Jesus prosseguiu dizendo: “O Reino de Deus se parece com um lavrador que lançou a semente na terra. Enquanto os dias e as noites se passavam, as sementes germinaram e cresceram sem ele saber como isso acontecia, pois a própria terra produz o fruto: primeiro, o talo, depois as espigas de trigo, e finalmente os grãos que enchem a espiga. Quando as espigas ficam maduras, o lavrador começa a cortá-las com a foice, pois chegou o tempo da colheita”.
Jesus perguntou: “Com o que posso comparar o Reino de Deus? Que parábola usarei para descrevê-lo? É como uma semente de mostarda! Embora esta seja uma das menores sementes que se plantam na terra, ainda assim cresce até tornar-se uma das maiores plantas, com ramos grandes, onde as aves podem fazer seus ninhos e abrigar-se”.
Ele usava muitas parábolas semelhantes para ensinar o povo, conforme eles estavam em condições de entender. Aliás, a multidão ele só ensinava por meio de parábolas, mas depois, quando estava sozinho com os seus discípulos, explicava-lhes o que queria dizer.
Quando caiu a tarde, Jesus disse aos seus discípulos: “Vamos atravessar para o outro lado do mar”. Então eles foram, deixando a multidão, embora outros barcos fossem atrás deles. Logo levantou-se uma terrível tempestade. Ondas enormes começaram a rebentar sobre o barco, de forma que ele estava ficando cheio de água, prestes a afundar. Jesus estava dormindo na popa do barco com a cabeça numa almofada. Os discípulos o acordaram, bradando: “Mestre, nós estamos quase nos afogando, e o Senhor nem se importa?”
Então ele se levantou, repreendeu o vento e disse ao mar: “Cale-se! Aquiete-se”! O vento se aquietou, e tudo ficou calmo!
Ele perguntou-lhes: “Por que vocês estão com tanto medo? Vocês ainda não têm fé?”
Eles ficaram cheios de espanto e diziam uns para os outros: “Quem é este, que até os ventos e as ondas lhe obedecem?”