saí de noite com alguns homens. Eu não havia contado a ninguém o que o meu Deus me havia posto no coração para fazer por Jerusalém. Não levava animal algum além daquele em que eu estava montado.
De noite, saí pela porta do Vale na direção da fonte do Dragão e da porta do Esterco, examinando o muro de Jerusalém, que havia sido derrubado e cujas portas haviam sido destruídas pelo fogo. Fui até a porta da Fonte e do tanque do Rei, mas ali não havia espaço para o meu animal passar; por isso, subi ao vale, ainda de noite, examinando o muro. Finalmente, voltei e tornei a entrar pela porta do Vale. Os oficiais não sabiam aonde eu tinha ido ou o que eu fazia, pois, até então, eu não tinha dito nada aos judeus, nem aos sacerdotes, nem aos nobres, nem aos oficiais, nem aos demais que realizariam a obra.
Então, eu lhes disse:
― Vejam a situação terrível em que estamos: Jerusalém está em ruínas, e as suas portas foram destruídas pelo fogo. Venham, vamos reconstruir os muros de Jerusalém para que não fiquemos mais nesta situação humilhante. Também lhes contei como Deus tinha sido bondoso comigo e o que o rei me tinha dito.
Eles responderam:
― Sim, vamos começar a reconstrução.
Então, eles se encheram de coragem para a realização desse bom projeto.
Quando, porém, Sambalate, o horonita, Tobias, o oficial amonita, e Gesém, o árabe, souberam disso, zombaram de nós, desprezaram‑nos e perguntaram:
― O que vocês estão fazendo? Estão se rebelando contra o rei?