Quando a ordem e o decreto do rei foram proclamados, muitas moças foram trazidas à cidadela de Susã e entregues aos cuidados de Hegai. Ester também foi trazida ao palácio do rei e confiada a Hegai, encarregado do harém. A moça lhe agradou, e ele a favoreceu, apressando‑se em providenciar tratamento de beleza e comida especial para ela. Designou‑lhe sete moças escolhidas do palácio do rei e transferiu‑a, com suas jovens, para o melhor lugar do harém.
Ester não tinha revelado a que povo pertencia nem a origem da sua família, pois Mardoqueu a havia proibido de fazê‑lo. Diariamente, ele caminhava de um lado para outro perto do pátio do harém para saber como estava Ester e como a tratavam.
Antes de qualquer daquelas moças apresentar‑se ao rei Xerxes, devia completar doze meses de tratamento de beleza prescritos para as mulheres: seis meses com óleo de mirra e seis meses com perfumes e cosméticos. Quando ia apresentar‑se ao rei, a moça recebia tudo o que quisesse levar consigo do harém para o palácio do rei. À tarde, ia para lá e, de manhã, voltava para o segundo harém, que ficava sob os cuidados de Saasgaz, oficial responsável pelas concubinas. Ela não voltava ao rei, a menos que ele se agradasse dela e fosse convocada pelo nome.
Quando chegou a vez de Ester, filha de Abiail, tio de Mardoqueu, que a tinha adotado como filha, ela não pediu nada além daquilo que Hegai, oficial responsável pelo harém, sugeriu. Ester era favorecida por todos os que a viam. Ela foi levada ao rei Xerxes, à residência real, no décimo mês, o mês de tebete, no sétimo ano do seu reinado.
O rei gostou mais de Ester do que de qualquer outra mulher; ela foi favorecida por ele e ganhou a sua aprovação mais do que qualquer das outras virgens. Então, colocou nela uma coroa real e tornou‑a rainha em lugar de Vasti. O rei deu um grande banquete, o banquete de Ester, a todos os seus nobres e oficiais. Proclamou feriado em todas as províncias e distribuiu presentes com a generosidade digna de um rei.