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EZEQUIEL Introdução

Introdução
Entre os judeus deportados para a Babilónia por Nabucodonosor, em 597 a.C., encontra-se Ezequiel, sacerdote do templo de Jerusalém. Cerca de quatro anos mais tarde, Deus chama-o para ser seu profeta. Do exílio, Ezequiel dirige palavras de advertência, quer aos judeus deportados para a Babilónia, quer aos que ficaram em Jerusalém. Após a queda de Jerusalém e a destruição do templo em 587 a.C., Ezequiel profere palavras de conforto e de esperança.
O livro de Ezequiel engloba quatro grandes secções:
— Na primeira parte Ezequiel profere reprimendas e ameaças contra os judeus, antes do segundo cerco de Jerusalém: 1,1—24,27.
— Numa segunda parte é anunciado o julgamento de Deus, que se fará sentir igualmente sobre os povos estrangeiros que enganaram e oprimiram Israel: 25,1—32,32.
— A terceira secção, composta de oráculos pronunciados após a queda de Jerusalém, em 587 a.C., consta essencialmente de mensagens de conforto para o povo de Israel: 33,1—39,29.
— A última parte do livro descreve o futuro templo, que o profeta pôde contemplar em visão: 40,1—48,35.
Inspirado por numerosas visões, Ezequiel ilustra frequentemente as suas mensagens com descrições de valor simbólico. Na sua qualidade de sacerdote, atribui um grande valor ao templo. Todavia o profeta afirma que a presença de Deus, longe de estar ligada ao santuário de Jerusalém, pode fazer-se sentir mesmo na Babilónia (11,16, por exemplo).
Ao declarar que cada indivíduo é responsável pelos seus atos (18,1–32), Ezequiel rompe com a tradição israelita de responsabilidade coletiva e insiste na necessidade de renovação da experiência pessoal. Com efeito, o povo de Deus será de novo reunido no seu país (11,14–20; 36,1–38) ao passar pela experiência da ressurreição (37,1–28).
Este livro pode sintetizar-se no seguinte plano:
Primeira parte:
— Chamada de Ezequiel para profeta: 1,1—3,27.
— Juízo de Deus contra Jerusalém e povo judeu: 4,1—24,14.
— Morte da mulher de Ezequiel: 24,15–27.
Segunda Parte:
— Juízo de Deus sobre povos estrangeiros: 25,1—32,32.
Terceira Parte:
— Ezequiel é nomeado sentinela do povo: 33,1–20.
— Anúncio da destruição de Israel e seus dirigentes: 33,21–34,31.
— Juízo sobre os edomeus: 35,1–15.
— Promessas de bênção e restauração para Israel: 36,1–37,28.
— Juízo sobre Gog e Magog: 38,1—39,29.
Quarta Parte:
— Visão do futuro templo: 40,1—44,31.
— Regras de admissão e proibição de entrada no templo: 44,4–31.
— Territórios do Senhor: 45,1–8.
— Direitos e deveres do príncipe de Israel: 45,9—46,10.
— Regras para os sacrifícios: 46,11–15.
— A herança dos filhos do príncipe: 46,16–18.
— Visão das cozinhas e fontes de água do templo: 46,19—47,12.
— Fronteiras e divisões territoriais de Israel: 47,13—48,29.
— As doze portas de Jerusalém: 48,30–35.

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EZEQUIEL Introdução: BPT09

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