No tempo em que Acaz, filho de Jotam e neto de Uzias, era rei de Judá, aconteceu que o rei da Síria, chamado Recin e o rei de Israel, chamado Peca, que era filho de Remalias, vieram atacar a cidade de Jerusalém. Mas não a conseguiram conquistar.
Acaz e a sua corte foram informados de que os arameus tinham acampado em Efraim. O rei e o seu povo, perante a notícia, ficaram com o coração em sobressalto e agitados, como as árvores da floresta pelo vento.
O SENHOR disse então a Isaías: «Vai ter com o rei Acaz e leva contigo o teu filho Chear-Jachub. Ele encontra-se no extremo do canal da piscina superior, na direção da calçada do Lavadouro E dir-lhe-ás: “Está atento e tem calma. Não tenhas medo nem te acobardes, por causa da cólera de Recin, o arameu, e do filho de Remalias. Não são mais que dois tições fumegantes. De facto, a Síria, Peca e as tropas de Efraim resolveram acabar contigo, pois disseram: Avancemos contra Judá, vamos sitiá-la, obrigá-la a render-se a nós e instalemos como rei o filho de Tabiel.”
Mas eis o que diz o SENHOR Deus:
“Tal coisa não acontecerá:
Damasco é a capital da Síria,
e Recin é quem manda em Damasco.
Daqui a sessenta e cinco anos
Efraim deixará de ser um povo.
Samaria é a capital de Efraim
e Peca, o filho de Remalias, só manda em Samaria.
Se não acreditarem, não estarão seguros!”»
O SENHOR mandou Isaías levar outra mensagem a Acaz: «Pede ao SENHOR, teu Deus, um sinal, venha ele do fundo do abismo ou do alto do céu.»
Mas Acaz respondeu: «Não farei tal coisa, não quero provocar o SENHOR.»
Isaías disse-lhe então: «Ouve-me bem, herdeiro da dinastia de David! Não vos basta cansarem a paciência dos homens, para cansarem também agora a paciência do meu Deus? Pois bem, é o próprio Senhor que vos vai dar um sinal: a jovem mulher está grávida e vai dar à luz um filho e pôr-lhe-á o nome de Emanuel. Comerá requeijão e mel, até chegar à idade de saber rejeitar o mal e escolher o bem. Mas antes que a criança saiba rejeitar o mal e escolher o bem, o território dos dois reis que tu tanto temes será abandonado pelos seus habitantes.»
«O SENHOR fará vir para ti, para o teu povo e para a tua dinastia dias tais como não houve desde que Efraim se separou de Judá. É a invasão do rei da Assíria.
Vai chegar o dia em que o SENHOR,
com um assobio, fará vir as moscas
dos confins do delta do Egito
e as abelhas da terra da Assíria.
Virão e pousarão todas juntas
nos vales escarpados e nas fendas das rochas,
em todos os matos e em todos os bebedouros.
Num destes dias,
o Senhor alugará uma navalha
do outro lado do rio Eufrates
isto é, o rei da Assíria,
e rapará a vossa cabeça,
a vossa barba e todos os pelos do vosso corpo.
Nesses tempos,
cada um criará uma vaca e duas ovelhas;
haverá tão grande abundância de leite
que a alimentação será de requeijão.
Todos os que ficarem no país
hão de comer requeijão e mel.
Nesses tempos,
uma vinha com mil cepas
no valor de mil moedas de prata,
produzirá silvas e cardos.
Só se poderá entrar no país com arcos e flechas,
porque estará coberto de silvas e cardos.
As colinas que antes eram cultivadas à enxada
e onde não havia perigo de alastrarem silvas e cardos,
apenas servirão para pasto dos bois,
para serem pisadas pelos carneiros.»