Ai de Samaria, a orgulhosa coroa
dos bêbados de Efraim,
a flor murcha da gloriosa formosura
que se encontra nos altos
do fertilíssimo vale
dos que são vencidos pelo vinho!
Eis que o Senhor vai enviar
um homem valente e poderoso;
este, com poder jogará
tudo no chão,
como chuva de pedras,
como tormenta destruidora
e como tempestade
de águas impetuosas
que transbordam.
A orgulhosa coroa
dos bêbados de Efraim
será pisada com os pés.
A flor murcha
da gloriosa formosura
que se encontra nos altos
do fertilíssimo vale
será como o figo prematuro,
que amadurece antes do verão:
quando alguém põe os olhos nele,
mal o apanha, já o devora.
Naquele dia,
o SENHOR dos Exércitos
será a coroa de glória
e o formoso diadema
para o restante de seu povo.
Ele será o espírito de justiça
para aqueles que se assentam
para julgar
e a força para os que rechaçam
o ataque inimigo
junto ao portão da cidade.
Mas há outros que cambaleiam
por causa do vinho
e não podem ficar em pé
por causa da bebida forte:
os sacerdotes e os profetas.
Cambaleiam
por causa da bebida forte,
são vencidos pelo vinho,
não podem ficar em pé
por causa da bebida forte;
estão confusos quando recebem
uma visão,
tropeçam quando proferem
sentenças.
Porque todas as mesas estão
cheias de vômito,
e não há lugar sem sujeira.
Eles dizem:
“A quem ele quer ensinar
o conhecimento?
E a quem ele quer explicar
a mensagem?
A crianças desmamadas
e aos que acabaram de ser afastados
do seio materno?
Porque nos fala como a crianças,
repetindo palavras e frases.
Uma palavra, depois mais outra,
um pouco aqui, um pouco ali.”
Pois bem, por meio
de lábios zombeteiros
e de uma língua estranha
o SENHOR falará a este povo,
ao qual ele disse:
“Este é o descanso;
deem descanso ao cansado.
E este é o refrigério.”
Mas eles não quiseram ouvir.
Assim, a palavra do SENHOR
lhes será
como a fala de crianças:
palavras e frases repetidas,
uma palavra, depois mais outra,
um pouco aqui, um pouco ali.
Isso para que andem, caiam para trás,
sejam despedaçados,
enlaçados e presos.
Portanto, escutem
a palavra do SENHOR,
homens zombadores,
vocês que governam este povo
que está em Jerusalém.
Porque vocês dizem:
“Fizemos aliança com a morte
e acordo com a sepultura.
Quando passar
a catástrofe arrasadora,
não nos atingirá,
porque o nosso refúgio é a mentira
e o nosso esconderijo é a falsidade.”