2 REIS 7:3-16
2 REIS 7:3-16 Almeida Revista e Corrigida (Portugal) (ARC)
E quatro homens leprosos estavam à entrada da porta, os quais disseram uns aos outros: Para que estaremos nós aqui até morrermos? Se dissermos: Entremos na cidade, há fome na cidade, e morreremos aí; e se ficarmos aqui, também morreremos: vamos nós, pois, agora, e demos connosco no arraial dos siros: se nos deixarem viver, viveremos, e se nos matarem, tão somente morreremos. E levantaram-se ao crepúsculo, para irem ao arraial dos siros: e, chegando à entrada do arraial dos siros, eis que não havia ali ninguém. Porque o Senhor fizera ouvir, no arraial dos siros, ruído de carros e ruído de cavalos, como o ruído de um grande exército; de maneira que disseram uns aos outros: Eis que o rei de Israel alugou contra nós os reis dos heteus e os reis dos egípcios, para virem contra nós. Pelo que se levantaram e fugiram no crepúsculo, e deixaram as suas tendas, e os seus cavalos, e os seus jumentos, e o arraial como estava: e fugiram para salvarem a sua vida. Chegando, pois, estes leprosos, à entrada do arraial, entraram numa tenda, e comeram e beberam, e tomaram dali prata, e ouro, e vestidos, e foram, e os esconderam: então voltaram, entraram em outra tenda, e dali, também, tomaram alguma coisa, e a esconderam. Então disseram uns para os outros: Não fazemos bem: este dia é dia de boas-novas, e nos calamos; se esperarmos até à luz da manhã, algum mal nos sobrevirá; pelo que, agora, vamos e o anunciemos à casa do rei. Vieram, pois, e bradaram aos porteiros da cidade, e lhes anunciaram, dizendo: Fomos ao arraial dos siros e eis que lá não havia ninguém, nem voz de homem, porém só cavalos atados, e jumentos atados, e as tendas como estavam dantes. E chamaram os porteiros, e estes o anunciaram dentro da casa do rei. E o rei se levantou de noite, e disse a seus servos: Agora vos farei saber o que é que os siros nos fizeram: bem sabem eles que esfaimados estamos; pelo que, saíram do arraial a esconder-se pelo campo, dizendo: Quando saírem da cidade, então os tomaremos vivos, e entraremos na cidade. Então um dos seus servos respondeu e disse: Tomem-se, pois, cinco dos cavalos do resto que ficou aqui dentro (eis que são como toda a multidão dos israelitas que ficaram aqui de resto, e eis que são como toda a multidão dos israelitas que já pereceram) e enviemo-los, e vejamos. Tomaram, pois, dois cavalos de carro; e o rei os enviou após o exército dos siros, dizendo: Ide e vede. E foram após eles, até ao Jordão, e eis que todo o caminho estava cheio de vestidos e de aviamentos, que os siros, apressando-se, lançaram fora; e voltaram os mensageiros, e o anunciaram ao rei; Então saiu o povo e saqueou o arraial dos siros: e havia uma medida de farinha por um siclo, e duas medidas de cevada por um siclo, conforme a palavra do Senhor.
2 REIS 7:3-16 O Livro (OL)
Havia quatro leprosos que se sentavam habitualmente do lado de fora dos portões da cidade. “Afinal, o que é que estamos aqui a fazer, sentados, a deixarmo-nos morrer?”, disseram uns para os outros. “Se ficamos aqui, morremos de fome; se vamos para a cidade, também morremos de fome. O melhor é a gente render-se ao exército arameu. Se nos deixarem viver, tanto melhor; se nos matarem, iríamos de qualquer forma acabar por morrer.” No final da tarde, dirigiram-se ao acampamento dos arameus e constataram que não havia ali ninguém. É que o Senhor tinha feito com que o exército arameu ouvisse o ruído do rodado de muitos carros e o galopar de muitos cavalos a aproximarem-se. “O rei de Israel contratou o exército dos hititas e dos egípcios para nos atacarem!”, gritaram eles. Entraram em pânico e fugiram durante a noite, abandonando tendas, cavalos, jumentos, tudo. Quando os leprosos chegaram à entrada do acampamento, foram de tenda em tenda, comendo e bebendo o que encontravam, ao mesmo tempo que guardavam tudo o que fosse prata, ouro e roupa, para esconderem. Acabaram por reconhecer que faziam mal: “Isto não está certo! Acontecer uma coisa maravilhosa e não dizermos a ninguém! Se esperarmos pela manhã, até nos pode suceder alguma desgraça; vamos dizer ao povo e no palácio aquilo que aconteceu.” Voltaram para a cidade e contaram às sentinelas o sucedido; que tinham ido ao acampamento dos arameus e que não estava ali ninguém, embora os cavalos e os jumentos continuassem presos e as tendas em ordem; mas não se via vivalma em redor. As sentinelas transmitiram a notícia ao pessoal do palácio. O rei levantou-se da cama e disse aos seus conselheiros: “Eu sei o que aconteceu. Os arameus sabem que estamos a morrer de fome, por isso armaram-nos uma cilada; deixaram o acampamento, esconderam-se aí pelos campos, pensando atrair-nos assim para fora da cidade. Nessa altura, atacar-nos-ão; levam-nos para sermos seus escravos e ocupam a cidade.” Um dos conselheiros avançou: “Não seria melhor que enviássemos alguns homens a espiar o que se passa? Poderão levar cinco dos cavalos que ainda nos restam; se alguma coisa lhes acontecer, a perda será igual a ficarem aqui e morrerem connosco.” Conseguiram encontrar quatro cavalos, que atrelaram a dois carros, e o rei mandou dois homens com os carros ver para onde tinham ido os arameus. Eles seguiram o trilho do inimigo; havia roupa e equipamentos espalhados por todo o lado, que tinham sido abandonados na corrida até ao Jordão. Os espias regressaram e contaram ao rei o que tinham visto. O povo de Samaria irrompeu para fora da cidade e lançou-se literalmente sobre o acampamento dos arameus. Dessa forma, sete litros de farinha ou catorze litros de cevada chegaram a ser vendidos por 12 gramas de prata, tal como o SENHOR dissera!
2 REIS 7:3-16 a BÍBLIA para todos Edição Católica (BPT09DC)
Havia quatro leprosos instalados fora da cidade, junto da porta principal. Eles disseram uns aos outros: «Que fazemos nós aqui sentados, esperando a morte? Se entrarmos na cidade, morreremos, porque ali reina a fome; se ficarmos aqui, morreremos da mesma maneira. Vamos mas é para o acampamento dos arameus. Se eles nos pouparem a vida, viveremos; se nos matarem, paciência!» Assim ao anoitecer, dirigiram-se para o acampamento dos arameus; mas quando já estavam perto, repararam que não havia lá ninguém. É que o Senhor tinha feito com que os arameus ouvissem ruídos de carros de combate e de cavalos dum poderoso exército. Disseram então uns para os outros: «O rei de Israel pagou aos reis dos hititas e dos egípcios, para enviarem os seus exércitos contra nós!» Por isso, ao cair da noite, fugiram todos, abandonando as tendas, os cavalos e os jumentos, deixando o acampamento como estava, para escaparem com vida. Quando os quatro leprosos chegaram ao limite do acampamento, entraram numa tenda, comeram e beberam do que lá havia, apoderaram-se da prata, do ouro e das roupas que encontraram e foram esconder tudo. Em seguida voltaram, entraram noutra tenda e foram esconder também o que nela tinham encontrado. Eles disseram então uns aos outros: «Não estamos a proceder bem! Temos hoje boas notícias e ficámos calados. Se esperarmos pela manhã para dar a notícia, Deus vai castigar-nos. Vamos informar o palácio real.» Voltaram para a cidade de Samaria e gritaram para as sentinelas da porta principal: «Fomos ao acampamento dos arameus e não vimos nem ouvimos lá ninguém; os cavalos e os jumentos estavam presos e as tendas estavam como as instalaram.» As sentinelas da entrada da cidade fizeram chegar a notícia ao palácio real. Era de noite, mas o rei levantou-se da cama e disse aos seus oficiais: «Vou explicar-vos o que os arameus estão a preparar! Como sabem que estamos cheios de fome, deixaram o acampamento e foram esconder-se no campo, pensando que nós sairemos da cidade, para nos apanharem vivos e depois poderem entrar nela.» Mas um dos oficiais propôs ao rei: «Com cinco dos cavalos que nos restam, enviemos alguns homens para fazerem um reconhecimento. De qualquer modo, eles correm o risco de morrer, como todos os habitantes da cidade.» Escolheram os homens e o rei enviou-os em dois carros para seguirem as pisadas do exército arameu, para irem ver o que se passava. Eles seguiram o rasto dos arameus até ao rio Jordão, e por todo o caminho viram roupas e objetos de equipamento que os arameus tinham abandonado na fuga. Voltaram, então, para a cidade e contaram tudo ao rei. Em seguida, o povo saiu e saqueou o acampamento aramaico. E, conforme tinha sido anunciado pelo SENHOR, a farinha vendeu-se à razão de sete litros por uma moeda de prata; e a cevada, à razão de catorze litros por uma moeda de prata.