Lucas 13:1-30
Lucas 13:1-30 OL
Por esse tempo, contaram a Jesus que Pilatos tinha mandado matar alguns judeus da Galileia, enquanto ofereciam sacrifícios no templo em Jerusalém. “Pensam, por acaso, que esses eram mais pecadores do que os outros homens da Galileia?”, perguntou-lhes. “E que foi por isso que sofreram a morte? Não perceberam que também vocês se perderão se não se arrependerem? E os dezoito homens que morreram quando a torre de Siloé desabou sobre eles? Terá sido porque seriam os piores pecadores que havia em Jerusalém? Sem dúvida que não! Também vocês se perderão se não se arrependerem!” Jesus apresentou-lhes então a seguinte parábola: “Certo homem plantou uma figueira na sua quinta e muitas vezes ia ver se tinha fruto, ficando sempre desapontado. Por fim, disse ao empregado que a cortasse: ‘Há três anos que espero e não brotou um único figo! Para que me hei de ralar mais com esta figueira? O espaço que ocupa podemos nós utilizar para qualquer outra coisa.’ ‘Dá-lhe uma nova oportunidade’, respondeu o empregado. ‘Deixa-a ficar mais um ano que eu vou dedicar-lhe cuidados especiais e pôr-lhe adubo com abundância. Se conseguirmos figos no próximo ano, tanto melhor; se não, então corto-a.’ ” Um sábado, estava Jesus a ensinar numa sinagoga, quando viu uma mulher que andava curvada, sem se poder endireitar, havia dezoito anos, por estar possuída por um espírito maligno. Jesus chamou-a para junto de si. “Mulher, estás curada da tua doença!” Tocou-a e imediatamente pôde endireitar-se. E ela glorificava e agradecia a Deus. Todavia, o líder da sinagoga local ficou muito zangado, porque Jesus tinha efetuado aquela cura no sábado. “Há seis dias da semana para trabalhar”, bradou ele à multidão. “Nesses dias e não no sábado é que se deve vir em busca de cura!” Mas o Senhor respondeu: “És um hipócrita! Tu trabalhas ao sábado! Ao sábado não desatas o gado no estábulo e não o levas a beber? E será condenável que, lá porque é sábado, eu liberte, após dezoito anos de cativeiro de Satanás, esta filha de Abraão?” Isto envergonhou os seus inimigos. E todo o povo se alegrava com as maravilhas que fazia. Começou então novamente a instruí-los acerca do reino de Deus: “Com que se parece o reino e como posso explicá-lo? É como uma semente de mostarda que um homem planta na sua horta; depois cresce e transforma-se num arbusto em cujos ramos as aves do céu fazem os seus ninhos.” Outra vez ele perguntou: “A que compararei o reino de Deus? Pode ser comparado ao fermento que uma mulher misturou em três medidas de farinha, até toda ela levedar.” Jesus ia de cidade em cidade e de localidade em localidade, ensinando pelo caminho e avançando sempre para Jerusalém. Alguém lhe perguntou: “É verdade que só poucos é que serão salvos?” Ele respondeu: “É estreita a porta do céu. Esforcem-se por entrar, porque muitos tentarão fazê-lo. Mas quando o dono da casa tiver trancado a porta, será já tarde. Se ficarem do lado de fora, ainda que batendo e suplicando: ‘Senhor, abre-nos a porta!’, ele contudo responderá: ‘Não vos conheço nem sei de onde vêm!’ E dir-lhe-ão: ‘Mas nós comemos contigo e ensinaste nas nossas ruas.’ Tornará a responder: ‘Não vos conheço nem sei de onde vêm. Afastem-se da minha presença, pois todos vocês são praticantes da injustiça!’ E haverá choro e ranger de dentes, ao verem Abraão, Isaque, Jacob e todos os profetas dentro do reino de Deus, mas vocês são lançados fora. Então virá gente do Este e do Oeste, do Norte e do Sul e sentar-se-ão no reino de Deus. E notem que há últimos que virão a ser primeiros, e primeiros que virão a ser últimos.”