O rei Belsazar organizou uma grande festa e convidou mil homens importantes do seu reino. Nessa festa, o vinho correu livremente. Durante a festa, enquanto todos bebiam, Belsazar se lembrou dos vasos de ouro e prata que haviam sido levados para a Babilônia muitos anos antes, por Nabucodonosor, quando ele destruiu o templo em Jerusalém. Belsazar ordenou que as taças e vasos fossem trazidos para a festa, para que ele, os príncipes e suas mulheres bebessem dessas taças. Então trouxeram as taças de ouro que tinham sido tomadas do templo de Deus em Jerusalém, e o rei, os príncipes e as suas mulheres beberam das taças. Enquanto bebiam o vinho, usando as taças sagradas, faziam votos e louvores aos seus deuses, feitos de ouro e prata, bronze e ferro, madeira e pedra.
De repente, enquanto eles bebiam nas taças sagradas, todos viram dedos de uma mão de homem escrevendo algo na parede do palácio que ficava em frente às lâmpadas! E o rei viu claramente os dedos escrevendo! O seu rosto ficou pálido e assustado. Ele ficou tão apavorado que seus joelhos batiam um contra o outro e suas pernas vacilaram!
“Tragam os encantadores e astrólogos!”, ele gritou. “Tragam os adivinhos! Qualquer pessoa que conseguir ler o que está escrito na parede e me disser o significado daquelas palavras será vestida com a roupa real, feita de púrpura. No seu pescoço será colocada uma corrente de ouro, e ela se tornará a terceira autoridade do reino!”
Mas, quando os sábios chegaram, nenhum deles conseguiu entender a mensagem, ou dizer ao rei o seu significado. O rei estava ficando cada vez mais desesperado. O medo que ele sentia era tão grande que o seu rosto ficou aterrorizado! E toda aquela gente importante também ficou apavorada!
Quando a rainha-mãe soube o que estava acontecendo, correu até a sala do banquete e disse a Belsazar: “Que o rei viva para sempre! Acalme-se! Não fique tão desesperado por causa disso. Há um homem no seu reino que tem em si o espírito dos deuses santos. Na época de seu pai, esse homem era cheio de inteligência e sabedoria. Ele parecia ser um deus! No reinado de Nabucodonosor, seu predecessor, ele foi nomeado chefe dos magos, encantadores, astrólogos e adivinhos de toda a Babilônia. Pois Daniel, esse homem a quem o rei deu o nome de Beltessazar, era cheio da sabedoria e da inteligência divina. Ele tem a capacidade de interpretar sonhos ou resolver enigmas e mistérios muito difíceis e solucionar qualquer caso. Mande chamar Daniel. Ele poderá dizer ao rei o que significam as palavras escritas na parede”.
Assim, Daniel foi levado às pressas à presença do rei, que lhe perguntou: “Você é aquele Daniel que o rei Nabucodonosor trouxe como exilado de Judá? Ouvi dizer que você tem o espírito dos deuses santos, que é um homem iluminado e cheio de inteligência e sabedoria. Os meus sábios e encantadores tentaram ler as palavras escritas na parede e explicar o que elas significam, mas não conseguiram. Eu ouvi dizer que você é capaz de resolver qualquer tipo de mistério. Se você me disser o que significam aquelas palavras, eu o vestirei de roupas reais, colocarei no seu pescoço uma corrente de ouro, e você passará a ser a terceira autoridade deste reino”.
Então Daniel respondeu ao rei: “Majestade, guarde os seus presentes, ou então ofereça tudo isso a outra pessoa. Eu lerei a inscrição para o rei e lhe direi o significado das palavras.