OFICINA DE ORAÇÃOExemplo

Em qualquer relação, de amizade, familiar ou conjugal, reconhecemos a importância de ter manifestações de afeto espontâneas. Momentos em que, sem grande preparação, abrimos o coração, partilhamos uma alegria, uma luta ou uma tristeza, com alguém que amamos e nos é próximo. É importante que estas existam e são sinal de que se trata de uma relação saudável. Ao mesmo tempo, se for só nestes momentos que nos expressamos, não será uma relação sólida. Já vimos, na oficina anterior, que não é boa ideia ter a tua espontaneidade em tão boa conta.

Precisamos também de, intencionalmente, separar tempo para ter estes momentos. Blocos do dia ou da semana que pomos de parte para estar com o nosso cônjuge, ou com um amigo, abrir o coração e deixar que a outra pessoa o faça connosco. Uma relação saudável e próxima precisa das duas coisas: espontaneidade e intencionalidade.

Com a oração não é diferente. Muitos de nós são excelentes a pedir ajuda a Deus ao longo do dia, quando alguma coisa má ou desafiante acontece, ou a agradecer, quando alguma coisa boa surge -vamos chamar a estas orações, “orações de espingarda”. Mas, depois, não passamos delas, e não separamos tempo para estar com Deus, sem pressas - vamos chamar a estas “blocos separados de oração”. Outros de nós, são excelentes a separar tempo para estar com Deus, mas, assim que este tempo acaba, colocamos a oração numa gavetinha que só voltamos a abrir no dia seguinte. Provavelmente, já todos estivemos nos dois extremos (ou oscilamos entre os dois). Precisamos de ambos. Precisamos de estar vigilantes. Jesus buscou a comunhão com Deus de forma espontânea e intencional. Vamos imitá-Lo?