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Marcos 1

1
João Batista prepara o caminho
(Mt 3.1‑12; Lc 3.1‑18)
1O princípio do evangelho de Jesus Cristo, o Filho de Deus,#1.1 Há manuscritos que não trazem o Filho de Deus. 2conforme está escrito no profeta Isaías:
“Vejam, enviarei o meu mensageiro à sua frente;
ele preparará o seu caminho”.#1.2 Ml 3.1.
3“Voz do que clama no deserto:
‘Preparem o caminho para o Senhor;
endireitem as veredas para ele’ ”.#1.2,3 Is 40.3.
4Assim, apareceu João Batista no deserto pregando o batismo de arrependimento para o perdão dos pecados. 5Pessoas de toda a região da Judeia e todos os habitantes de Jerusalém iam até ele. Quando confessavam os seus pecados, eram batizados por ele no rio Jordão. 6João vestia roupas feitas de pelos de camelo, usava um cinto de couro na cintura e comia gafanhotos e mel silvestre. 7Esta era a sua mensagem:
― Depois de mim vem aquele que é mais poderoso do que eu, de quem não sou digno de, curvando‑me, desamarrar as correias das sandálias. 8Eu os batizo com#1.8 Ou em. água, mas ele os batizará com o Espírito Santo.
O batismo e a tentação de Jesus
(Mt 3.13–4.11; Lc 3.21,22; 4.1‑13)
9Aconteceu que, naqueles dias, Jesus veio de Nazaré, na Galileia, e foi batizado por João no rio Jordão. 10Assim que saiu da água, Jesus viu os céus se abrindo e o Espírito descendo como pomba sobre ele. 11Então, veio dos céus uma voz:
― Você é o meu Filho amado, em quem tenho prazer.
12Em seguida, o Espírito impeliu Jesus ao deserto, 13onde foi tentado por Satanás durante quarenta dias. Estava com os animais selvagens, e os anjos o serviam.
Jesus chama os primeiros discípulos
(Mt 4.12‑22; Lc 4.14,15; 5.1‑11; Jo 1.35‑42)
14Depois que João foi preso, Jesus foi para a Galileia, proclamando o evangelho de Deus.
15― O tempo é chegado — dizia ele. — O reino de Deus está próximo. Arrependam‑se e creiam no evangelho!
16Enquanto andava às margens do mar da Galileia, Jesus viu Simão e André, seu irmão, lançando redes ao mar, pois eram pescadores. 17Então, Jesus lhes disse:
― Sigam‑me, e eu os farei pescadores de homens.
18No mesmo instante, eles deixaram as redes e o seguiram.
19Indo um pouco mais adiante, viu Tiago e João, filhos de Zebedeu, preparando as redes no barco. 20Imediatamente, Jesus os chamou, e eles o seguiram, deixando Zebedeu, o pai deles, com os seus empregados no barco.
Jesus expulsa um espírito imundo
(Lc 4.31‑37)
21Então, eles entraram em Cafarnaum. Assim que chegou o sábado, Jesus entrou na sinagoga e começou a ensinar. 22E ficavam maravilhados com o seu ensino, porque os ensinava como quem tem autoridade, não como os mestres da lei. 23Justo naquele momento, havia na sinagoga deles um homem com espírito imundo, o qual gritou:
24― Que queres conosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir? Sei quem tu és: o Santo de Deus!
25Jesus, porém, o repreendeu, dizendo:
― Cale‑se e saia dele!
26Então, o espírito imundo sacudiu o homem violentamente#1.26 Ou fazendo‑o convulsionar. e, gritando, saiu dele.
27Todos ficaram tão admirados que perguntavam uns aos outros:
― O que é isto? Um novo ensino, e com autoridade! Até aos espíritos imundos dá ordens, e eles lhe obedecem!
28As notícias a seu respeito se espalharam rapidamente por toda a região da Galileia.
Jesus cura muitos enfermos e expulsa demônios
(Mt 8.14‑17; Lc 4.38‑41)
29Assim que saíram da sinagoga, foram com Tiago e João à casa de Simão e André. 30A sogra de Simão estava de cama e com febre, e logo informaram Jesus a respeito dela. 31Então, ele se aproximou dela, tomou‑a pela mão e ajudou‑a a se levantar. A febre a deixou, e ela começou a servi‑los.
32Ao anoitecer, depois do pôr do sol, trouxeram a Jesus todos os doentes e os endemoniados. 33Toda a cidade se reuniu à porta da casa, 34e Jesus curou muitos doentes com vários tipos de enfermidades. Também expulsou muitos demônios; não permitia, porém, que falassem, porque sabiam quem ele era.
Jesus ora em um lugar deserto
(Lc 4.42‑44)
35De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus levantou‑se, saiu de casa e foi a um lugar deserto, e ali orava. 36Simão e os que estavam com ele foram procurá‑lo 37e, ao encontrá‑lo, disseram:
― Todos estão te procurando!
38Jesus respondeu:
― Vamos para outro lugar, para os povoados vizinhos, a fim de que eu pregue lá também. Afinal, foi para isso que eu vim.
39Então, ele percorreu toda a região da Galileia, pregando nas sinagogas e expulsando os demônios.
Jesus cura um leproso
(Mt 8.1‑4; Lc 5.12‑16)
40Um leproso#1.40 A palavra grega era utilizada para designar vários tipos de doença de pele, não somente lepra; também no versículo 42. aproximou‑se dele e suplicou‑lhe de joelhos:
― Se quiseres, podes purificar‑me!
41Cheio de compaixão, Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse:
― Quero. Seja purificado!
42Imediatamente, a lepra o deixou, e ele foi purificado.
43Em seguida, Jesus o despediu, com uma severa advertência:
44― Olhe! Não conte nada a ninguém, mas vá, apresente‑se ao sacerdote e entregue, pela sua purificação, a oferta que Moisés ordenou, para que lhes sirva de testemunho.
45Ele, porém, saiu e começou a tornar público o fato, espalhando a notícia. Por isso, Jesus já não podia entrar publicamente em nenhuma cidade, mas ficava fora, em lugares solitários. Mesmo assim, vinha a ele gente de todas as partes.

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