LUCAS 22:2-65
LUCAS 22:2-65 O Livro (OL)
Os principais sacerdotes e especialistas na Lei tramavam ativamente o assassínio de Jesus, pensando na maneira de o matar sem provocar tumulto, perigo que muito receavam. Então Satanás entrou em Judas, o chamado Iscariotes, um dos doze discípulos, o qual foi ter com os principais sacerdotes e com os capitães da guarda do templo, a fim de combinar a melhor maneira de lhes entregar Jesus. Eles ficaram muito satisfeitos ao saberem que Judas estava pronto a auxiliá-los e prometeram-lhe uma recompensa. Assim, começou a aguardar qualquer oportunidade para lhes entregar Jesus sem dar nas vistas. Ao chegar o dia da celebração dos pães sem fermento, em que se matava o cordeiro da Páscoa, Jesus enviou Pedro e João à frente para que arranjassem um lugar onde preparar a sua refeição da Páscoa. “Onde queres que a preparemos?”, perguntaram. “Logo que entrarem na cidade encontrarão um homem transportando um cântaro de água. Sigam-no até à casa onde entrar e digam ao dono da casa: ‘O Mestre pergunta: “Onde fica a sala onde irei comer a refeição da Páscoa com os meus discípulos?” ’ Ele vos levará ao andar de cima, a uma sala grande, toda arranjada. É ali que devem preparar a ceia.” Eles partiram e, tendo encontrado tudo como Jesus tinha dito, prepararam a ceia da Páscoa. Então chegou Jesus com os discípulos e, no momento devido, todos se sentaram à mesa. Jesus disse: “Desejei muito comer esta Páscoa convosco antes de começar o meu sofrimento. Porque vos digo que não comerei outra vez assim, na vossa companhia, senão quando o que esta refeição representa se realizar no reino de Deus.” Pegou então num cálice de vinho e, depois de ter dado graças, disse: “Tomem e repartam entre vós, porque só tornarei a beber vinho quando tiver chegado o reino de Deus.” Depois pegou no pão e, dando igualmente graças a Deus por ele, partiu-o e deu-o aos discípulos: “Este é o meu corpo que é dado em vosso favor. Façam isto em memória de mim.” Depois da ceia serviu-lhes de novo o cálice de vinho, e disse: “Este cálice é a nova aliança, selada com o meu sangue que é derramado em vosso favor. Mas aqui sentado comigo a esta mesa está também quem me vai trair. O Filho do Homem tem de morrer, porque isso faz parte do plano de Deus. Mas ai do homem que me vai trair!” Os discípulos puseram-se a perguntar entre si quem, de entre eles, seria capaz de fazer semelhante coisa. Depois começaram também a discutir qual deles seria o mais importante. Jesus disse-lhes: “Os reis entre os gentios dominam sobre eles e aos que exercem autoridade sobre eles chamam-lhes benfeitores! No vosso meio, porém, não seja assim. O mais velho no vosso meio seja como o mais novo e o soberano será como aquele que serve. O senhor senta-se à mesa e é servido pelos criados. Mas aqui, não! Porque sou eu quem vos serve. Porque vocês têm continuado comigo nestes tempos de aflição; e como o meu Pai me deu o reino, eu concedo-vos o direito de comer e beber à minha mesa nesse reino. E sentar-se-ão em tronos para julgar as doze tribos de Israel. Simão, Simão, Satanás pediu para vos peneirar a todos como o trigo. Mas eu intercedi por ti para que a tua fé não enfraqueça. Assim, quando te tiveres voltado para mim, fortalece os teus irmãos.” Simão disse: “Senhor, estou pronto até a ir para a prisão e a morrer contigo!” Jesus respondeu: “Pedro, deixa-me dizer-te uma coisa: Até o galo cantar, esta madrugada, três vezes dirás que não me conheces!” Então Jesus perguntou-lhes: “Quando vos enviei a pregar as boas novas e não tinham dinheiro, nem bagagem, nem vestuário de muda, como é que se governaram?” Responderam: “Bem. Nada nos faltou!” “Mas agora”, Jesus disse, “se tiverem um saco ou um bolsa com dinheiro, levem-nos! E se não possuírem uma espada, vendam a roupa e comprem uma! Porque chegou a altura de se cumprir isto que está escrito a meu respeito: ‘Ele foi contado entre os transgressores.’ Sim, o que se escreveu acerca de mim se cumprirá.” “Mestre, temos aqui duas espadas!” Jesus retorquiu: “Basta!” Então, acompanhado dos discípulos, deixou aquela sala e foi, como de costume, para o monte das Oliveiras. Ali disse-lhes: “Orem para não serem vencidos pela tentação!” Afastou-se à distância de cerca de um tiro de pedra e, ajoelhando-se, orou assim: “Pai, se quiseres, peço-te que leves de mim este cálice. Mas que se cumpra a tua vontade e não a minha.” Então apareceu um anjo vindo do céu que o confortava. Porque estava em tal agonia de espírito que o seu suor era de sangue, caindo em gotas no chão, enquanto orava com fervor cada vez maior. Por fim, tornou a levantar-se e voltou para junto dos discípulos, encontrando-os a dormir, exaustos de tristeza. “Estão a dormir!”, exclamou. “Levantem-se! Orem para não serem vencidos pela tentação!” No próprio momento em que dizia isto, acercou-se uma multidão conduzida por Judas, um dos doze, o qual foi direito a Jesus para o beijar, numa saudação amistosa. Jesus disse-lhe: “Judas, com um beijo trais o Filho do Homem?” Quando os outros discípulos viram o que ia acontecer, exclamaram: “Mestre, queres que lutemos? Temos as espadas!” E um deles chegou a desferir um golpe contra um servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. Mas Jesus respondeu: “Não resistam.” E, tocando no sítio da orelha do homem, restituiu-lha. Então, dirigindo-se aos principais sacerdotes, aos capitães da guarda do templo e aos anciãos que conduziam a multidão, Jesus perguntou: “Sou algum assaltante perigoso para que venham com espadas e paus? Todos os dias estava convosco a ensinar no templo e não me prenderam. Mas este momento é vosso; é a hora em que domina o poder das trevas.” Agarraram-no e levaram-no à residência do sumo sacerdote. Pedro seguia-o à distância. Acenderam uma fogueira no pátio e as pessoas sentaram-se em volta para se aquecerem. Pedro juntou-se a eles. Reparando na sua presença, uma criada pôs-se a olhá-lo e disse: “Esse estava com Jesus!” Pedro negou: “Mulher, nem sequer o conheço!” Dali a pouco, mais alguém olhou para ele e exclamou: “Também tu deves ser um dos tais!” Pedro respondeu: “Não, não sou!” Decorrida cerca de uma hora, ainda outra pessoa afirmou abertamente: “Sei que este é um dos discípulos de Jesus, até porque ambos são da Galileia.” Mas Pedro disse: “Homem, não sei o que estás para aí a dizer.” E enquanto pronunciava estas palavras, cantou um galo. Naquele instante, Jesus voltou-se e olhou para Pedro. Então lembrou-se do que lhe dissera: “Hoje, antes que o galo cante, negar-me-ás três vezes.” E saindo dali chorou amargamente. Os guardas que estavam a tomar conta de Jesus começaram a fazer pouco dele. Tapando-lhe os olhos, batiam-lhe e davam-lhe socos, perguntando-lhe: “Profetiza-nos quem foi que te bateu agora?” E insultavam-no de muitas outras maneiras.
LUCAS 22:2-65 a BÍBLIA para todos Edição Católica (BPT09DC)
Os chefes dos sacerdotes e os doutores da lei procuravam a maneira de matar Jesus, mas tinham medo do povo. Então Satanás entrou em Judas, que tinha o sobrenome de Iscariotes e que pertencia ao número dos doze apóstolos. Judas foi ter com os chefes dos sacerdotes e com os oficiais do templo e combinou com eles a maneira de lhes entregar Jesus. Eles ficaram muito contentes com isso e prometeram dar-lhe dinheiro. Judas concordou e começou a procurar a melhor ocasião de o entregar sem que o povo desse por isso. Chegou o dia da festa dos Pães sem Fermento em que deviam matar-se os cordeiros para a Páscoa. Jesus mandou Pedro e João à cidade e recomendou-lhes: «Vão preparar o necessário para comermos a ceia da Páscoa.» Eles perguntaram-lhe: «Aonde queres que a vamos preparar?» Jesus respondeu: «Quando entrarem na cidade, hão de encontrar um homem com um cântaro de água. Vão atrás dele até à casa em que ele entrar. Uma vez lá, dirão ao dono da casa: “O Mestre manda perguntar: onde é que fica a sala para eu comer a ceia da Páscoa com os meus discípulos?” Ele há de mostrar-vos uma grande sala no andar de cima, com tudo o que é preciso. Preparem lá a nossa Páscoa.» Eles partiram, encontraram tudo como Jesus dissera e prepararam a ceia da Páscoa. Quando chegou a altura, Jesus sentou-se à mesa com os apóstolos e disse-lhes: «Desejei ardentemente comer convosco esta Páscoa antes de morrer. Pois afirmo-vos que não voltarei a comê-la até que ela receba o seu significado completo no reino de Deus.» Pegou então no cálice, deu graças a Deus e disse: «Tomem, repartam-no entre todos, pois digo-vos que, a partir de agora, não voltarei a beber vinho até que chegue o reino de Deus.» Depois pegou no pão, deu graças a Deus, partiu-o, deu-o aos discípulos: «Isto é o meu corpo entregue à morte para vosso benefício. Façam isto em memória de mim.» Do mesmo modo, depois da ceia, pegou no cálice e disse: «Este cálice é a nova aliança de Deus confirmada com o meu sangue, derramado para vosso benefício.» «Mas reparem que aquele que me vai trair está aqui comigo à mesa. Na realidade, o Filho do Homem vai seguir o caminho que lhe foi traçado por Deus, mas ai daquele homem que o vai trair!» Eles então começaram a perguntar uns aos outros qual deles é que iria fazer uma coisa daquelas. Os discípulos tiveram uma discussão sobre qual deles seria o mais importante. Mas Jesus observou: «Os reis do mundo consideram-se senhores dos povos e os que têm poder passam por benfeitores públicos. Mas convosco não pode ser assim. Pelo contrário, aquele que for o maior proceda como se fosse o mais pequeno, e o que governar proceda como quem serve os outros. Qual será mais importante? O que está sentado à mesa a comer ou o que está a servir? Claro que é o que está sentado à mesa! Pois bem, aqui entre todos eu sou como aquele que serve.» E acrescentou: «Eu sempre vos tive comigo em todas as minhas aflições. Por isso ponho à vossa disposição um reino, como meu Pai o pôs à minha disposição, para que comam e bebam à minha mesa no meu reino e se sentem em tronos para julgarem as doze tribos de Israel.» «Simão! Simão!», disse ainda o Senhor, «olha que Satanás pediu para vos experimentar a todos, como quem passa o trigo por um crivo, mas eu roguei a Deus por ti para que a tua fé não falhe. E tu, quando voltares para mim, encoraja os teus irmãos.» Pedro respondeu: «Senhor, estou disposto a ir contigo até à prisão e até à morte.» «Olha, Pedro», avisou-o Jesus, «não cantará hoje o galo sem que me tenhas negado três vezes.» E perguntou aos discípulos: «Quando vos mandei sem bolsa, nem saco, nem calçado, faltou-vos por acaso alguma coisa?» «Não!», responderam eles Jesus prosseguiu: «Pois agora, aquele que tiver bolsa, leve-a consigo, bem como o saco. E o que não tiver espada, venda a capa e compre uma. Afirmo-vos que irá cumprir-se em mim aquela frase da Escritura: Foi considerado como um criminoso . Realmente, tudo o que está escrito a meu respeito vai-se cumprir.» Eles então disseram-lhe: «Senhor, temos aqui duas espadas.» E Jesus: «É suficiente.» Jesus saiu para o Monte das Oliveiras, como era seu costume. Os discípulos foram com ele. Quando lá chegou, disse-lhes: «Peçam a Deus para não caírem em tentação.» Afastou-se deles a uma curta distância e, pondo-se de joelhos, orava assim: «Pai, se for do teu agrado, livra-me deste cálice de amargura. No entanto, não se faça a minha vontade, mas sim a tua.» Nisto, apareceu-lhe um anjo do Céu que veio dar-lhe forças. Jesus estava muito angustiado e orava ainda com mais fervor, enquanto o suor lhe caía no chão, como grandes gotas de sangue. Depois da oração, levantou-se e foi ter com os discípulos, mas encontrou-os abatidos pela tristeza. «Estão a dormir? Levantem-se e orem, para não caírem em tentação», disse-lhes. Ainda Jesus estava a falar quando chegou uma multidão. À frente vinha Judas, que era um dos doze discípulos. Aproximou-se de Jesus para lhe dar um beijo e Jesus perguntou-lhe: «Judas, é com um beijo que atraiçoas o Filho do Homem?» Quando os discípulos que estavam com Jesus viram o que ia acontecer, adiantaram-se: «Senhor, queres que ataquemos à espada?» E um deles atacou logo o criado do chefe dos sacerdotes, cortando-lhe a orelha direita. Mas Jesus respondeu: «Basta! Deixem-nos.» E, tocando com a mão na orelha do homem, curou-o. Jesus dirigiu-se aos chefes dos sacerdotes, aos oficiais do templo e aos anciãos que foram para o prender: «Vieram aqui com espadas e paus para me prenderem, como se eu fosse um ladrão? Estava convosco todos os dias no templo e não me prenderam! Mas esta é a vossa hora, é o poder das trevas!» Eles prenderam Jesus e levaram-no à casa do chefe dos sacerdotes. Pedro seguia-o à distância. Alguns acenderam uma fogueira no meio do pátio e estavam sentados em volta para se aquecerem. Pedro sentou-se também entre eles. A certa altura, uma criada que o viu sentado junto da fogueira pôs-se a olhar para ele: «Este também lá estava com ele!» Mas Pedro negou: «Eu nem o conheço, mulher!» Pouco depois, outro criado viu-o e exclamou: «Tu também és um deles!» Porém Pedro respondeu: «Ó homem, não sou!» Daí por cerca de uma hora apareceu outro que insistiu: «Não há dúvida de que este estava com ele, porque também é da Galileia!» E Pedro reafirmou: «Ó homem, não sei de que estás a falar!» Ainda ele estava a proferir estas palavras quando um galo cantou. O Senhor então voltou-se, olhou para Pedro, que se lembrou do que ele lhe disse: «Não cantará hoje o galo sem que me tenhas negado três vezes.» Então Pedro saiu dali e chorou amargamente. Os homens que estavam a guardar Jesus faziam troça dele e batiam-lhe. Enquanto isto, vendaram-lhe os olhos e perguntavam: «Se és profeta, adivinha quem te bateu!» E diziam muitas outras coisas para o insultar.
LUCAS 22:2-65 Almeida Revista e Corrigida (Portugal) (ARC)
E os principais dos sacerdotes e os escribas andavam procurando como o matariam; porque temiam o povo. Entrou, porém, Satanás, em Judas, que tinha por sobrenome Iscariotes, o qual era do número dos doze; E foi, e falou com os principais dos sacerdotes, e com os capitães, de como lho entregaria; Os quais se alegraram e convieram em lhe dar dinheiro. E ele concordou; e buscava oportunidade para lho entregar, sem alvoroço. Chegou, porém, o dia dos asmos, em que importava sacrificar a páscoa. E mandou a Pedro e a João, dizendo: Ide, preparai-nos a páscoa, para que a comamos. E eles lhe perguntaram: Onde queres que a preparemos? E ele lhes disse: Eis que, quando entrardes na cidade, encontrareis um homem, levando um cântaro de água; segui-o, até à casa em que ele entrar. E direis ao pai de família da casa: O Mestre te diz: Onde está o aposento em que hei de comer a páscoa com os meus discípulos? Então ele vos mostrará um grande cenáculo mobilado; aí fazei preparativos. E, indo eles, acharam como lhes havia sido dito; e prepararam a páscoa. E, chegada a hora, pôs-se à mesa, e com ele os doze apóstolos, E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta páscoa, antes que padeça; Porque vos digo que não a comerei mais, até que ela se cumpra no reino de Deus. E tomando o cálix, e havendo dado graças, disse: Tomai-o, e reparti-o entre vós; Porque vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha o reino de Deus. E, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente tomou o cálix, depois da ceia, dizendo: Este cálix é o Novo Testamento no meu sangue, que é derramado por vós. Mas eis que a mão do que me trai está comigo à mesa. E, na verdade, o Filho do homem vai, segundo o que está determinado; mas, ai daquele homem por quem é traído! E começaram a perguntar entre si, qual deles seria o que havia de fazer isto. E houve, também, entre eles contenda, sobre qual deles parecia ser o maior. E ele lhes disse: Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores. Mas não sereis vós assim; antes, o maior entre vós seja como o menor; e quem governa, como quem serve. Pois, qual é maior: quem está à mesa, ou quem serve? Porventura não é quem está à mesa? Eu, porém, entre vós, sou como aquele que serve. E vós sois os que tendes permanecido comigo nas minhas tentações. E eu vos destino o reino, como meu Pai mo destinou; Para que comais e bebais à minha mesa, no meu reino, e vos assenteis sobre tronos, julgando as doze tribos de Israel. Disse, também, o Senhor: Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo; Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma os teus irmãos. E ele lhe disse: Senhor, estou pronto a ir contigo, até à prisão e à morte. Mas ele disse: Digo-te, Pedro, que não cantará hoje o galo, antes que três vezes negues que me conheces. E disse-lhes: Quando vos mandei sem bolsa, alforge, ou alparcas, faltou-vos, porventura, alguma coisa? Eles responderam: Nada. Disse-lhes, pois: Mas, agora, aquele que tiver bolsa, tome-a, como, também, alforge; e o que não tem espada, venda o seu vestido e compre-a; Porquanto vos digo que importa que em mim se cumpra aquilo que está escrito: E com os malfeitores foi contado. Porque o que está escrito de mim terá cumprimento. E eles disseram: Senhor, eis aqui duas espadas. E ele lhes disse: Basta. E, saindo, foi, como costumava, para o Monte das Oliveiras; e também os seus discípulos o seguiram. E, quando chegou àquele lugar, disse-lhes: Orai, para que não entreis em tentação. E apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e, pondo-se de joelhos, orava, Dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálix, todavia não se faça a minha vontade, mas a tua. E apareceu-lhe um anjo do céu, que o confortava. E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão. E, levantando-se da oração, veio para os seus discípulos, e achou-os dormindo, de tristeza. E disse-lhes: Por que estais dormindo? Levantai-vos, e orai, para que não entreis em tentação. E, estando ele ainda a falar, surgiu uma multidão; e um dos doze, que se chamava Judas, ia adiante dela, e chegou-se a Jesus para o beijar. E Jesus lhe disse: Judas, com um beijo trais o Filho do homem? E vendo os que estavam com ele o que ia suceder, disseram-lhe: Senhor, feriremos à espada? E um deles feriu o servo do sumo sacerdote, e cortou-lhe a orelha direita. E, respondendo Jesus, disse: Deixai-os; basta. E, tocando-lhe a orelha, o curou. E disse Jesus aos principais dos sacerdotes, e capitães do templo, e anciãos, que tinham ido contra ele: Saístes, como a um salteador, com espadas e varapaus? Tenho estado todos os dias convosco no templo, e não estendestes as mãos contra mim; mas esta é a vossa hora e o poder das trevas. Então, prendendo-o, o levaram, e o meteram em casa do sumo sacerdote. E Pedro seguia-o de longe. E havendo-se acendido fogo, no meio do pátio, estando todos sentados, assentou-se Pedro entre eles. E como certa criada, vendo-o estar assentado ao fogo, pusesse os olhos nele, disse: Este, também, estava com ele. Porém ele negou-o, dizendo: Mulher, não o conheço. E, um pouco depois, vendo-o outro, disse: Tu és também deles. Mas Pedro disse: Homem, não sou. E, passada quase uma hora, um outro afirmava, dizendo: Também este verdadeiramente estava com ele, pois também é galileu. E Pedro disse: Homem, não sei o que dizes: E logo, estando ele ainda a falar, cantou o galo. E, virando-se o Senhor, olhou para Pedro, e Pedro lembrou-se da palavra do Senhor, como lhe havia dito: Antes que o galo cante hoje, me negarás três vezes. E, saindo Pedro para fora, chorou amargamente. E os homens que detinham Jesus zombavam dele, ferindo-o. E, vendando-lhe os olhos, feriam-no no rosto, e perguntavam-lhe, dizendo: Profetiza, quem é que te feriu? E outras muitas coisas diziam contra ele, blasfemando.