Daniel 4:1-17
Daniel 4:1-17 ARC
NABUCODONOSOR, rei: a todos os povos, nações, e línguas, que moram em toda a terra: Paz vos seja multiplicada. Pareceu-me bem fazer conhecidos os sinais e maravilhas que Deus, o Altíssimo, tem feito para comigo. Quão grandes são os seus sinais, e quão poderosas as suas maravilhas! o seu reino é um reino sempiterno, e o seu domínio de geração em geração. Eu, Nabucodonosor, estava sossegado em minha casa, e florescente no meu palácio. Tive um sonho que me espantou; e as imaginações na minha cama e as visões da minha cabeça me turbaram. Por mim, pois, se fez um decreto, pelo qual fossem introduzidos à minha presença todos os sábios de Babilónia, para que me fizessem saber a interpretação do sonho. Então entraram os magos, os astrólogos, os caldeus, e os adivinhadores, e eu contei o sonho diante deles; mas não me fizeram saber a sua interpretação. Mas, por fim, entrou na minha presença Daniel, cujo nome é Belteshazar, segundo o nome do meu deus, e no qual há o espírito dos deuses santos; e eu contei o sonho diante dele: Belteshazar, príncipe dos magos, eu sei que há em ti o espírito dos deuses santos, e nenhum segredo te é difícil; dize-me as visões do meu sonho que tive e a sua interpretação. Eram assim as visões da minha cabeça, na minha cama: eu estava olhando, e vi uma árvore no meio da terra, cuja altura era grande; Crescia esta árvore e se fazia forte, de maneira que a sua altura chegava até ao céu; e foi vista até aos confins da terra. A sua folhagem era formosa e o seu fruto abundante, e havia nela sustento para todos; debaixo dela os animais do campo achavam sombra, e as aves do céu faziam morada nos seus ramos, e toda a carne se mantinha dela. Estava vendo isto, nas visões da minha cabeça, na minha cama; e eis que um vigia, um santo, descia do céu, Clamando fortemente, e dizendo assim: Derrubai a árvore, e cortai-lhe os ramos, sacudi as suas folhas, espalhai o seu fruto; afugentem-se os animais de debaixo dela, e as aves dos seus ramos. Mas o tronco, com as suas raízes, deixai na terra, e com cadeias de ferro e de bronze, na erva do campo: e seja molhada do orvalho do céu, e a sua porção seja com os animais na grama da terra. Seja mudado o seu coração, para que não seja mais coração de homem, e seja-lhe dado coração de animal; e passem sobre ele sete tempos. Esta sentença é por decreto dos vigiadores, e esta ordem por mandado dos santos; a fim de que conheçam os viventes que o Altíssimo tem domínio sobre os reinos dos homens, e os dá a quem quer, e até ao mais baixo dos homens constitui sobre eles.