ESDRAS 9:5-15
ESDRAS 9:5-15 a BÍBLIA para todos Edição Católica (BPT09DC)
Ao chegar a hora do sacrifício da tarde, levantei-me da minha prostração e, ainda com as roupas rasgadas, pus-me de joelhos, levantei as mãos para orar ao SENHOR e clamei: «Ó meu Deus, eu sinto-me muito envergonhado e confuso para levantar o meu rosto para ti, porque os nossos pecados se multiplicaram acima das nossas cabeças e as nossas faltas foram-se aumentando até ao céu. Desde o tempo dos nossos antepassados, até hoje, temos pecado muito. Foi por causa das nossas transgressões que nós, os nossos reis e os nossos sacerdotes, caímos nas mãos de reis estrangeiros e fomos feridos, roubados e sujeitos à situação vergonhosa em que ainda nos encontramos. Apesar disso, ainda há pouco tempo, SENHOR, nosso Deus, acabaste de mostrar a tua bondade para connosco, fazendo com que alguns de nós conseguissem a liberdade e encontrassem refúgio neste lugar santo, o que foi uma luz para os nossos olhos e um pouco de vida no meio da nossa escravidão. Porque nós, de facto, éramos escravos, mas tu não nos abandonaste na nossa escravidão. Pela tua bondade, fizeste com que os reis da Pérsia nos deixassem viver para levantarmos de novo o nosso templo das ruínas em que se encontrava e para acharmos segurança em Judá e Jerusalém! Que podemos nós dizer agora, depois de tudo isto, uma vez que não cumprimos os teus mandamentos, que nos deste por meio dos profetas, teus servos? Eles tinham ensinado que a terra que nós iríamos possuir estava contaminada pelas práticas de idolatria da gente que lá habitava e que enchiam essa terra duma ponta à outra. Portanto agora, não queremos consentir que as nossas filhas se casem com os filhos deles, nem os nossos filhos se casem com as suas filhas, nem procuremos estar em paz e de bem com eles, a fim de podermos ser fortes e gozarmos dos bens deste país, que havemos de deixar como herança aos nossos descendentes para sempre. Depois de tudo o que nos aconteceu, por causa das nossas más ações e graves faltas, nós reconhecemos que, mesmo assim, nos castigaste menos do que merecíamos, pois concedeste-nos esta libertação. Poderemos nós voltar a transgredir os teus preceitos e realizar casamentos com esta gente de práticas tão detestáveis? Não te irritarias contra nós até ao ponto de nos destruíres completamente, sem ninguém mais sobreviver? Ó SENHOR, Deus de Israel, tu és bondoso, porque deixaste que um resto de nós sobrevivesse até ao dia de hoje, como se pode ver. Reconhecemos diante de ti as nossas faltas, sabendo que não podemos estar na tua presença, por causa disso.»
ESDRAS 9:5-15 Almeida Revista e Corrigida (Portugal) (ARC)
E perto do sacrifício da tarde me levantei da minha aflição, havendo já rasgado o meu vestido e o meu manto, e me pus de joelhos, e estendi as minhas mãos para o Senhor, meu Deus, E disse: Meu Deus! Estou confuso e envergonhado, para levantar a ti a minha face, meu Deus: porque as nossas iniquidades se multiplicaram sobre a nossa cabeça, e a nossa culpa tem crescido, até aos céus. Desde os dias dos nossos pais, até ao dia de hoje, estamos em grande culpa, e, por causa das nossas iniquidades, fomos entregues, nós, os nossos reis e os nossos sacerdotes, na mão dos reis das terras, à espada, ao cativeiro, e ao roubo, e à confusão do rosto, como hoje se vê. E agora, como por um pequeno momento, se nos fez graça da parte do Senhor, nosso Deus, para nos deixar alguns que escapem, e para dar-nos uma estaca no seu santo lugar; para nos alumiar os olhos, ó Deus nosso, e para nos dar uma pouca de vida na nossa servidão; Porque servos somos; porém, na nossa servidão, não nos desamparou o nosso Deus; antes, estendeu sobre nós beneficência, perante os reis da Pérsia, para revivermos, para levantarmos a casa de nosso Deus, e para restaurarmos as suas assolações; e para que nos desse uma parede em Judá e em Jerusalém. Agora, pois, ó nosso Deus, que diremos depois disto? Pois deixámos os teus mandamentos; Os quais mandastes pelo ministério dos teus servos, os profetas, dizendo: A terra em que entrais, para a possuir, terra imunda é, pelas imundícias dos seus povos, pelas abominações com que, na sua corrupção, a encheram, de uma extremidade à outra. Agora, pois, vossas filhas não dareis a seus filhos, e suas filhas não tomareis para vossos filhos, e nunca procurareis a sua paz e o seu bem; para que vos fortaleçais, e comais o bem da terra, e a façais possuir a vossos filhos, para sempre. E depois de tudo o que nos tem sucedido, por causa das nossas más obras, e da nossa grande culpa, ainda assim tu, ó nosso Deus, estorvaste que fôssemos destruídos, por causa da nossa iniquidade, e ainda nos deste livramento como este; Tornaremos, pois, agora, a violar os teus mandamentos, e a aparentar-nos com os povos destas abominações? Não te indignarias tu, assim, contra nós, até de todo nos consumires, até que não ficasse resto nem quem escapasse? Ah! Senhor, Deus de Israel, justo és, pois ficamos escapos, como hoje se vê; eis que estamos diante de ti no nosso delito; porque ninguém há que possa estar na tua presença por causa disto.
ESDRAS 9:5-15 O Livro (OL)
Por fim, levantei-me, profundamente perturbado, pus-me de joelhos perante o SENHOR, levantei as mãos ao meu Deus e clamei: “Ó meu Deus, estou extremamente confuso e envergonhado, ao levantar o meu rosto para ti; porque os nossos pecados se acumulam, bem acima das nossas cabeças, e a nossa culpa sobe até aos céus. Toda a nossa história traz a marca do pecado; por essa razão, os nossos reis e os nossos sacerdotes foram mortos por reis pagãos; fomos feitos cativos, fomos roubados e desgraçados, tal como ainda hoje acontece. Ultimamente, tinha-nos sido dado um momento de descanso; porque permitiste que alguns de nós regressassem a Jerusalém do cativeiro; deste-nos, SENHOR, nosso Deus, um momento de alegria e uma vida nova, no meio da escravatura. Pois éramos escravos; mas no teu amor e misericórdia, não nos abandonaste nessa situação; antes, fizeste com que os reis persas nos fossem favoráveis, ao ponto de até nos darem ajuda na reconstrução do templo de Deus e na edificação de muralhas de segurança de Jerusalém, para poder tornar-se uma parede defensiva em toda a Judá. Agora, ó Deus, o que poderemos nós dizer, depois do que está a acontecer? Mais uma vez transgredimos as tuas leis e abandonámos-te! Os profetas avisaram-nos que a terra que iríamos possuir estava totalmente corrompida pelas práticas abomináveis dos povos que aqui viviam, que a terra estava manchada de corrupção. Por esse motivo, disseste-nos para não deixarmos as nossas filhas casarem com os filhos deles, nem os nossos filhos casarem com as filhas deles, e que nem sequer os ajudássemos fosse de que maneira fosse. Disseste-nos que só seguindo este princípio nos tornaríamos numa nação próspera e legaríamos aos nossos filhos uma prosperidade perene. E agora, mesmo depois do castigo no exílio, por causa da nossa maldade (e fomos punidos muito menos do que aquilo que merecíamos), mesmo tendo deixado que alguns de nós regressassem, desobedecemos novamente aos teus mandamentos, e permitimos casamentos com gente que pratica coisas abomináveis. Certamente que a tua ira nos destruirá ao ponto de nem este remanescente escapar. Ó SENHOR, Deus de Israel, tu és um Deus justo; que esperança poderemos ter, se quiseres exercer a tua justiça sobre nós, que estamos aqui diante de ti?”