RUTE 2:1-18
RUTE 2:1-18 a BÍBLIA para todos Edição Católica (BPT09DC)
Noémia tinha um parente chamado Booz, homem rico e importante, que pertencia à família de Elimelec, seu marido. Rute, a moabita, disse a Noémia: «Deixa-me ir aos campos apanhar espigas caídas, atrás de algum ceifeiro que me autorize a fazer isso.» Noémia respondeu-lhe: «Vai sim, minha filha.» Rute foi então para os campos e pôs-se a apanhar as espigas que os ceifeiros deixavam ficar. E aconteceu que foi parar ao campo que pertencia a Booz, o parente de Elimelec. Depois chegou Booz, que vinha de Belém, e saudou os ceifeiros, dizendo: «O SENHOR esteja convosco.» E eles responderam: «O SENHOR te abençoe.» Booz perguntou então ao encarregado dos ceifeiros: «Quem é aquela rapariga?» E ele respondeu: «É a jovem moabita que veio com Noémia das terras de Moab. Pediu-me licença para apanhar e levar as espigas que os ceifeiros deixam ficar atrás. Anda aí desde que veio, de manhã, a não ser um pouco que esteve a descansar em casa.» Então Booz disse a Rute: «Ouve, minha filha. Não precisas de ir apanhar espigas a outros campos; não saias deste e chega-te às minhas ceifeiras. Repara em que parte do campo elas estão a ceifar e vai atrás delas. Eu dou ordens aos meus homens para não te incomodarem. E quando tiveres sede, vais beber às bilhas donde eles bebem também.» Rute inclinou-se até ao chão e perguntou a Booz: «Por que motivo és tão generoso comigo, tratando-me como conhecida, eu que sou uma estrangeira?» Booz respondeu-lhe: «Já me contaram tudo o que fizeste pela tua sogra, depois que o teu marido morreu. Sei que deixaste o teu pai e a tua mãe e a terra onde nasceste e vieste para um povo que antes não conhecias. Que o SENHOR te pague o bem que fizeste; que o SENHOR Deus de Israel, de quem vieste receber proteção, te dê toda a recompensa que mereces.» Rute disse então: «Que eu encontre bondade da tua parte, meu senhor. Deste-me muito ânimo, ao falares-me com tanto carinho, embora eu nem sequer seja igual a uma das tuas criadas.» À hora da refeição, Booz disse a Rute: «Chega-te para aqui, come connosco e molha o teu pão no molho de vinagre.» Ela então sentou-se ao pé dos ceifeiros e Booz deu-lhe trigo torrado. Ela comeu até ficar satisfeita e ainda lhe sobrou comida. Depois de ela se levantar para ir apanhar espigas, Booz disse aos criados: «Deixem-na apanhar espigas, mesmo entre os molhos, e não a impeçam. Deixem cair de propósito punhados de espigas para ela apanhar e não ralhem com ela.» Por isso, Rute andou a juntar espigas no campo até à tardinha, e quando as debulhou já tinha cerca de vinte e cinco quilos. Ela pegou no grão, voltou para a cidade e mostrou à sogra o que tinha conseguido apanhar. Tirou também a comida que lhe tinha sobrado e deu-lha.
RUTE 2:1-18 O Livro (OL)
Noemi tinha em Belém um parente de Elimeleque, seu marido; era um homem muito rico chamado Boaz. Em certa ocasião, Rute disse a Noemi: “Olha, vou sair pelos campos para ver se apanho as espigas que vão caindo atrás daquele que for amável comigo.” Ela respondeu-lhe: “Pois sim, minha filha, vai lá então!” E ela foi e aconteceu que o campo para onde foi era precisamente do tal Boaz que era da família de Elimeleque. Boaz apareceu por lá, vindo da cidade, enquanto Rute ali estava e saudou os ceifeiros: “O SENHOR esteja convosco!” E eles responderam: “O SENHOR te abençoe!” A seguir, perguntou ao capataz: “Escuta, de quem é aquela rapariga que ali está?” “É a moabita que veio com Noemi. Pediu-me esta manhã se podia apanhar as espigas que os ceifeiros deixavam caídas e tem estado sempre aqui, exceto quando foi descansar um pouco à sombra.” Boaz foi ter com ela para lhe falar: “Minha filha, fica aqui connosco neste campo a apanhar espigas. Não precisas de ir a outros campos. Junta-te às moças que aí estão a trabalhar. Já avisei os rapazes para não te incomodarem; quando tiveres sede vai beber à tua vontade.” Ela agradeceu-lhe muito: “Não há razão para seres assim tão amável comigo. Eu não passo duma estrangeira.” “Sim, eu sei. Mas sei também de toda a afeição e carinho que tens mostrado para com a tua sogra, desde a morte do teu marido, e como preferiste deixar o teu pai e a tua mãe para viver entre estranhos. Que o SENHOR, Deus de Israel, sob cujas asas vieste refugiar-te, te abençoe por tudo.” “Agradeço-te muito. Foste muito bom para mim, não sendo eu sequer uma empregada tua!” À hora do almoço, Boaz chamou-a: “Vem comer connosco.” Rute veio sentar-se junto dos ceifeiros e ele serviu-a generosamente, muito mais do que podia comer. Quando a jovem voltou ao trabalho, Boaz disse ao capataz que a deixasse apanhar mesmo entre os feixes sem lhe dizer nada; e que fizessem de propósito deixar cair espigas, sem que ela se sentisse incomodada por as apanhar. Assim, ficou ali o dia todo. Ao fim da tarde, quando foi juntar o que debulhara, contou uns 22 litros! Trouxe o grão para a povoação e entregou-o à sogra, e também o que lhe sobejara do almoço.
RUTE 2:1-18 Almeida Revista e Corrigida (Portugal) (ARC)
E TINHA Noemi um parente do seu marido, homem valente e poderoso, da geração de Elimelech: e era o seu nome Boaz. E Ruth, a moabita, disse a Noemi: Deixa-me ir ao campo, e apanharei espigas atrás daquele em cujos olhos eu achar graça. E ela lhe disse: Vai, minha filha. Foi, pois, e chegou, e apanhava espigas no campo, após os segadores: e caiu-lhe em sorte uma parte do campo de Boaz, que era da geração de Elimelech. E eis que Boaz veio de Belém, e disse aos segadores: O Senhor seja convosco. E disseram-lhe eles: O Senhor te abençoe. Depois disse Boaz ao seu moço, que estava posto sobre os segadores: De quem é esta moça? E respondeu o moço, que estava posto sobre os segadores, e disse: Esta é a moça moabita que voltou com Noemi dos campos de Moab. Disse-me ela: Deixa-me colher espigas e ajuntá-las entre as gavelas, após dos segadores. Assim ela veio, e desde pela manhã está aqui até agora, a não ser um pouco que esteve sentada em casa. Então disse Boaz a Ruth: Não ouves, filha minha? não vás colher a outro campo, nem tão-pouco passes daqui; porém aqui te ajuntarás com as minhas moças. Os teus olhos estarão atentos no campo que segarem, e irás após delas; não dei ordem aos moços que te não toquem? Tendo tu sede, vai aos vasos e bebe do que os moços tirarem. Então ela caiu sobre o seu rosto, e se inclinou à terra: e disse-lhe: Por que achei graça em teus olhos, para que faças caso de mim, sendo eu uma estrangeira? E respondeu Boaz, e disse-lhe: Bem se me contou quanto fizeste à tua sogra, depois da morte do teu marido: e deixaste o teu pai e a tua mãe, e a terra onde nasceste, e vieste para um povo que dantes não conheceste. O Senhor galardoe o teu feito; e seja cumprido o teu galardão, do Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar. E disse ela: Ache eu graça em teus olhos, senhor meu, pois me consolaste, e falaste ao coração da tua serva, não sendo eu nem ainda como uma das tuas criadas. E, sendo já horas de comer, disse-lhe Boaz: Achega-te aqui, e come do pão, e molha o teu bocado no vinagre. E ela se assentou ao lado dos segadores, e ele lhe deu do trigo tostado, e comeu, e se fartou, e ainda lhe sobejou. E, levantando-se ela a colher, Boaz deu ordem aos seus moços, dizendo: Até entre as gavelas deixai-a colher, e não lho embaraceis. E deixai cair alguns punhados, e deixai-os ficar, para que os colha, e não a repreendais. E esteve ela apanhando naquele campo, até à tarde: e debulhou o que apanhou, e foi quase um efa de cevada. E tomou-o, e veio à cidade; e viu sua sogra o que tinha apanhado: também tirou e deu-lhe o que lhe sobejara, depois de fartar-se.