Atos 26:12-29
Atos 26:12-29 OL
Uma missão dessas levou-me a Damasco, tendo recebido autoridade e ordens dos principais sacerdotes. De caminho, cerca do meio-dia, Majestade, brilhou sobre mim e os meus companheiros uma luz do céu, luz essa mais forte do que a do próprio Sol. Caímos todos por terra e ouvi uma voz que me dizia em hebraico: ‘Saulo, Saulo, porque me persegues? Não é bom seres obstinado!’ ‘Quem és tu, Senhor?’, perguntei. E o Senhor respondeu: ‘Sou Jesus, aquele a quem persegues. Levanta-te, põe-te de pé, pois apareci-te para te nomear meu servo e testemunha. Deverás contar ao mundo isto que agora te acontece. No futuro, ainda hei de aparecer-te mais vezes e anunciarás o que te for mostrado. Proteger-te-ei tanto dos teus compatriotas como daqueles que não são judeus. Sim, vou enviar-te até aos gentios, para lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e do poder de Satanás para Deus, de modo que recebam o perdão dos seus pecados e tenham um lugar entre o povo de Deus que está santificado pela sua fé em mim.’ E assim, ó rei Agripa, não fui desobediente a essa visão celestial! Preguei primeiro em Damasco, depois em Jerusalém e em toda a Judeia, e também aos gentios, anunciando-lhes que todos devem abandonar os seus pecados e converter-se a Deus, provando o arrependimento com a prática de boas obras. Os judeus prenderam-me no templo, por causa disto, e tentaram matar-me. Mas Deus protegeu-me, pelo que hoje estou aqui vivo, para contar estes factos a toda a gente, a grandes e a pequenos. Só ensino o que os profetas e Moisés disseram: que o Cristo haveria de sofrer e ser o primeiro a ressuscitar da morte, para levar a luz tanto aos judeus como aos gentios.” De repente Festo gritou: “Paulo, estás louco! Tanto estudo fez-te perder o juízo!” Paulo respondeu: “Não estou louco, não, Excelência. Falo a linguagem da verdade e do bom senso. E o rei Agripa conhece estas coisas. Falo com ousadia porque estou certo de que estas coisas te são familiares. Estas coisas não foram feitas às escondidas. Rei Agripa, crês nos profetas? Sei que crês.” Agripa, porém, replicou a Paulo: “Por mais um pouco convencias-me a tornar-me cristão!” E Paulo respondeu: “O que eu peço a Deus é que, por pouco ou por muito, tanto o rei como todos quantos aqui estão a ouvir-me sejam como eu, mas sem estas correntes.”