“Como vocês podem dizer:
‘Somos sábios,
e a lei do SENHOR está conosco’?
Na verdade,
a falsa pena dos escribas
a transformou em mentira.
Os sábios serão envergonhados,
aterrorizados e presos.
Eis que rejeitaram
a palavra do SENHOR.
Que sabedoria é essa
que eles têm?
Portanto, darei as mulheres deles
a outros homens,
e os seus campos,
a novos possuidores.
Porque, desde o menor deles
até o maior,
cada um está entregue à ganância,
e tanto o profeta como o sacerdote
usam de falsidade.
Curam superficialmente
a ferida da filha do meu povo,
dizendo: ‘Paz, paz’;
quando não há paz.
Será que eles ficaram
envergonhados
por cometerem abominação?
Não, eles não ficaram
com vergonha.
Eles nem sabem
o que é envergonhar-se.
Portanto, cairão com os que caem;
quando eu os castigar, tropeçarão”,
diz o SENHOR.
“Eu os consumirei de todo”,
diz o SENHOR.
“Não haverá uvas na videira,
nem figos na figueira,
e as folhas já estão murchas.
E já designei os que passarão
sobre eles.”
Por que nós estamos
sentados aqui?
Reúnam-se! Entremos
nas cidades fortificadas
e pereçamos ali.
Pois o SENHOR, nosso Deus,
já decretou a nossa morte
e nos deu de beber
água envenenada,
porque pecamos contra o SENHOR.
Espera-se a paz,
e não há nada de bom;
espera-se o tempo da cura,
e eis o terror.
“Desde Dã se ouve o resfolegar
dos cavalos do inimigo;
toda a terra treme
ao som dos relinchos
dos seus garanhões.
Os inimigos vêm e devoram
a terra e a sua abundância,
a cidade e os que habitam nela.
Porque eis que envio
cobras venenosas
para o meio de vocês,
serpentes contra as quais
não há encantamento,
e que picarão vocês”,
diz o SENHOR.
Ah! Se eu pudesse consolar-me
na minha tristeza!
O meu coração desfalece
dentro de mim.
Eis a voz do clamor
da filha do meu povo
de terra mui remota:
“Será que o SENHOR
não está em Sião?
Não está nela o seu Rei?”
“Por que vocês me provocaram
à ira
com as suas imagens de escultura,
com os ídolos dos estrangeiros?”
“Passou a colheita,
acabou o verão,
e nós não estamos salvos.”
Tenho o coração partido
por causa da ferida
da filha do meu povo.
Estou de luto;
o espanto se apoderou de mim.
Será que não há bálsamo
em Gileade?
Ou não há lá médico?
Por que, então, não se realizou
a cura da filha do meu povo?