sangue de vocês. Então os parentes da sua mãe falaram sobre isso com os homens de Siquém, e eles resolveram seguir Abimeleque porque era parente deles. Deram a ele oitocentos gramas de prata tirados do templo de Baal-Berite. Com essa prata Abimeleque contratou alguns homens ordinários para o seguirem. Abimeleque foi para a casa do seu pai em Ofra e ali, em cima de uma só pedra, ele matou os seus setenta irmãos, os filhos de Gideão. Mas Jotão, o filho mais moço, se escondeu e por isso não foi assassinado. Então todos os homens de Siquém e de Bete-Milo se reuniram na árvore sagrada de Siquém e ali fizeram de Abimeleque o seu rei. Quando Jotão soube disso, subiu até o alto do monte Gerizim e gritou para eles: — Homens de Siquém, me escutem, e Deus escutará vocês! Aí Jotão disse: — Uma vez as árvores resolveram procurar um rei para elas. Então disseram à oliveira: “Seja o nosso rei.” E a oliveira respondeu: “Para governar vocês, eu teria de parar de dar o meu azeite, usado para honrar os deuses e os seres humanos.” — Aí as árvores pediram à figueira: “Venha ser o nosso rei.” Mas a figueira respondeu: “Para governar vocês, eu teria de parar de dar os meus figos tão doces.” — Então as árvores disseram à parreira: “Venha ser o nosso rei.” Mas a parreira respondeu: “Para governar vocês, eu teria de parar de dar o meu vinho, que alegra os deuses e os seres humanos.” — Aí todas as árvores pediram ao espinheiro: “Venha ser o nosso rei.” E o espinheiro respondeu: “Se vocês querem mesmo me fazer o seu rei, venham e fiquem debaixo da minha sombra. Se vocês não fizerem isso, sairá fogo do espinheiro e queimará os cedros do Líbano.” E Jotão continuou: — Será que vocês foram sinceros e honestos quando fizeram de Abimeleque um rei? E será que vocês trataram Gideão e a sua família com decência e de acordo com o que ele merecia? Lembrem que o meu pai lutou por vocês. Ele arriscou a vida para salvá-los dos midianitas. Mas hoje vocês estão contra a família do meu pai. Vocês mataram os seus setenta filhos em cima de uma só pedra! E depois fizeram do seu filho Abimeleque, que é filho de uma escrava, o rei de Siquém. Fizeram isso somente porque ele é parente de vocês. Agora, se o que vocês fizeram hoje com Gideão e a sua família foi sincero e honesto, então sejam felizes com Abimeleque, e que ele seja feliz com vocês! Mas, se não, que de Abimeleque saia fogo e queime os homens de Siquém e de Bete-Milo! E que saia fogo dos homens de Siquém e de Bete-Milo e queime Abimeleque! Aí Jotão fugiu e foi viver em Beer porque estava com medo do seu irmão Abimeleque. Abimeleque governou o povo de Israel durante três anos. Então Deus fez com que Abimeleque e os homens de Siquém se odiassem. E eles se revoltaram contra Abimeleque. Isso aconteceu para que Abimeleque e os homens de Siquém, que o haviam ajudado a matar os setenta filhos de Gideão, pagassem pelo seu crime. Os moradores de Siquém puseram homens escondidos no alto das montanhas para matar Abimeleque. Eles assaltavam todos os que passavam por aquele caminho. E Abimeleque soube disso. Gaal, filho de Ebede, foi com os seus irmãos para Siquém, e os homens dali confiaram nele. Eles foram até as suas plantações, apanharam uvas e prepararam vinho. Então fizeram uma festa. Depois entraram no templo do seu deus, comeram, beberam e amaldiçoaram Abimeleque. Aí Gaal disse: — Por que estamos sendo dominados por Abimeleque? Que tipo de homens somos nós, os homens de Siquém? E quem é ele? É o filho de Gideão. No entanto, Zebul recebe ordens dele. Por que devemos ser dominados por ele? Sejam fiéis ao seu antepassado Hamor, pai de Siquém. Ah! Se eu fosse o líder deste povo! Expulsaria Abimeleque e diria: “Já que o seu exército é tão grande, então saia e lute!” Zebul, o governador da cidade, ficou com muita raiva quando soube o que Gaal tinha dito. E mandou mensageiros a Abimeleque, que estava em Arumá, para dizerem a ele: — Gaal, filho de Ebede, e os seus irmãos vieram a Siquém e estão atiçando o povo da cidade contra você. Por isso faça o seguinte: durante a noite você e os seus homens saiam e se escondam nos campos. Amanhã levantem-se ao nascer do sol e ataquem de surpresa a cidade. E, quando Gaal e os seus homens saírem para lutar, ataquem com tudo o que vocês tiverem! Então Abimeleque e todos os seus homens saíram durante a noite e se esconderam fora de Siquém, divididos em quatro grupos. Gaal se levantou e foi para o portão da cidade. Aí Abimeleque e os seus homens saíram de onde estavam escondidos. Quando Gaal os viu, disse a Zebul: — Veja! Vem gente descendo do alto das montanhas! Mas Zebul respondeu: — Não são homens. São as sombras das montanhas. Porém Gaal disse: — Veja! Vem gente descendo bem na nossa frente, e um grupo vem vindo da árvore sagrada. Então Zebul disse: — Onde foi parar toda a sua conversa? Não foi você quem perguntou por que devíamos servir Abimeleque? Pois são estes os homens de quem você estava caçoando. Saia agora e lute contra eles. Aí Gaal saiu na frente dos homens de Siquém e lutou contra Abimeleque. Abimeleque o atacou, e Gaal fugiu. Muitos homens caíram feridos, até perto do portão da cidade. Então Abimeleque voltou para Arumá, e Zebul foi até Siquém e expulsou de lá Gaal e os seus irmãos. No dia seguinte o povo de Siquém saiu para os campos. E Abimeleque ficou sabendo disso. Então ele dividiu os seus homens em três grupos e os deixou escondidos no campo, esperando. Quando Abimeleque viu o povo saindo da cidade, saiu de onde estava escondido e os matou. Abimeleque e o seu grupo atacaram de surpresa e tomaram conta do portão da cidade. Os outros dois grupos atacaram o povo que estava nos campos e mataram todos. Abimeleque combateu os homens da cidade o dia todo. Tomou a cidade e matou os seus moradores. Então destruiu a cidade e espalhou sal no chão. Quando os chefes de Torre de Siquém souberam disso, foram todos para a fortaleza do templo de Baal-Berite para ficar em segurança. Mas Abimeleque soube que eles estavam reunidos lá. Aí subiu o monte Salmom com os seus homens. Pegou um machado, cortou um galho de árvore e o pôs no ombro. Disse aos homens para fazerem depressa a mesma coisa. E cada um deles cortou um galho de árvore. Depois eles seguiram Abimeleque e fizeram uma pilha de galhos encostados na fortaleza. Em seguida puseram fogo nos galhos e queimaram a fortaleza com toda a gente dentro. Assim morreram todos os moradores de Torre de Siquém, mais ou menos mil homens e mulheres. Depois Abimeleque foi a Tebes, cercou a cidade e a conquistou. Em Tebes havia uma forte torre. Todos os homens e mulheres e os líderes da cidade correram e entraram nela. Fecharam as portas e foram para o terraço. Abimeleque avançou, atacou a torre e chegou até a porta, para pôr fogo nela. Mas uma mulher jogou uma pedra de moinho na cabeça dele e quebrou o seu crânio. Aí ele chamou depressa o moço que carregava as suas armas e disse: — Tire a sua espada e me mate. Não quero que digam que fui morto por uma mulher. Então o rapaz tirou a espada e o matou. Quando os israelitas viram que Abimeleque estava morto, voltaram todos para casa. E assim Deus castigou Abimeleque pelo crime que havia cometido contra o seu pai — o crime de matar os seus setenta irmãos. E, como castigo pela maldade dos homens de Siquém, Deus fez com que eles sofressem. E assim aconteceu o que Jotão, filho de Gideão, tinha dito que ia acontecer quando os amaldiçoou.
Juízes 9:1-57 Almeida Revista e Corrigida (ARC)
E Abimeleque, filho de Jerubaal, foi-se a Siquém, aos irmãos de sua mãe, e falou-lhes e a toda a geração da casa do pai de sua mãe, dizendo: Falai, peço-vos, aos ouvidos de todos os cidadãos de Siquém: Qual é melhor para vós: que setenta homens, todos os filhos de Jerubaal, dominem sobre vós ou que um homem sobre vós domine? Lembrai-vos também de que sou osso vosso e carne vossa. Então, os irmãos de sua mãe falaram acerca dele perante os ouvidos de todos os cidadãos de Siquém todas aquelas palavras; e o coração deles se inclinou para Abimeleque, porque disseram: É nosso irmão. E deram-lhe setenta peças de prata, da casa de Baal-Berite; e com elas alugou Abimeleque uns homens ociosos e levianos, que o seguiram. E veio à casa de seu pai, a Ofra, e matou os seus irmãos, os filhos de Jerubaal, setenta homens, sobre uma pedra. Porém Jotão, filho menor de Jerubaal, ficou, porque se tinha escondido. Então, se ajuntaram todos os cidadãos de Siquém e toda Bete-Milo; e foram e levantaram a Abimeleque como rei, junto ao carvalho alto que está perto de Siquém. E, dizendo-o a Jotão, foi este, e pôs-se no cume do monte de Gerizim, e levantou a sua voz, e clamou, e disse-lhes: Ouvi-me a mim, cidadãos de Siquém, e Deus vos ouvirá a vós. Foram uma vez as árvores a ungir para si um rei e disseram à oliveira: Reina tu sobre nós. Porém a oliveira lhes disse: Deixaria eu a minha gordura, que Deus e os homens em mim prezam, e iria a labutar sobre as árvores? Então, disseram as árvores à figueira: Vem tu e reina sobre nós. Porém a figueira lhes disse: Deixaria eu a minha doçura, o meu bom fruto e iria labutar sobre as árvores? Então, disseram as árvores à videira: Vem tu e reina sobre nós. Porém a videira lhes disse: Deixaria eu o meu mosto, que alegra a Deus e aos homens, e iria labutar sobre as árvores? Então, todas as árvores disseram ao espinheiro: Vem tu e reina sobre nós. E disse o espinheiro às árvores: Se, na verdade, me ungis rei sobre vós, vinde e confiai-vos debaixo da minha sombra; mas, se não, saia fogo do espinheiro que consuma os cedros do Líbano. Agora, pois, se é que em verdade e sinceridade procedestes, fazendo rei a Abimeleque, e se bem fizestes para com Jerubaal e para com a sua casa e se com ele usastes conforme o merecimento das suas mãos (porque meu pai pelejou por vós, e desprezou a sua vida, e vos livrou da mão dos midianitas; porém vós hoje vos levantastes contra a casa de meu pai, e matastes a seus filhos, setenta homens, sobre uma pedra, e a Abimeleque, filho da sua serva, fizestes reinar sobre os cidadãos de Siquém, porque é vosso irmão); se em verdade e sinceridade usastes com Jerubaal e com a sua casa hoje, alegrai-vos com Abimeleque, e também ele se alegre convosco. Mas, se não, saia fogo de Abimeleque e consuma os cidadãos de Siquém e Bete-Milo; e saia fogo dos cidadãos de Siquém e de Bete-Milo, que consuma a Abimeleque. Então, partiu Jotão, e fugiu, e foi-se a Beer; e ali habitou por medo de Abimeleque, seu irmão. Havendo, pois, Abimeleque dominado três anos sobre Israel, enviou Deus um mau espírito entre Abimeleque e os cidadãos de Siquém; e os cidadãos de Siquém se houveram aleivosamente contra Abimeleque; para que a violência feita aos setenta filhos de Jerubaal viesse, e o seu sangue caísse sobre Abimeleque, seu irmão, que os matara, e sobre os cidadãos de Siquém, que lhe corroboraram as mãos, para matar os seus irmãos. E os cidadãos de Siquém puseram contra ele quem lhe armasse emboscadas sobre os cumes dos montes; e a todo aquele que passava pelo caminho junto a eles o assaltavam; e contou-se a Abimeleque. Veio também Gaal, filho de Ebede, com seus irmãos, e passaram para dentro de Siquém; e os cidadãos de Siquém se fiaram nele. E saíram ao campo, e vindimaram as suas vinhas, e pisaram as uvas, e fizeram canções de louvor; e foram à casa de seu Deus, e comeram, e beberam, e amaldiçoaram a Abimeleque. E disse Gaal, filho de Ebede: Quem é Abimeleque, e quem é Siquém, para que o servíssemos? Não é, porventura, filho de Jerubaal? E não é Zebul o seu mordomo? servi, antes, aos homens de Hamor, pai de Siquém; pois por que razão nós o serviríamos a ele? Ah! Se este povo estivera na minha mão, eu expeliria a Abimeleque. E a Abimeleque se disse: Multiplica o teu exército e sai. E, ouvindo Zebul, o maioral da cidade, as palavras de Gaal, filho de Ebede, se acendeu a sua ira. E enviou astutamente mensageiros a Abimeleque, dizendo: Eis que Gaal, filho de Ebede, e seus irmãos vieram a Siquém, e eis que eles fortificam esta cidade contra ti. Levanta-te, pois, de noite, tu e o povo que tiveres contigo, e põe emboscadas no campo. E levanta-te pela manhã, ao sair o sol, e dá de golpe sobre a cidade; e eis que, saindo ele e o povo que tiver com ele contra ti, faze-lhe como alcançar a tua mão. Levantou-se, pois, Abimeleque e todo o povo que com ele havia, de noite, e puseram emboscadas contra Siquém, em quatro bandos. E Gaal, filho de Ebede, saiu e pôs-se à entrada da porta da cidade; e Abimeleque e todo o povo que com ele havia se levantaram das emboscadas. E, vendo Gaal aquele povo, disse a Zebul: Eis que desce gente dos cumes dos montes. Zebul, ao contrário, lhe disse: As sombras dos montes vês por homens. Porém Gaal ainda tornou a falar e disse: Eis ali desce gente do meio da terra, e uma tropa vem do caminho do carvalho de Meonenim. Então, lhe disse Zebul: Onde está agora a tua boca, com a qual dizias: Quem é Abimeleque, para que o servíssemos? Não é este, porventura, o povo que desprezaste? Sai, pois, peço-te, e peleja contra ele. E saiu Gaal à vista dos cidadãos de Siquém e pelejou contra Abimeleque. E Abimeleque o perseguiu, porquanto fugiu de diante dele; e muitos feridos caíram até à entrada da porta da cidade. E Abimeleque ficou em Arumá. E Zebul expeliu a Gaal e a seus irmãos, para que não pudessem habitar em Siquém. E sucedeu, no dia seguinte, que o povo saiu ao campo, e o disseram a Abimeleque. Então, tomou o povo, e o repartiu em três bandos, e pôs emboscadas no campo; e olhou, e eis que o povo saía da cidade, e levantou-se contra eles e os feriu. Porque Abimeleque e as tropas que com ele havia deram neles de improviso e pararam à entrada da porta da cidade; e as outras tropas deram de improviso sobre todos quantos estavam no campo e os feriram. E Abimeleque pelejou contra a cidade todo aquele dia e tomou a cidade; e matou o povo que nela havia, e assolou a cidade, e a semeou de sal. O que, ouvindo todos os cidadãos da torre de Siquém, entraram na fortaleza, em casa do deus Berite. E contou-se a Abimeleque que todos os cidadãos da torre de Siquém se haviam congregado. Subiu, pois, Abimeleque ao monte de Salmom, ele e todo o povo que com ele havia; e Abimeleque tomou na sua mão machados, e cortou um ramo das árvores, e o levantou, e pô-lo ao seu ombro, e disse ao povo que com ele havia: O que me vistes fazer, apressai-vos a fazê-lo assim como eu. Assim, pois, também todo o povo, cada um cortou o seu ramo, e seguiram a Abimeleque, e os puseram junto da fortaleza, e queimaram a fogo a fortaleza com eles; de maneira que todos os da torre de Siquém morreram, uns mil homens e mulheres. Então, Abimeleque foi-se a Tebes, e a sitiou, e a tomou. Havia, porém, no meio da cidade uma torre forte; e todos os homens e mulheres e todos os cidadãos da cidade se acolheram a ela, e fecharam após si as portas, e subiram ao telhado da torre. E Abimeleque veio até à torre, e a combateu, e chegou-se até à porta da torre, para a queimar. Porém uma mulher lançou um pedaço de uma mó sobre a cabeça de Abimeleque e quebrou-lhe o crânio. Então, chamou logo ao moço que levava as suas armas e disse-lhe: Desembainha a tua espada e mata-me; para que se não diga de mim: Uma mulher o matou. E seu moço o atravessou, e ele morreu. Vendo, pois, os homens de Israel que já Abimeleque era morto, foram-se, cada um para o seu lugar. Assim, Deus fez tornar sobre Abimeleque o mal que tinha feito a seu pai, matando os seus setenta irmãos. Como também todo o mal dos homens de Siquém fez tornar sobre a cabeça deles; e a maldição de Jotão, filho de Jerubaal, veio sobre eles.