“Onde está Sara, sua mulher?”, perguntaram eles.
“Ela está ali na tenda”, respondeu Abraão.
Um deles disse: “Daqui a um ano voltarei a visitar vocês, e Sara, sua mulher, terá um filho”.
Sara estava na entrada da tenda, atrás dele, e escutou o que disse. Abraão e Sara eram muito velhos, de idade bem avançada, e as condições físicas de Sara já não permitiam que ela tivesse filhos. Por isso, Sara riu por dentro, pensando: “Depois de velha e o meu senhor também velho, ainda terei esse prazer?”
Mas o SENHOR disse a Abraão: “Por que Sara riu e disse consigo mesma: ‘Será que é verdade que poderei dar à luz, sendo velha?’ Por acaso existe alguma coisa difícil demais para o SENHOR?” E disse mais: “No ano que vem voltarei a você, e Sara terá um filho”.
Ao ouvir isso, Sara ficou com medo. Ela mentiu, dizendo: “Eu não estava rindo”.
Mas o SENHOR disse a ela: “Não diga isso. Você bem sabe que riu”.
Em seguida levantaram-se e tomaram a direção de Sodoma. Abraão foi com eles até certa distância. “Será que vou esconder o meu plano de Abraão?”, perguntou o SENHOR. “Abraão será o pai de uma grande nação. Além disso, ele vai ser instrumento de bênção para todas as nações da terra! Pois eu o escolhi para que ordene a seus filhos e descendentes que o sigam, a fim de guardar o caminho do SENHOR, fazendo o que é justo e bom, para que eu faça por Abraão tudo o que lhe prometi”.
Disse mais o SENHOR: “Chegaram até mim as acusações contra Sodoma e Gomorra. A queixa contra o pecado daquelas cidades é tão grave, que descerei até lá para ver se as acusações são de fato verdadeiras ou não”.
Dois daqueles homens foram para Sodoma, mas o SENHOR ficou mais um pouco com Abraão. Abraão aproximou-se dele, e disse: “O SENHOR seria capaz de matar os bons juntamente com os maus? Se houver na cidade, digamos, cinquenta pessoas justas, o SENHOR destruiria a cidade? Não pouparia o povo por amor daqueles cinquenta cidadãos bons? Não seria justo! Certamente o SENHOR não fará uma coisa dessas: matar os que o amam junto com os que o desprezam. Fazendo assim, estaria igualando os justos com os injustos, os bons com os maus! Claro que não faria isto! Não é justo o Juiz de toda a terra?”
O SENHOR respondeu: “Se eu achar cinquenta justos em Sodoma, não destruirei a cidade, por amor a eles”.
Abraão voltou a falar: “Sei que sou pó e cinza. Mas comecei a falar ao SENHOR e devo continuar. E na hipótese de faltarem cinco para completarem os cinquenta justos? Por causa desses cinco que faltaram, o SENHOR destruiria a cidade?”
Deus disse: “Não destruirei a cidade, se achar nela quarenta e cinco justos”.
Abraão falou de novo: “E se achar ali quarenta justos?”
O SENHOR respondeu: “A cidade não será destruída, por causa dos quarenta”.
Abraão insistiu: “Peço que tenha paciência, SENHOR. Se forem trinta os justos?”
O SENHOR respondeu: “Se encontrar trinta, não a destruirei”.
Abraão prosseguiu: “Sei que estou sendo ousado, mas, por favor: E se apenas vinte justos forem encontrados ali?”
O SENHOR respondeu: “Não destruirei a cidade, por amor aos vinte”.
Disse, por fim, Abraão: “Não fique irado, SENHOR, se lhe falar só mais uma vez. E se forem encontrados apenas dez justos?” O SENHOR respondeu: “Não destruirei a cidade por amor aos dez”.
Quando acabou de falar com Abraão, o SENHOR se retirou. E Abraão foi para casa.