A fome se agravou na terra de Canaã. Quando os cereais que eles haviam trazido do Egito estavam para acabar, Jacó disse a seus filhos: “Voltem e comprem um pouco mais de mantimento para nós”.
Judá, porém, respondeu: “O homem estava falando sério quando nos advertiu: ‘Vocês não me verão novamente se não trouxerem seu irmão’. Se o senhor enviar Benjamim conosco, desceremos e compraremos mais mantimento, mas, se não deixar Benjamim ir, nós também não iremos. Lembre-se de que o homem disse: ‘Vocês não me verão novamente se não trouxerem seu irmão’”.
“Por que vocês foram tão cruéis comigo?”, lamentou-se Jacó. “Por que disseram ao homem que tinham outro irmão?”
“Ele fez uma porção de perguntas sobre nossa família”, responderam. “Quis saber: ‘Seu pai ainda está vivo? Vocês têm outro irmão?’. Nós apenas respondemos às perguntas dele. Como poderíamos imaginar que ele diria: ‘Tragam seu irmão’?”
Judá disse a seu pai: “Deixe o rapaz ir comigo e partiremos. Do contrário, todos nós morreremos de fome, e não apenas nós, mas também nossos pequeninos. Garanto pessoalmente a segurança dele. O senhor pode me responsabilizar se eu não o trouxer de volta. Carregarei a culpa para sempre. Se não tivéssemos perdido todo esse tempo, poderíamos ter ido e voltado duas vezes”.
Por fim, Jacó, seu pai, lhes disse: “Se não há outro jeito, pelo menos façam o seguinte. Coloquem na bagagem os melhores produtos desta terra: bálsamo, mel, especiarias e mirra, pistache e amêndoas, e levem de presente para o homem. Levem também o dobro do dinheiro que foi devolvido, pois alguém deve tê-lo colocado nos sacos por engano. Depois, peguem seu irmão e voltem àquele homem. Que o Deus Todo-poderoso lhes conceda misericórdia quando estiverem diante daquele homem, para que ele liberte Simeão e deixe Benjamim voltar. Mas, se devo perder meus filhos, que assim seja”.