Meeting Point

2021-05-02 Celebração Dominical

Quando eu oro, sinto a tensão entre duas ideias em competição. A primeira ideia é reconfortante e vem de partes dos Salmos, como o Salmo 23 ou Salmo 131:2 – “Estou tranquilo e sossegado, tal como uma criancinha, junto da mãe. Sim, estou calmo e confiante como uma criança desmamada!” Estar com Deus em oração dá-nos a sensação de estarmos num lugar seguro. É um lugar onde falamos juntos, partilhamos os nossos pensamentos e sentimentos, onde eu posso ser completamente honesto sobre quem sou e o que sinto, porque Ele me conhece tão bem. Mas depois há a outra ideia, que se relaciona com a noção de santidade e a ousadia necessária para nos aproximarmos do trono de Deus, para encararmos o Todo-Poderoso e atrevermo-nos a falar. Nós vemos isto em Hebreus 10:31 – “É terrível cair nas mãos do Deus vivo!” É a tensão entre Abba e Deus Todo-Poderoso, perfeito em poder e em santidade. Como abordar esta tensão? Como nos atrevemos a conversar com este Ser, que é ao mesmo tempo tão carinhoso e tão impressionante? “Ensina-nos a orar”. Foi isso que os discípulos queriam saber. Como é que falamos com Deus da maneira que Ele quer que lhe falem? Em quatro frases Jesus ensinou-nos a orar e, faço o aviso, é uma oração perigosa. Porque se orarmos do que nos vai no coração, vamos colocar a nossa segurança e a nossa própria vida nas mãos de Deus para ele fazer o que deseja.