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ATOS DOS APÓSTOLOS 27:24-44

ATOS DOS APÓSTOLOS 27:24-44 BPT09DC

que me disse: “Paulo, não tenhas medo, porque tens de te apresentar diante do imperador romano. Por tua causa, Deus vai livrar da morte todos os que estão contigo a bordo.” Portanto, meus amigos, coragem! Eu tenho confiança em Deus; ele vai fazer aquilo que me disse. Mas vamos naufragar nalguma ilha.» Duas semanas depois de começarmos a andar à deriva no mar Adriático, os marinheiros perceberam, por volta da meia-noite, que o navio estava a aproximar-se de terra. Mediram com uma sonda a fundura da água e viram que era de trinta e seis metros. Mais adiante, tornaram a medir e deu vinte e sete metros. Eles, com medo que o navio fosse encalhar nas rochas, deitaram quatro âncoras do lado de trás do navio e ficaram ansiosos que rompesse o dia. Entretanto, os marinheiros procuravam escapar-se do navio e para isso baixaram a baleeira até ao mar, fingindo que iam deitar âncoras do lado da frente do navio. Paulo disse então ao oficial romano e aos soldados: «Se estes homens não permanecerem no barco, vocês não poderão salvar-se.» Então os soldados cortaram os cabos que prendiam a baleeira e deixaram-na cair ao mar. De madrugada, Paulo pediu a todos que comessem alguma coisa: «Já faz hoje duas semanas que estão à espera e durante esse tempo não comeram nada. Peço-vos que comam qualquer coisa, pois precisam de se alimentar para continuarem a viver. Ninguém aqui vai perder nem sequer um cabelo.» Dizendo isto, Paulo pegou no pão, agradeceu a Deus diante de todos, partiu-o e começou a comer. Todos ficaram com mais coragem e puseram-se também a comer. Éramos ao todo, no navio, duzentas e setenta e seis pessoas. Depois da refeição, deitou-se o trigo ao mar para aliviar o navio. Quando amanheceu, os marinheiros não reconheceram a terra, mas viram uma baía que tinha uma praia e resolveram tentar encalhar lá o navio. Cortaram os cabos das âncoras e deixaram-nas ficar no mar, enquanto desamarravam o leme e levantavam a vela da frente para seguirem em direção à praia. Mas o navio bateu num banco de areia e ficou ali encalhado. A frente estava presa, enquanto a parte de trás era batida pelas ondas. Os soldados tiveram então a ideia de matar os prisioneiros, para que nenhum deles se escapasse a nado. Mas o oficial queria salvar Paulo e não os deixou levar por diante esse projeto. Pelo contrário, deu ordens aos que sabiam nadar para saltarem para a água primeiro e tentarem salvar-se chegando à praia. A todos os outros deu ordem para procurarem salvar-se agarrados a tábuas ou a bocados do navio. Foi assim que todos chegaram a terra sãos e salvos.