Por isso, perguntou aos oficiais do faraó, que também estavam presos na casa do seu senhor:
― Por que hoje vocês estão com o semblante triste?
Eles responderam:
― Tivemos sonhos, mas não há quem os interprete.
José lhes disse:
― Por acaso, as interpretações não pertencem a Deus? Contem‑me os sonhos.
Então, o chefe dos copeiros contou o seu sonho a José:
― No meu sonho, vi diante de mim uma videira, com três ramos. Ao brotar, a videira floresceu, e os seus cachos davam uvas maduras. A taça do faraó estava na minha mão. Peguei as uvas e as espremi na taça do faraó e a entreguei na sua mão.
José lhe disse:
― Esta é a interpretação: os três ramos são três dias. Dentro de três dias, o faraó vai exaltá‑lo e restaurá‑lo à sua posição, e você servirá a taça na mão dele, como costumava fazer quando era o seu copeiro. Quando tudo estiver indo bem com você, lembre‑se de mim e seja bondoso comigo; fale de mim ao faraó e tire‑me desta prisão, pois fui trazido à força da terra dos hebreus, e também aqui nada fiz para ser jogado neste calabouço.
Ouvindo o chefe dos padeiros essa interpretação favorável, disse a José:
― Eu também tive um sonho: sobre a minha cabeça havia três cestas de pão branco. Na cesta de cima, havia todo tipo de pães e doces que o faraó aprecia, mas as aves vinham comer da cesta que eu trazia na cabeça.
Então, José disse:
― Esta é a interpretação: as três cestas são três dias. Dentro de três dias, o faraó vai decapitá‑lo e pendurá‑lo em uma árvore, e as aves comerão a sua carne.
Três dias depois, era o aniversário do faraó, e ele ofereceu um banquete a todos os seus oficiais. Na presença deles, reapresentou o chefe dos copeiros e o chefe dos padeiros; restaurou o chefe dos copeiros à sua posição, de modo que ele voltou a ser aquele que servia a taça do faraó, mas mandou enforcar o chefe dos padeiros como José lhes dissera na sua interpretação.