“Acusem a mãe de vocês,
acusem-na,
porque ela não é minha mulher,
e eu não sou seu marido.
Que ela afaste as suas prostituições
de sua presença
e os seus adultérios
de entre os seus seios.
Do contrário, eu a deixarei
sem roupa
e nua como no dia
em que nasceu.
Eu a tornarei semelhante
a um deserto, a uma terra seca,
e deixarei que morra de sede.
E não terei compaixão
de seus filhos,
porque são filhos
de uma prostituta.
Pois a mãe deles se prostituiu;
aquela que os concebeu
agiu de forma vergonhosa.
Porque disse:
‘Irei atrás dos meus amantes,
que me dão o meu pão
e a minha água,
a minha lã e o meu linho,
o meu azeite
e as minhas bebidas.’”
“Portanto, eis que cercarei
o seu caminho com espinhos
e levantarei um muro contra ela,
para que ela não ache
as suas veredas.
Ela correrá atrás dos seus amantes,
mas não os alcançará;
irá procurá-los,
mas não os encontrará.
Então dirá: ‘Vou voltar
para o meu primeiro marido,
porque a minha vida era melhor
naquele tempo do que agora.’
Ela não reconheceu
que fui eu que lhe dei o trigo,
o vinho e o azeite;
fui eu que lhe multipliquei
a prata e o ouro,
que eles usaram para Baal.
Portanto, farei com que,
no devido tempo,
ela devolva o meu trigo
e o meu vinho.
Tirarei dela a minha lã
e o meu linho,
que deviam cobrir a sua nudez.
Agora descobrirei
as suas vergonhas
aos olhos dos seus amantes,
e ninguém a livrará da minha mão.
Farei cessar toda a sua alegria,
as suas festas,
as Festas de Lua Nova,
os seus sábados
e todas as suas solenidades.
Devastarei as suas videiras
e as suas figueiras,
das quais ela diz:
‘Este é o pagamento que recebi
dos meus amantes.’
Farei com que virem mato,
e os animais selvagens
as devorarão.
Eu a castigarei pelos dias
dos baalins,
nos quais lhes queimou incenso,
e se enfeitou
com os seus pendentes
e com as suas joias,
e andou atrás de seus amantes,
mas de mim se esqueceu”,
diz o SENHOR.
“Portanto, eis que eu a atrairei,
e a levarei para o deserto,
e lhe falarei ao coração.
E ali eu lhe devolverei
as suas vinhas
e farei do vale de Acor
uma porta de esperança.
Ali ela me responderá
como nos dias da sua mocidade
e como no dia em que saiu
da terra do Egito.
Naquele dia”,
diz o SENHOR,
“ela me chamará de ‘Meu Marido’,
e não me chamará mais de
‘Meu Baal’.
Removerei da sua boca
os nomes dos baalins,
e ela não mais se lembrará
desses nomes.
Naquele dia, farei a favor dela
uma aliança
com os animais selvagens,
com as aves do céu
e com os animais que rastejam
sobre a terra.
Tirarei da terra o arco,
a espada e a guerra
e farei com que o meu povo
repouse em segurança.
Farei de você a minha esposa
para sempre.
Farei de você a minha esposa
em justiça,
em juízo, em bondade
e em misericórdia.
Farei de você a minha esposa
em fidelidade,
e você conhecerá o SENHOR.”
“Naquele dia, eu responderei”,
diz o SENHOR,
“responderei aos céus,
e estes responderão à terra;
a terra responderá ao trigo,
ao vinho e ao azeite;
e estes responderão a Jezreel.
Semearei Israel
para mim mesmo na terra
e terei compaixão de Lo-Ruamá.
E para Lo-Ami direi:
‘Você é o meu povo!’
Ele responderá:
‘Tu és o meu Deus!’”