ATOS DOS APÓSTOLOS 27:14-24
ATOS DOS APÓSTOLOS 27:14-24 a BÍBLIA para todos Edição Católica (BPT09DC)
Mas pouco depois desencadeou-se um vento ciclónico de nordeste que arrastou o navio. Como se tornou impossível navegar contra o vento, deixámos o navio ir à deriva. Passámos depressa a sul de uma ilhota chamada Cauda, onde o vento era menos forte, e ali conseguimos com muita dificuldade salvar a baleeira do navio. Os marinheiros içaram-na para bordo e reforçaram o navio com cabos de segurança. Depois, como tinham medo que o navio fosse encalhar nos bancos de areia das costas da Líbia, baixaram as velas e foram à deriva. No outro dia, como a tempestade continuava muito forte, começaram a deitar a carga ao mar. No terceiro dia, deitámos à água os apetrechos do navio, com as nossas próprias mãos. Durante muitos dias não conseguimos ver nem o Sol nem as estrelas. A tempestade continuava ameaçadora, de maneira que já não tínhamos qualquer esperança de nos salvarmos. Havia muito tempo que não comíamos nada. Então Paulo pôs-se de pé no meio deles e disse: «Meus amigos, tinha sido melhor darem-me ouvidos e termos ficado em Creta. Teríamos evitado assim este sofrimento e estes prejuízos. Mas agora tenham coragem, porque ninguém aqui vai morrer. Apenas se perde o navio. Digo isto, porque na noite passada apareceu-me um anjo, enviado pelo Deus a quem pertenço e a quem adoro, que me disse: “Paulo, não tenhas medo, porque tens de te apresentar diante do imperador romano. Por tua causa, Deus vai livrar da morte todos os que estão contigo a bordo.”
ATOS DOS APÓSTOLOS 27:14-24 O Livro (OL)
Pouco depois, porém, um vento muito forte abateu-se sobre o navio, empurrando-o para o mar; era “o nordeste”, como lhe chamavam. E não conseguindo navegar, demos mão de tudo e deixámos o navio ir à deriva do vento. Finalmente, viemos parar atrás duma pequena ilha chamada Cauda, onde com grande dificuldade içámos para bordo o bote que trazíamos a reboque, amarrando depois o barco com cordas para reforçar o casco. Os marinheiros tinham medo de ser atirados para os bancos de areia de Sirte, na costa africana, baixaram a vela grande e continuaram assim, impelidos pelo vento. No dia seguinte, como o temporal nos afligisse ainda mais, a tripulação começou a deitar a carga pela borda fora. No outro dia, atiraram ao mar com as próprias mãos os aprestos. Esta terrível tempestade continuou durante muitos dias sem abrandar, não sendo possível a orientação nem pelo Sol nem pelas estrelas. Por fim, todas as esperanças de salvação se perderam. Ninguém comia havia já muito tempo, até que Paulo, reunindo a tripulação, disse: “Deviam ter-me dado ouvidos e não sair de Bons Portos; ter-se-ia evitado todo este estrago e perda! Mas agora, coragem! O navio afundará, mas nenhum de nós perderá a vida. Porque a noite passada um anjo do Deus a quem pertenço e sirvo surgiu perante mim e disse: ‘Nada receies, Paulo, porque serás julgado diante de César! E mais ainda: Deus, na sua graça, concedeu o teu pedido e salvará a vida de todos os que contigo viajam.’
ATOS DOS APÓSTOLOS 27:14-24 Almeida Revista e Corrigida (Portugal) (ARC)
Mas, não muito depois, deu nela um pé de vento, chamado euro-aquilão. E, sendo o navio arrebatado, e não podendo navegar contra o vento, dando de mão a tudo, nos deixámos ir à toa. E, correndo abaixo de uma pequena ilha, chamada Clauda, apenas pudemos ganhar o batel. E, levado este para cima, usaram de todos os meios, cingindo o navio; e, temendo darem à costa na Sirte, amainadas as velas, assim foram à toa. E, andando nós agitados por uma veemente tempestade, no dia seguinte aliviaram o navio. E, ao terceiro dia, nós mesmos, com as nossas próprias mãos, lançámos ao mar a armação do navio. E, não aparecendo, havia já muitos dias, nem sol nem estrelas, e caindo sobre nós uma não pequena tempestade, fugiu-nos toda a esperança de nos salvarmos. E, havendo já muito que se não comia, então Paulo, pondo-se em pé no meio deles, disse: Fora, na verdade, razoável, ó varões, ter-me ouvido a mim e não partir de Creta e assim evitariam este incómodo e esta perdição. Mas, agora, vos admoesto a que tenhais bom ânimo, porque não se perderá a vida de nenhum de vós, mas somente o navio. Porque, esta mesma noite, o anjo de Deus, de quem eu sou, e a quem sirvo, esteve comigo, Dizendo: Paulo, não temas; importa que sejas apresentado a César, e eis que Deus te deu todos quantos navegam contigo.