ECLESIASTES 6:1-11
ECLESIASTES 6:1-11 O Livro (OL)
Há um mal que vi acontecer, frequentemente, em toda a parte e com toda a gente. Deus deu a alguns grandes riquezas e honra, de tal forma que podem ter tudo quanto pretendem, mas não lhes permite gozarem do que têm. Outros, vindos de outro lado, é que ficam com o que eles tinham! Ora isto é ilusão e sofrimento cruel. Se um indivíduo tiver uma centena de filhos e filhas, e viver até ser muito velho, mas ao morrer deixar tão pouco dinheiro que os filhos nem sequer lhe possam fazer um funeral decente, digo que era melhor que tivesse sido um nado-morto. O seu nascimento não teria sido considerado e acabaria por ir para as trevas, sem ter tido um nome. Não teria visto o Sol e nem sequer se daria conta da sua existência, e isso teria sido melhor do que ser velho e infeliz. Ainda que viva dois mil anos, mas não tiver felicidade, de que serve isso? Afinal, não estamos todos a caminhar para o mesmo fim? Todo o homem trabalha para comer e, contudo, o seu apetite jamais encontra satisfação. Que vantagem tem, então, o sábio sobre o insensato, ou que vantagem tem o pobre em saber como enfrentar a vida? Mais vale aquilo que se vê do que aquilo que se imagina. O andar só a sonhar com coisas belas é loucura, é andar a correr atrás do vento. Todas as coisas têm já o seu destino fixado; muito antes, já está decidido aquilo que qualquer homem deverá ser. De nada serve discutir com Deus sobre o nosso destino. Quanto mais se falar, menos significado terão as nossas palavras; por isso, de que serve procurar falar a todo o custo?
ECLESIASTES 6:1-11 Almeida Revista e Corrigida (Portugal) (ARC)
HÁ um mal que tenho visto debaixo do sol, e que mui frequente é entre os homens: Um homem a quem Deus deu riquezas, fazenda e honra, e nada lhe falta, de tudo quanto a sua alma deseja, mas Deus não lhe dá poder para daí comer, antes o estranho lho come: também isto é vaidade e má enfermidade. Se o homem gerar cem filhos, e viver muitos anos, e os dias dos seus anos forem muitos, e, se a sua alma se não fartar do bem, e, além disso, não tiver um enterro, digo que um aborto é melhor do que ele; Porquanto debalde veio, e em trevas se vai, e de trevas se cobre o seu nome; E ainda que nunca viu o sol, nem o conheceu, mais descanso tem do que o tal. E, certamente, ainda que vivesse duas vezes mil anos, mas não gozasse o bem, não vão todos para um mesmo lugar? Todo o trabalho do homem é para a sua boca, e, contudo, nunca se satisfaz a sua cobiça. Porque, que mais tem o sábio do que o tolo? e que mais tem o pobre que sabe andar perante os vivos? Melhor é a vista dos olhos do que o vaguear da cobiça: também isto é vaidade, e aflição de espírito. Seja qualquer o que for, já o seu nome foi nomeado, e sabe-se que é homem, e que não pode contender com o que é mais forte do que ele. Sendo certo que há muitas coisas que aumentam a vaidade, que mais tem o homem de melhor?
ECLESIASTES 6:1-11 a BÍBLIA para todos Edição Católica (BPT09DC)
Vejo ainda neste mundo outro grande mal para os homens. Há pessoas a quem Deus deu riquezas, bens e poder e não precisam de renunciar a nenhum desejo, mas não lhes permitiu que comessem daquilo que têm. Um estranho é que lho come. Isto é uma ilusão e um grande mal. Um homem pode ter cem filhos e viver muitos anos, mas se nunca goza do que possui nem sepultura chega a ter, acho que uma criança abortada tem melhor sorte do que esse homem. O aborto veio para nada e vai para a escuridão para ficar no esquecimento. Nem viu o Sol nem aprendeu nada, mas deve ter mais descanso do que o primeiro. Ainda que tal homem vivesse dois mil anos, não teria alcançado a felicidade. Afinal, não vão todos para o mesmo lugar? Todo o homem trabalha para comer e, contudo, o seu desejo nunca se satisfaz. Que vantagem tem então o sábio sobre o ignorante, ou que vantagem tem o pobre em saber comportar-se diante dos outros? Mais vale aquilo que se vê do que aquilo que se imagina. Também isso é ilusão. É correr atrás do vento! Aquilo que agora acontece já antes acontecia; sabe-se que uma pessoa simples não pode discutir com quem é mais importante. Quanto mais palavras, mais ilusão. E nada ganha com isso.