Sonhos RedimidosExemplo

"O que queres?" O meu ex-marido fez-me esta pergunta quando o nosso casamento estava a desmoronar-se. "Eu quero que faças o que nenhum homem jamais fez… Eu quero que lutes por mim." A minha voz tremia meio aos soluços. 

Mais tarde, ao percorrer o caminho desafiador e muitas vezes solitário da maternidade solteira, senti que Deus estava a fazer-me a mesma pergunta repetidamente. "O que queres?" Por vários anos, eu não tive forças para Lhe responder. O que eu quero realmente importa? Eu perguntei-me. 

Eu escondi todo o meu anseio e desejo por trás de uma lengalenga muito bem recitada, que parecia muito boa, "A Tua vontade, não a minha". 

Embora render-se à vontade de Deus seja uma coisa boa, levei muito tempo a perceber que Deus não está atrás da minha obediência passiva - Ele está atrás do meu coração. Ele não está a procurar escravos que cumprem ordens por obrigação e vontade oprimida, mas filhas e filhos que Lhe respondam por intimidade e relacionamento. 

Eu ouvi dizer, “Saudade é bom para si.  É o eco dos milagres que virão.”

Deus preocupa-se com os nossos sonhos. Ele preocupa-se com o desejo nos nossos corações. Se permitirmos, Ele usará períodos de espera para construir a nossa fé e nos aproximar d' Ele ao partilharmos os nossos desejos. Partilhar os nossos sonhos com Deus não significa que temos tudo o que queremos. Ele não é nosso génio pessoal. Mas o próprio processo de partilhar os nossos sonhos com Deus aproxima-nos d' Ele.

Consegue imaginar ter um melhor amigo ou um cônjuge que nunca lhe contou sobre os seus sonhos e desejos? Acho que nos sentiríamos bem desconectados deles e o relacionamento pareceria superficial. A prática vulnerável de partilhar as nossas vontades e desejos aprofunda a nossa capacidade de intimidade com Deus e com os outros.

Quanto a mim, depois de anos a tentar negar o sonho de sentar à mesa de jantar com a minha própria família, finalmente disse a Deus o que queria. Eu queria casar-me novamente. Eu queria alguém com quem pudesse partilhar sonhos e visão, responsabilidades e desafios, risos e lágrimas.

A época de espera continuou. Nela, Deus continuou um profundo trabalho de cura em mim. Ele usou a espera para me ensinar sobre amizades recíprocas e como é a verdadeira intimidade emocional com pessoas seguras. Também cresci na minha fé de que Deus é, de facto, bom. Que o Seu caráter é confiável. Os seus planos são bons. Ele ensinou-me que as circunstâncias da minha vida não mudam estes factos. Ele ensinou-me a permanecer nestas verdades, mesmo quando eu não acho que vi evidências delas.

O que quer? 

Ao longo das escrituras, Jesus faz variações desta pergunta às pessoas que encontra. E eu acredito que Ele está a pedir isto de si. Eu encorajo-o a explorar a resposta a esta pergunta e partilhá-la com Ele. Ele pode ser confiável com os anseios do seu coração.