ROMANOS 9:1-26
ROMANOS 9:1-26 O Livro (OL)
Digo a verdade em Cristo, não estou a mentir. A minha consciência é minha testemunha e o Espírito Santo o confirma. O meu coração está profundamente abatido dentro de mim e entristeço dia após dia. Pois eu até preferia ser separado de Cristo, se isso pudesse ser condição para a salvação dos meus irmãos, da gente do meu povo. Eles são os Israelitas. Deus adotou-os como filhos e revelou-lhes a sua glória. Com eles fez alianças e deu-lhes a sua Lei; ensinou-os a adorá-lo e deu-lhes promessas. A este povo pertencem os patriarcas e o próprio Cristo, no que diz respeito à sua natureza humana, ele que é Deus sobre tudo, para sempre louvado! Amém! Pois bem, terá Deus falhado no cumprimento da sua promessa aos judeus? Naturalmente que não! O que acontece é que nem todos os que descendem de Israel pertencem a Israel. O simples facto de serem da descendência de Abraão não os torna filhos de Abraão. As Escrituras dizem: “Só através de Isaque é que a minha promessa terá cumprimento”, embora Abraão tivesse outros filhos. Isto significa que nem todos os filhos de Abraão são necessariamente filhos de Deus. São os filhos da promessa que são considerados filhos de Abraão. Porque Deus prometeu: “No próximo ano virei e Sara terá um filho.” Não foi caso único. Este filho é Isaque, nosso pai. A sua mulher, Rebeca, estava para ter dois gémeos. Ainda antes que as crianças tivessem nascido e feito fosse o que fosse, bem ou mal, e para que o propósito de Deus prevalecesse, na escolha que ele próprio fez, sem depender de obras, mas daquele que chama, foi dito a Rebeca: “o mais velho terá de submeter-se ao mais novo.” Como está escrito: “Mostrei-vos o meu amor amando o vosso pai Jacob. Rejeitei o seu próprio irmão Esaú.” Haverá então injustiça da parte de Deus? Claro que não! Porque Deus tinha dito a Moisés: “Terei compaixão de quem eu quiser e serei misericordioso para com quem eu entender.” Assim pois as bênçãos de Deus não são dadas só porque alguém decide recebê-las, ou porque tenha feito muitas obras para as alcançar. Elas dependem de Deus que tem misericórdia de quem quiser. O Faraó, o rei do Egito, é um exemplo desse facto. Deus disse: “Para isto te levantei como rei do Egito, para por ti mostrar o meu poder, a fim de que em toda a Terra seja honrado o meu nome.” Como veem, Deus é benigno para com uns, mas endurece o coração de outros, conforme a sua vontade. Bem, podem perguntar: “Por que razão Deus culpa as pessoas por não o ouvirem? Não estão elas a fazer simplesmente o que ele manda?” Não, não digam isso! Quem é o homem, um pobre mortal, para criticar Deus? Um objeto fabricado dirá àquele que o fabricou: “Porque me fizeste desta forma?” Quando um oleiro faz um jarro de barro não terá o direito de usar o mesmo barro para fazer um belo objeto de ornamentação e um outro para uso corrente? Então não teria Deus o direito de manifestar a sua cólera e dar a conhecer o seu poder contra aqueles que estão debaixo da sua cólera e que se encaminham para a perdição, mas cuja maldade ele tem suportado com paciência? Ele fez isto para dar a conhecer as riquezas da sua glória àqueles de quem ele tem misericórdia e que ele previamente preparou para receberem a sua glória. Somos nós aqueles que ele chamou, quer sejamos judeus ou gentios. Lembram-se do que está escrito no profeta Oseias: “Direi àqueles que não são meus: agora são meu povo; e amarei aqueles que estavam fora do meu amor”? E diz ainda: “Em vez de lhes dizer: ‘Não são meu povo’, serão chamados ‘filhos do Deus vivo.’ ”
ROMANOS 9:1-26 a BÍBLIA para todos Edição Católica (BPT09DC)
Em nome de Cristo, digo a verdade e não minto. A minha consciência, com o auxílio do Espírito Santo, dá-me a certeza do que afirmo. Sinto grande tristeza e um pesar contínuo no meu coração por causa dos meus irmãos, os da minha raça. Eu até desejaria ser amaldiçoado por Deus e separado de Cristo, se isso servisse para bem deles. Eles são os descendentes de Israel. Deus tomou-os como seus filhos e favoreceu-os com a sua presença gloriosa. Fez alianças com eles e deu-lhes a lei, o culto sagrado e as promessas. Eles são os descendentes dos patriarcas. E Cristo, como homem, pertence a essa mesma raça. Ele que está acima de todas as coisas, Deus bendito para sempre. Ámen. Não quer dizer que a promessa de Deus tenha falhado. Com efeito, nem todos os descendentes de Israel são o povo de Israel. Nem todos os descendentes de Abraão são seus verdadeiros filhos, pois Deus tinha dito: É de Isaac que surgirá a tua descendência. Quer isto dizer que não são filhos de Deus os que nascem segundo a natureza. Apenas os que nascem conforme a promessa de Deus é que são considerados como seus verdadeiros filhos. Ora as palavras da promessa de Deus eram estas: Daqui por um ano voltarei e Sara terá um filho. E isto não aconteceu só com ela mas também com Rebeca, que teve dois filhos gémeos do nosso antepassado Isaac. Mesmo antes de os filhos terem nascido e terem feito alguma coisa de bem ou de mal — e para que prevalecesse o plano de Deus que opera por livre escolha e não depende das obras mas daquele que faz o chamamento — foi-lhe dito a ela: «o maior servirá o menor.» Como está escrito: Eu amei Jacob e odiei a Esaú. Vamos concluir então que Deus é injusto? De modo nenhum. Ele mesmo disse a Moisés: Serei misericordioso para quem eu entender e terei compaixão de quem eu quiser. Por isso não depende do que as pessoas queiram nem dos seus esforços, mas depende da misericórdia de Deus. Assim fala Deus na Sagrada Escritura ao rei do Egito: Eu é que te fiz rei para mostrar em ti o meu poder e para me dar a conhecer em toda a terra . Por conseguinte Deus tem compaixão de quem quer e faz endurecer o coração de quem ele entende. Poderão dizer-me: «Se é assim, como é que Deus pode encontrar faltas nos homens? Pois quem pode resistir à sua vontade?» Quem és tu, ó homem, para discutir com Deus? Porventura o vaso de barro perguntará a quem o fez: «Por que é que me fizeste assim?» Pois o homem que trabalha com o barro tem o direito de fazer dele o que quiser. Pode fazer louça de luxo e outra para uso vulgar. Que temos nós então a dizer, se Deus quer mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder?! Ele já mostrou muita paciência para com aqueles que mereciam os castigos divinos e deviam ser destruídos. Quis igualmente mostrar a riqueza da sua glória e da sua misericórdia para connosco, humildes vasos que de antemão preparou para a glória. Nós somos os que ele chamou, e não somente de entre os judeus, mas também de outros povos. É o que está escrito no livro de Oseias : Chamarei meu povo àqueles que não são; e minha nação escolhida àquela que o não é . E no lugar onde lhes tinha dito: Vocês não são o meu povo, aí mesmo serão chamados filhos do Deus vivo .
ROMANOS 9:1-26 Almeida Revista e Corrigida (Portugal) (ARC)
EM Cristo digo a verdade, não minto (dando-me testemunho a minha consciência no Espírito Santo), Que tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração. Porque, eu mesmo poderia desejar ser separado de Cristo, por amor dos meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne; Que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas; Dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente: Ámen. Não que a palavra de Deus haja faltado, porque nem todos os que são de Israel são israelitas; Nem por serem descendência de Abraão são todos filhos; mas: Em Isaac será chamada a tua descendência. Isto é: não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como descendência. Porque a palavra da promessa é esta: Por este tempo virei, e Sara terá um filho. E não somente esta, mas também Rebeca, quando concebeu de um, de Isaac, nosso pai: Porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama), Foi-lhe dito a ela: O maior servirá o menor. Como está escrito: Amei Jacob, e aborreci Esaú. Que diremos pois? que há injustiça da parte de Deus? de maneira nenhuma. Pois dizia Moisés: Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia. Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece. Porque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei; para em ti mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra. Logo, pois, compadece-se de quem quer, e endurece a quem quer. Dir-me-ás, então; Por que se queixa ele ainda? Porquanto, quem resiste à sua vontade? Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para, da mesma massa, fazer um vaso para honra e outro para desonra? E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou, com muita paciência, os vasos da ira, preparados para a perdição; Para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou. Os quais somos nós, a quem também chamou, não só de entre os judeus, mas também de entre os gentios? Como também diz em Oséas: Chamarei meu povo ao que não era meu povo; e amada à que não era amada. E sucederá que, no lugar em que lhes foi dito: Vós não sois meu povo, aí serão chamados filhos do Deus vivo.