ADORAÇÃO | A Vida De Relacionamento Com O EternoSample

ADORAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Todo o universo gira em torno de realidades espirituais estabelecidas por Deus em função de seus planos para a humanidade. Podemos destacar estas quatro instâncias espirituais absolutas: Deus, homem, sangue e altar. São elementos da adoração que estão em Cristo. Dizem respeito a Criação, Queda e Redenção.

Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra. E disse Deus ainda: Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de toda a terra e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será para mantimento. E a todos os animais da terra, e a todas as aves dos céus, e a todos os répteis da terra, em que há fôlego de vida, toda erva verde lhes será para mantimento. E assim se fez. Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia (Gênesis 1.26-31).

O reverendo Alva Bee Langston, enviado pela Junta Batista Missionária de Richmond, Estados Unidos, para o Brasil em 1909, declara em seu livro Esboço de teologia sistemática: “Deus é Espírito Pessoal, perfeitamente bom, que, em santo amor, cria, sustenta e dirige tudo”.[1] Essa definição expõe a natureza, o caráter, o motivo, as relações do Senhor para com tudo que existe, tudo que foi criado por sua Palavra em amor. Ele faz isso de maneira soberana e especialmente voltada para o ser humano.

Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste (Colossenses 1.15-17).

Somos a “coroa da criação”, projeto perfeito e soberano do Senhor. Ao nos criar, ele desejava estabelecer um relacionamento profundo com cada indivíduo, nome por nome. Comunhão, comunicação. Veja o que Jó e Davi proclamam:

Aquele que me formou no ventre materno não os fez também a eles? Ou não é o mesmo que nos formou na madre? (Jó 31.15).

Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos,
e a lua e as estrelas que estabeleceste,
que é o homem, que dele te lembres?
E o filho do homem, que o visites?
Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus
e de glória e de honra o coroaste.
Deste-lhe domínio sobre as obras da tua mão
e sob seus pés tudo lhe puseste (Salmos 8.3-6).

Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis,
e a minha alma o sabe muito bem;
os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto
fui formado e entretecido como nas profundezas da terra.
Os teus olhos me viram a substância ainda informe,
e no teu livro foram escritos todos os meus dias,
cada um deles escrito e determinado,
quando nem um deles havia ainda (Salmos 139.14-16).

Muitos, equivocadamente, defendem que o acaso gerou tudo que existe. Dizem que mutações, explosões, sorte, processos aleatórios cooperaram para que a ameba ou o perfeito organismo de um bebê em formação no ventre de sua mãe existissem. Sabemos que a beleza e perfeição do universo, especialmente do ser humano, em toda sua complexa estrutura física, emocional, intelectual, moral e espiritual, não podem ser explicados por um simples evolucionismo ou acaso. É o engano das trevas que leva pessoas à incredulidade.

O amor com que Deus nos criou, seu Espírito em nós, os vínculos familiares, emocionais e espirituais que desfrutamos, são objeto de admiração, contemplação e motivo de busca pelo soberano Senhor do universo. Ele decidiu pela existência do homem e preparou o universo para que seus planos se concretizassem, com vistas à vida eterna, ao seu Reino e família. Para isso estabeleceu logística de compartilhamento, comunicação, edificação e frutificação. Quando ele nos chama para a intimidade, para uma vida de adoração, o faz intencionalmente por amor e propósito. Adoração diz respeito à comunicação.

[1] LANGSTON, Alva B. Esboço de teologia sistemática. Rio de Janeiro: Juerp, 1999. p. 33.