Desacelere: Meditações Para Mentes AnsiosasExemplo

8. AME O PRÓXIMO

“O adversário do temor é o amor; a maneira de nos despojarmos do temor, por conseguinte, consiste em nos revestirmos de amor.” Jay Adams[1] 

Cresci no estado de Roraima e morei muitos anos em uma missão que trabalhava com povos indígenas porque meus pais eram missionários lá. Tive o privilégio de crescer ouvindo várias histórias incríveis e conhecer pessoas de vários lugares e culturas diferentes. Lembro-me de uma missionária, muito bonita, uma mulher solteira, delicada e muito serva. 

Certa vez, tive a oportunidade de conversar com ela sobre os anos dedicados ao Senhor na mata sem um companheiro. Em dado momento da conversa, ela relatou que, quando sentia-se mal por estar sozinha ou quando pensamentos ruins lhe atormentavam, fazia sobremesas e dava para outras pessoas próximas ao seu redor. Era a maneira como ela lidava com a inquietação, tirando o foco de si e servindo ao próximo com um gesto de carinho.

Em muitos momentos de ansiedade, esquecemos das pessoas ao nosso redor e tendemos a pensar somente em nossas necessidades. Ficamos mais aflitas. Contudo, o oposto da ansiedade/medo/temor, segundo a Palavra de Deus, é o amor. O amor lança fora o medo. Devemos amar a Deus de todo coração, de todo entendimento e com toda força (Mt 12.33). Ele é a fonte do amor e a quem devemos retribuir em gratidão com amor também. 

Devemos também amar ao próximo como a nós mesmas, isto é, considerá-lo da mesma maneira como fazemos conosco. O amor ao próximo pode ser demonstrado de várias maneiras, não somente fazendo sobremesas para outros. Pode ser demonstrado por meio da intercessão, de um serviço com excelência, de acolhimento, de emprestar ou de doar algo que o outro esteja precisando, enfim. Podemos ser muito criativas com esses gestos.

Que tal pedir ajuda de Deus para demonstrar o amor a alguém próximo? Que tal agradecê-lo por ser a fonte de amor? Que tal preparar carinhosamente  algo especial para uma amiga querida hoje? 

[1]ADAMS, Jay Edward. O Manual do Conselheiro Cristão. São José dos Campos: Fiel, 1982. Pág 378